terça-feira, 31 de março de 2009

Mais uma tirinha!


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Sei que esta tirinha é bastante conceitual. Até um tanto surrealista. Ninguém vai entender. Mas tudo bem, às vezes é bom. 
Desculpa, gente! Seis e pouco da manhã. Vou tomar banho para não chegar atrasado ao trabalho. 
Beijos a todos!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ao pessoal do Colégio Villa Lobos

Tarde de Janeiro, toca o telefone. Um convite para uma entrevista num colégio a fim de falar sobre meu projeto de teatro. Lá fui eu para o Colégio Villa Lobos. 

Entrei nervoso (estreia é sempre assim), ao adentrar à sala da coordenação, dois sorrisos simpáticos me receberam carinhosa e curiosamente. Senti-me completamente à vontade e a conversa se desenrolou de forma agradabilíssima. Projeto aprovado, novo trabalho a ser iniciado dentro dos próximos dias.  Saí eufórico. Tão eufórico que confundi as datas e quase perdi o primeiro dia de aula, não fosse um telefonema de um desses sorrisos simpáticos. Lá fui eu correndo, enfrentando o trânsito do Paço Municipal feito um louco para chegar o quanto antes e redimir-me da falha. 

Enfim cheguei (antes tarde do que nunca, neste caso) . Alguns pequenos me esperavam. Lindos, curiosos, agitadíssimos. Entrei, fechei a porta, sentamos em círculo e a magia se estabeleceu. Os olhos (meus e deles) brilharam. Encantamento se deu entre um ou outro olhar pedagogicamente bem dirigido. É preciso tempo até que as coisas se ajeitem e se acertem

Final de aula. Intervalinho e início de uma nova aula. Os adolescentes. Já ouviu falar em "bater o santo?" Pois foi de cara. Um olhar assustado, outro tímido, outro ávido por teatro, ensaio, arte. Um pouco mais de encantamento para o minha tarde, que se iniciou com correria. Saí de lá com a certeza de que realizar um trabalho de qualidade com aquela turma seria (e será) questão de tempo apenas. 

O que se sucedeu  nos encontros seguintes: Riso, choro, música, cena, abraço, estátua, respiração, jogo, roda, bola, flecha, parede, espiral, tato, olfato, paladar, visão e audição. Tudo isso preenchido com amor, carinho, felicidade, respeito ao próximo e uma pitada de poesia que permeia tudo o que faço. Como tenho sido feliz. 

Ensinar um gesto de carinho e respeito, como o beijo na testa, a uma criança de 7 anos e depois de alguns dias receber como resposta um pedido de "abaixa!" seguido do gesto ensinado emociona qualquer um. 

Ver o olhar de dois amigos se encontrar e o riso nervoso por medo de se exergar do outro lado desaparecer depois de ouvir a história e ver a lágrima do outro, terminando tudo num amistoso abraço entre dois meninos de não mais de 14 anos não é para qualquer um. É para privilegiados. Sou um privilegiado sim, neste caso não há dúvidas. 

Tudo o que eu posso fazer é agradecer a cada uma dessas pessoas que fazem e farão cada vez mais minhas segundas e quintas à tarde mais felizes. Amanda, Ana Paula, Bia, Laís, João Renato, Henrique, Luana, Ana Carolina, Mari, Breno, Pietro, João, Leo, Tety, Nicolas, Geovani, Silmara, Rose, Elaine, cada pessoa que me retribui um sorriso, um boa tarde carinhoso, um aceno pela janela, tudo o que posso fazer é agradecer. É uma delícia estar no Villa! 

Em face dos últimos acontecimentos...

Peço licença a Drummond para utilizar o título de um de seus poemas como título desta postagem. Desde que minhas aulas se iniciaram, quase não consegui mais vir aqui postar nada, mas agora encontrei um tempinho depois de elaborar duas provas e vou tecer algumas considerações sobre a sucessão de acontecimentos relacionados aos últimos 30 dias. 

1- Muitas vezes nosso corpo adoece para nos sinalizar que algo não vai bem. É como um alarme que soa, uma bateria que arreia ou um blockout providencial. É a única forma de pararmos. Um mal necessário. 

2- Gente incompetente, inescrupulosa, invejosa aparece por aí mais do que latinha pet em dia de enchente. É como uma praga que devasta a plantação. Vem não sei de onde e enche a paciência. Mas nada que bons tratamentos não resolvam. Longe de mim, todas essas pessoas. 

3- Quem fala besteira, quem acusa, quem levanta falso testemunho deve acertar contas com a justiça de Deus e dos homens. Impunidade não. As pessoas devem ser responsáveis pelas palavras que proferem. Então, que se pague pelo que é dito. 

4- Saudade é bom. Ruim é não ter saudade. É bom ver quem se ama, embora longe, aprendendo coisas, sendo feliz, realizando sonhos, enfrentando desafios. A saudade fortalece o amor. E o meu está mais forte a cada dia. 

5- Minha história daria um bom filme. 

6- É impressionante, mas mesmo depois de 10 anos, o Peixe Vivo me surpreende. E que bom que é assim.