quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

É hora da Retrospectiva!

Droga! Já tinha escrito uma parte da retrospectiva, mas houve uma queda de energia aqui em casa e perdi tudo. Bom, vamos lá do início.

Comecei o ano com uma agradabilíssima viagem a Peruíbe com a Robi. Passei momentos muito agrtadáveis lá. Fomos buscar a Rô para passar dois dias com a gente lá e foi muito legal. Pudemos, durante uma noite, acompanhar uma chuva de estrelas cadentes. Nunca tinha visto uma estrela cadente ao vivo em minha vida e, quando vi, foi direto uma chuva.

Quando voltei, iniciei minha peregrinação em busca de um novo rumo na minha vida profissional. Mas antes disso, passei por uma das mais engraçadas situações da minha vida. Eu, o Diego, a Bianca o o Nailson realizamos uma operação bate-volta para visitar a Rô na Praia Grande. A viagem quase deu errado por conta de uma frentista burra que não sabe colocar água num carro. O carro ferveu na Anchieta e tivemos que esperar o guincho para que ele avaliasse a situação, felizmente a burrice da frentista não destruiu o carro e seguimos viagem numa boa.

Na volta, continuei minha busca a uma nova perspectiva profissional. Saí por aí a entregar projetos de aulas de teatro em escolas particulares. Tive o retorno de algumas escolas, mas dois fatos vale a pena contar por aqui:

Fui ao Colégio Gradual entregar meu projeto, mas por uma ironia do destino, errei o caminho. Parei diante de um prédio que conhecia, mas que tinha se transformado numa escola. Entrei e, sem querer, apresentei minha proposta para um dos donos, que rapidamente se interessou por ela e me conduziu à diretora. Ela, vendo meu currículo, perguntou-me se eu não gostaria de ser professor de português, além de dar aulas de teatro. Relutei, mas aceitei a proposta e saí de lá praticamente empregado. O único problema era que o Colégio era pequeno e assumir o emprego nas condições propostas em relação à minha condição no Estado era praticamente uma loucura. Muitos diziam para que eu não aceitasse, mas assumi o risco da loucura e não me arrependo do que fiz.

Outra proposta de emprego veio do Colégio Artur de Queirós. A escola parecia mais rígida e lá eu me sentia como que pisando em ovos, mas resolvi aceitar a proposta, embora sentia que não era exatamente o que eu queria. Lá no fundo eu já sentia alguma coisa estranha. Mas com a proposta aceita e meu trabalho apresentado aos pais, senti interesse deles no trabalho e as coisas pareciam que iriam deslanchar. Senti-me muito bem, pela primeira vez a presentando o meu trabalho como exclusivamente meu.

Iniciado o ano, apaixonei-me rapidamente tanto pelos alunos do Casa Branca e do Artur. Há tempos não me sentia tão apaixonado e disposto a realizar um trabalho de qualidade. Isto realmente chamou a atenção de todos. Pais, direção, colegas e alunos, principalmente deles. Mais uma vez eu me senti completamente amado e respeitado por aquilo que fazia. Abraços, carinho, palavras de afeto e surpresas faziam dos meus dias uma sucessão de alegrias. Estava tão feliz e disposto que fui trabalhar no Estado apenas dois dias e assinei minha exoneração. A despedida na 7ª série E (antiga 6ª E, sala cujo carinho por mim era imenso) foi dolorosa e todos choramos muito. Foi um momento muito bonito. Assim que me exonerei, iniciei o trabalho com o que viria a ser o Grupo Brinquedo Torto, o grupo de teatro do Casa Branca. Ali, muitas vezes, encontrei refúgio para os meus problemas.

A vida estava uma beleza, mas como sempre, os problemas começaram a acontecer. Problemas de ordem financeira, falta de empenho dos alunos do Artur de Queiros e alguns problemas com o Grupo Peixe Vivo na temporada do Vermelho Esperança, começaram a abalar minhas sólidas estruturas. Percebi que estava mais abatido e as coisas começaram a se tornar um pouco mais difíceis. Meu namoro terminou, a turma da ENT, para quem eu estava escrevendo uma peça, não dava retorno e não me trazia material para que eu escrevesse, mais problemas financeiros, estruturas abaladas, brigas com a Rô, com a Róbi... o mundo virou de cabeça para baixo. Até problema com um pai de um aluno que achou que eu estava dando aula de religião (ninguém merece). Tudo estremeceu à minha volta.

Vieram as férias em boa hora. Momento de terminar de escrever O Companheiro, peça do grupo da ENT, pegar forte nos ensaios, pois a estreia estava próxima e escrever GRAN CIRCO PIMIENTA, espetáculo do grupo do Artur de Querós. Intensifiquei os ensaios à tarde e escrevia muito durante a madrugada. As pessoas que liam, se apaixonavam pelo texto. Nos ensaios da ENT tive que pegar muito pesado com uma das atrizes do grupo. O grupo todo merecia broncas, mas ela merecia mais, Ana Clara, menina de 15 anos e com grande problema da auto-estima. Quem quiser saber mais sobre este grupo leia alguns posts abaixo porque esta retrospectiva está grande e acabei de passar da metade.

Pela primeira vez, tirei férias do Peixe Vivo. Queria que todos tivessem tido férias, mas muitos deles me disseram que era melhor que todos eles continuassem trabalhando. Foi uma besteira que cometi neste ano. Não devia ter aceitado a sugestão deles. Tudo isso me trouxe uma série de problemas, os quais tive que tentar resolver num sábado, mas que se estenderam para o resto do ano.

O Companheiro estreou depois de muito ensaio e muita pegação de pé minha e o resultado foi ótimo. Fiquei muito feliz. No Artur de Queirós, porém as coisas não andavam nada bem. Irresponsabildade por parte dos alunos, falta de interesse e displicência com a arte. Isto eu não admito. Depois da estréia de um exercício para arrecadar fundos para a montagem que tinha quatro pessoas na platéia eu decidi que não poderia levar aquilo adiante. No dia seguinte, após outro fiasco de público e a falta de duas atrizes, resolvi abrir o jogo e me desligar do grupo.

Na segunda-feira, ao ir à escola conversar com a diretora, houve uma tentativa por parte deles de me fazer voltar atrás, mas eu sabia que não adiantaria. As coisas seriam sempre daquela forma. E a diretora, que inicialmente me apoiou em uma série de coisas, inclusive na inscrição para o Festival, começou a mudar seu discurso. Falou que queria apenas aulas de teatro e não um grupo de teatro dentro da escola. Não foi isso que ela havia me dito no início do ano. Pior ainda do que isso foi me colocar contra os alunos colocando diante deles minha honestidade como homem e minha capacidade como educador. Saí de lá convicto da minha decisão, mas abalado pelas palavras daquela bruxa.

No mesmo dia, fui acolhido pela Bernadette, que me disse que eu poderia montar um grupo lá dentro da escola para a montagem do Pimienta, que já estava escrito. E foi aí que recrutei os meus heróis. Todos eles deram o sangue e fizeram daquele trabalho em desafio. Tudo estava praticamente pronto, quando três dias antes da filmagem para enviar para o Festival, uma das atrizes sofre um acidente. Cheio de tristeza pelo ocorrido mas com a consciência de que eu tinha que resolver a situação, convidei a Rô, que aceitou o desafio e participou do ensaio na segunda e já fez a gravação na quarta. Durante este tempo, ou um pouco antes, não me lembro, conheci a doutora Sônia, que me cedeu o espaço do Instituto Viver para os ensaios do peixe vivo e para a temporada e me convidou para ser o diretor cultural do instituto. Mas estávamos correndo contra o tempo para deixar as coisas prontas com o Gran Circo Pimienta.

Mais ou menos neste momento, fui assistir à peça da Robi, Fora do ar. Lá ela cantava muito em cena e percebi que ela estava cantando para mim. Já andávamos ensaiando uma volta, mas naquele momento, fiquei muito emocionado e, após sairmos e eu chorar nos braços dela, reatamos nosso namoro da forma mais linda possível.

A partir da inscrição no festival foram dias de angústia até o telefonema que sondava nossas possibilidades de participação. Mas ainda assim, o resultado só saía na quarta, e mesmo assim demorou a sair. Quando abri o site, e vi o nome do grupo, soltei um grito de alegria e de raiva ao mesmo tempo. Estávamos selecionados. Agora eles, da outra escola, que se mordessem. A partir daí o ritmo de ensaio se intensificou e se tornou bastante cansativo. Grande Parte do elenco era também do grupo de terça e quinta, o que os fazia ensaiar e estudar texto, personagem e escrever para o outro grupo durante cinco dias por semana.

Mas valeu a pena. A peça estreiou no dia 25/10, dia da Feira Cultural da Escola. Naquele dia, senti que a peça estava abençoada. Na semana seguinte era a viagem para Belo Horizonte. Ainda não tínhamos conseguido o ônibus e conseguimos as 45 minutos do segundo tempo. O cara que nos cedeu o dinheiro para o transporte era muito poderoso e deu a quantia como se estivesse dando um caixo de bananas.

Enfim havia chegado a hora de ir para Bh. A viagem foi uma delícia, tanto o percurso, quanto a estadia. A apresentação poderia ter sido um pouco melhor, mas ainda assim fiquei muito contente. Tomei mate-couro à vontade, apresentei no Galpão Cine Horto, espaço do maior grupo de teatro do Brasil, todos eles se comportaram muito bem. Todos os mineiros elogiaram muito o espetáculo. Enfim, foi uma maravilha.

Voltando para cá, realizamos a temporada, que foi um sucesso. O núcleo 1 (terça e quinta) demosntrava sinais de desgaste bem como o Peixe Vivo. Alguns assuntos no Peixe Vivo me magoaram e em preocuparam, o que me fez antecipar as férias do grupo para que pensassem "na vida". O pessoal do núcleo um demonstrava certa falta de interesse e alguns alunos prejudicavam o andamento dos ensaios. Estava difícil trabalhar.

Fomos para a cerimônia de premiação e o resultado foi maravilhoso. Seis prêmios e onze indicações. O melhor: ganhamos melhor espetáculo e iríamos para Minas novamente para uma temporada num teatro de BH. Melhor impossível. Ao retornar para cá, fiz uma surpresa para os integrantes do grupo, que não sabiam qual tinha sido o resultado. Foi também um momento muito especial.

O ano estava acabando. Só faltava fechar as notas e estreiar o desktop, que estava muito atrasado. Trabalhamos muito e fizemos duas apresentações. Para mim, foi algo histórico. Pela primeira vez, integrantes do grupo assumiram a missão de escrever a peça, e o fizeram muito bem. A estética também está ótima. Aliás, acho que foi a encenação mais criativa dentra as poucas que já criei. O final de ano ainda me reservou uma nova possibilidade de trabalho e a apresentação dos alunos do Luiz Blanco, que embora simples, agradou muito a comunidades escolar.

Agora estou eu aqui, descansando e cuidando do Duque, cachorro da Robi. Estou também fazendo muitos planos. Mas isso é assunto para o post de amanhã chamado PERSPECTIVA 2009.

Duvido que você, que começou a ler tenha lido tudo, mas se leu, parabéns. Eu mesmo, confesso, chegou uma hora, não aguentava mais escrever. Para ver como eu tive um ano movimentado e muito melhor do que o anterior.

É isso aí. Faltam poucos minutos para a virada e minha ceia já está na mesa. FELIZ 2009!




domingo, 28 de dezembro de 2008

PERSONALIDADES - 2008 PARTE 3 - FINAL

Olá, pessoas! Neste post vou escrever sobre o ano, seus acontecimentos e suas personalidades não em âmbito restrito à minha vida, mas em caráter mais amplo, procurando falar aqui sobre o Brasil e o mundo. Esta análise é uma análise subjetiva. É apenas o meu olhar. Não tenho nenhuma intenção de produzir um post jornalisticamente relevante. Todos podem e devem discordar. Coloquem suas opiniões nos comentários. Caso haja algo interessante ou que mereça ser publicado, publicarei aqui. Vamos lá!


MELHOR MOMENTO NO ESPORTE:

Medalha de ouro de Maurren Maggi no Salto em distância nos jogos olímpicos.

PIOR MOMENTO NO ESPORTE:

Queda de Diego Hipólyto no último salto da prova de solo.

MELHOR PROGRAMA DE TV:

Cqc

PIOR PROGRAMA DE TV:

(Páreo duríssimo) Balanço Geral

MELHOR MÚSICA:

Cidadão de papelão (Teatro Mágico)

PIOR MÚSICA:

Dança do Crew

ACONTECIMENTO MARCANTE (POSITIVO):

Eleição de Barack Obama

ACONTECIMENTO MARCANTE (NEGATIVO):

Enchente em Santa Catarina

CRIATURA ESQUISITA:

Doutor Marcelo (ex BBB)

AMIGOS DO DEMO:

Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá
Lindenberg Alves
Policiais que feriram e mataram uma porção de inocentes

MELHOR ATLETA:

Michael Phelps

PIOR ATLETA:

Ronaldo (Fenômeno)

MELHOR FRASE:

"A mudança chegou à America" - Barack Obama

PIOR FRASE:

"Eu achei que eram prostitutas." - Ronaldo, após sair com três travestis.


NÃO POSSO DEIXAR DE CITAR DE FORMA ESPECIAL A SAPATADA QUE O SR. GEORGE W. BUSH QUASE RECEBEU DE UM JORNALISTA IRAQUIANO.

"AQUI ESTÁ O SEU BEIJO DE DESPEDIDA, SEU CÃO!"

FECHOU O ANO COM CHAVE DE OURO. SÓ SERIA MELHOR SE O SAPATO TIVESSE ACERTADO


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PERSONALIDADES - 2008 PARTE 2

Se você não leu a primeira parte, consulte o post abaixo.

Continuando...

Melhores personagens (Masculino e Feminino)
Obs: Refiro-me nesta categoria apenas aos personagens das peças que eu escrevi e dirigi. A escolha do personagem não está completamente ligada ao trabalho do ator, embora este influencie o mesmo. Ou seja: Esta categoria não está escolhendo o melhor ator/atriz. Este tipo de escolha é de certa forma muito complicada e não tratarei deste assunto aqui.
MARQUINHO SATÃ (O companheiro) , D. OVÍDIA (Gran Circo Pimienta) e BIA (Uma árvore - ainda em processo)

Marmita de ouro
(Para a pessoa que levou as maiores "comidas"; as broncas mais dolorosas e/ou merecidas)
ANA CLARA (Grupo Faz-me rir)

Cena Bizarra
(Acontecimento/cena mais engraçado e absurdo em aulas, ensaios ou no dia-dia)
LUIS EDUARDO e RONAM TOGUCHI
(Pela trombada no ensaio do Gran Circo e pelas movimentações da música Formidável Mundo Cão)


Cena Surreal
(Cena/momento mais inacreditável do ano. Coisas que se eu contar na rua, ninguém acredita)
PEIXE VIVO (CASO DE POLÍCIA)
(O Grupo Peixe Vivo movimentou o sábado da Rua do Centenário, na Vila Bastos, Sede do Instituto Viver, quando durante um exercício, os vizinhos pensaram que estava havendo um sequestro. Conclusão: 5 viaturas e 30 policiais fecharam a rua para nada. Nem os policiais acreditaram)

Momento eterno
(Ou que eu gostaria que fosse)
CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO DO FETO2008

Anjo sem asas
(Pessoa que não existe. Não é possível tanta bondade numa pessoa só)
DRA. SÔNIA ALVAREZ
(Cedeu o espaço do Instituto Viver para o Grupo Peixe Vivo ensaiar e fazer a temporada do ano que vem)

Lágrimas nos olhos
(Momento que me fez chorar)
QUANDO A ROBI CANTOU PRA MIM NA PEÇA E DEPOIS CANTOU NO MEU OUVIDO

Melhor Presente
ESPAÇO DO INSTITUTO VIVER CEDIDO PARA O GRUPO PEIXE VIVO

Ponta firme
(Pessoa que menos faltou aos ensaios)
Luis Eduardo

Cantinho maravilhoso
(Lugar que eu conheci que nunca será esquecido)
GALPÃO CINE HORTO
(Espaço do Grupo Galpão, um dos melhores ou quem sabe o melhor grupo de teatro do Brasil)

Maior Conquista
11 INDICAÇÕES E 6 PRÊMIOS NO FETO

Ursinho de pelúcia
(Pessoa muito fofa)
CAROLYNE NONATO - Teatroteca - Luiz Blanco

"Sacode a poeira e dá a volta por cima"
GRUPO PEIXE VIVO

PÉROLA DAS PÉROLAS
(A maior besteira dita ao meu redor)
ESSA É MINHA: Eu, comendo um lanche lá na pista. Peguei um catchup e coloquei no lanche. Quando eu mordi, soltei esta preciosidade "HUMMM, CATCHUP PICANTE!" ERA PIMENTA


AMANHÃ TERMINAREI O "PERSONALIDADES" COM UMA REFLEXÃO SOBRE O QUE ACONTECEU NO BRASIL E NO MUNDO.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

PERSONALIDADES 2008 (Parte 1)

Neste post, vou trazer de volta uma coisa que fazia quando dava aulas no Estado. O prêmio PERSONALIDADES 2008. Uma forma de deixar registrado o que aconteceu de melhor e de pior tanto no meu ano quanto no mundo. Vou dividí-lo em duas ou três partes. Vamos lá!

TURMINHA LEGAL 
(a sala mais legal do ano)
7º ano do Colégio Central Casa Branca

ÁGUA DE SALSICHA
(Sala mais sem graça) 
9º ano do Colégio Central Casa Branca
(Muito apática. Com a entrada da Rô houve uma pequena melhora, mas ainda assim, não deu)

MALA SEM ALÇA 
(O mais chato) 
Douglas (Dodô)

BORDÃO DE OURO 
(Frase repetida muitas vezes que ficará para a história)
"Nath, um pouco mais de volume!"

APLAUSO DE PÉ
(Melhor espetáculo)
Fora do ar - Crônicas de uma caixa de sonhos

MEIA PALMA E UM INCENTIVO
(Espetáculo mais chatinho)
Tudo por culpa da maçã

P.P.T.O.
(Pau pra toda obra) 
Diego Souza

PÉ NA BUNDA
(Pra quem mereceu)
COLÉGIO ARTUR DE QUEIRÓS 
(Eles sabem quem e por quê)

CONJUNTO DA OBRA
(Pessoa que pela soma de atributos e atitudes teve uma conduta impecável)
HELOÍSA BUENO

CACO DE OURO: 
(Caco mais inteligente utilizado em cena)
Renato Mendes como MARQUINHO SATÃ: 
"A pior coisa de estar preso é que todo mundo sai de cena e você tem que ficar."

COCÔ FEDORENTO
(A maior cagada do ano)
BELISCÃO NO PEITO - TOGUCHI

ME EMPRESTA UMA BORRACHA?
(Acontecimento que eu gostaria de apagar)
ATROPELAMENTO DA DANI

SAPATADA 
(Pessoa que, como o Bush, merecia ter recebido uma)
Íris (A.Q.)

MONTANHA RUSSA
(Pessoa que me levou para altos e baixos. Muito alto e muito baixo)
Rô (minha filha)

ÔM
(Pesssoa com quem eu tive que ter muita paciência)
LUCAS PROENÇA

FILHO PRÓDIGO
(Quem foi, mas felizmente voltou)
KELLY FRASNELI

PEITO NO ASFALTO
(Pessoa que ralou demais durante o ano.)
RONAM TOGUCHI
(Muito texto pra estudar)


POR ENQUANTO É SÓ. AINDA HOJE, OU TALVEZ AMANHÃ, PUBLICAREI OUTRAS PERSONALIDADES E PRÊMIOS. AINDA POR VIR:

 "PÉROLA DAS PÉROLAS"

"MELHOR PERSONAGEM" (DIFERENTE DE MELHOR ATOR)

"MELHOR CENA"

"PIOR CENA" 

"ACONTECIMENTO MARCANTE"

'MOMENTO LÁGRIMA NOS OLHOS"

E MUITO MAIS. 

VOCÊ NÃO PERDE POR ESPERAR! 

DEIXE SEU COMENTÁRIO!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O COMPANHEIRO



Um espetáculo que tratava da relação do indivíduo com o telefone celular. Um advogado corrupto, uma patricinha falida, uma operadora de telemarketing e um presidiário, todos eles com algo em comum, sua relação com o celular. A peça relatava situações engraçadíssimas, que beiravam o non-sense, mas se aproximavam muito do real. Por exemplo: A patricinha que tenta por um milhão de vezes cancelar a conta do celular ou um presidiário realizando golpes do sequestro pelo telefone. Era identificação na certa. Quem nunca recebeu um golpe, ou uma tentativa de golpe pelo celular ou ficou um tempão sendo enrolado por uma operadora de telemarketing?

Sem sombra de dúvida, o meu maior desafio como diretor este ano. Um grupo completamente diferente de todos aqueles com os quais tinha trabalhado. Eram poucos, tinham algumas dificuldades, não agiam como grupo e uma série de outras coisas. Uma turma bastante difícil de se trabalhar. 

Qual seria o caminho mais fácil? Escolher um texto, fazer o estudo e montá-lo. Escolhi justamente o caminho mais difícil. Iria escrever com base no material trazido pelo elenco. Muitas vezes me perguntei: que material? O material aparecia de forma bastante escassa, mas com o tempo passou a aparecer. O tema era interesante,  mas muitas vezes pensei ter errado na escolha, pois estava difícil "parir o texto toto". Mas finalmente o parto aconteceu e, aos poucos, com muita bronca (quando digo muito é muita mesmo) o espetáculo nasceu, com um resultado bastante satisfatório. Durante a temporada, me divertia muito assitindo. 

Além de tudo isso, este espetáculo me trouxe um presente. A loirinha baixinha à esquerda na foto. Quando digo que foi um presente, muitos de vocês não entenderão, mas no primeiro dia de aula esta menina queria desistir do teatro. Com muito custo, bota muito custo aí, consegui ajudá-la a acreditar em si mesmo e mostrar que era capaz de realizar um bom trabalho, desde que através de muito estudo e muita dedicação. Foi uma tarefa árdua e tive muitas vezes que ser mais duro que o comum, mas valeu muito, muito a pena. No último dia, recebi dela uma carta, que um dia transcreverei aqui. Só mesmo lendo para entender a emoção. 

Valeu muito a pena. E que venham outros!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Desktop, uma prosopopéia virtual.



Última peça do ano. Deu um trabalho danado. Se em interpretação, alguns dos meus jovens atores pudessem ter realizado um trabalho um pouco melhor, que será realizado com o tempo e a experiência, este espetáculo foi uma vitória e uma grande satisfação por alguns motivos.

1) Acho que até agora foi a encenação mais interessante que criei. A estética mais difícil e as soluções mais bonitas em termos de visagismo. A execução e os méritos dela são do meu amor. O conceito foi meu. Ficou lindo demais.

2) As dificuldades para levantar esta peça foram muitas. Dois alunos entraram no grupo e praticamente só trouxeram problemas para ensaiar. Ficamos com o tempo muito apertado para as tarefas de produção e para os ensaios. Mas tudo deu certo. Neste caso, grande parte dos louros vão para a minha baixinha Thaynara, que não mediu esforços, e dedicou-se exclusivamente só para este trabalho durante quase uma semana. Outros também merecem agradecimentos, mas ela, mais do que qualquer um foi responsável pelo resultado e pelas máscaras. OBRIGADO, BAIXOLA!

3) Um fato histórico: Pela primeira vez, um grupo de alunos assume a tarefa de assinar a dramaturgia do espetáculo. Uma surpresa muito gratificante para mim. Os três responsáveis pela façanha: Ronam Toguchi, Caique Maciel e Nathalia Macedo. Esses três realizaram um trabalho bastante consistente e interessante, cujo resultado, me faz sentir muito orgulho. Parabéns e obrigado, meus fiéis escureiros.

ESPERO PODER VOLTAR COM ESTA PEÇA ANO QUE VEM.

Premiação do Festival




Uma noite emocionante e surpreendente. Um momento único na minha vida. Nunca imaginei um resultado deste tamanho. Indicações para todas as categorias do Festival e 6 prêmios. Inclusive o de MELHOR ESPETÁCULO. Cabe aqui uma informação sobre este momento. Depois dos 5 prêmios já ganhos até aquele momento, resolvi não esperar mais nada. Eliminei as expectativas da minha cabeça, ou tentei. No momento em que percebemos que fomos indicados, uma esperança dominou meu ser, mas procurei controlá-la, ou mostrar controle para os outros. No momento da abertura do envelope e quando ouvi a primeira sílaba, "Gran", em vez de gritar como fiz das outras vezes, fiz completamente o contrário. Abaixei minha cabeça sobre o banco da frente e fiquei lá durante uns 3 ou 4 segundos, até chamar todos para receber o prêmio comigo. Naquele momento eu realmente e definitivamente tive a certeza de que tudo, absolutamente tudo valeu a pena. Não só isso, eu tive a certeza de que tomei a decisão certa, largando um grupo que não merecia realizar este trabalho e que não daria o devido valor e ele. E mais uma vez agradeci ao meu elenco pela acholhida.

Ainda que eu conte tudo aqui, ninguém nunca imaginará o que eu senti.

Grupo Brinquedo Torto (Núcleo 2)



Toda esta turma foi realmente muito especial este ano. Se não fosse o apoio deles, a disposição deles e a confiança deles, meu ano não teria sido tão bom e não teria chegado ao final dele de alma lavada. Vocês são meus heróis.



MUITO OBRIGADO!