quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

Aos meus alunos

Olá, queridos! Acompanhem primeiro o recadinho da minha apresentadora virtual e logo abaixo leiam a mensagem. Logo logo vocês decidirão o nome da apresentadora, ok!



Meus queridos,

mais um ano começa e com ele, uma série de oportunidades para todos nós. Espero sinceramente que este seja um ano inesquecível para vocês e para mim.
Para aqueles que eu já conheço e que já fazem parte da minha vida, desejo que nossa relação seja cada dia mais forte e mais bonita. Quanta coisa já vivemos, não é mesmo? E viveremos muito mais coisas neste ano.
Para os que eu ainda não conheço, fica aqui minha sincera esperança de que a primeira impressão seja ótima e que ela fique. Neste momento, a primeira aula já aconteceu e vocês já me conheceram. Fico pensando o que esta passando na cabeça de vocês neste momento sobre mim.

Novos alunos ou antigos, isso pouco importa. Todos vocês serão parte fundamental da minha existência neste novo ano e espero que possa fazer a diferença na vida de todos. Tenho certeza de que vocês farão a diferença na minha vida. Afinal, sem vocês eu realmente não sou nada.

UM FORTÍSSIMO ABRAÇO!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Apresentadora virtual

Em minhas navegadas pela rede, encontrei um site que te faz animações. Estou criando a partir de agora, uma apresentadora virtual e um programa para ela. Ela dirá o que não for escrito. heheheh

Vamos ver no que dá!

Mais uma tira. Estou gostando disso!

Aí vai uma tira que algumas pessoas podem não entender. Não tem problema. Entenderá quem precisa entender. hehehehehe


Minha primeira tira

Encontrei um programa que faz tirinhas. Aí vai a minha primeira. Vou fazer uma série também! Clque na tira para ampliá-la!


Mais uma parceria!

Estarei a partir de Fevereiro no Colégio Villa Lobos com três grupos diferentes. Ótimas impressões durante a reunião com a Coordenação. Espero que esta parceria renda ótimos frutos.

Aí vai o site do Colégio:

www.colegiovillalobos.com.br

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo msn (parte 4)



A entrevistada desta vez é Solange Macedo. Solange é mãe de Nathalia, uma das alunas/atrizes do grupo Brinquedo Torto. Na entrevista, Solange falou sobre a evolução da filha desde que entrou para o teatro e como a família reage em relação à atividade da filha.
E vamos ao papo!


Varlei Xavier diz:

Quando sua filha começou a demonstrar interesse em fazer teatro? Isso vinha desde pequena?

Solange Macedo diz:
Não....foi na escola. Ela chegou me contando alegre e eu como mãe fiquei mais feliz

Varlei Xavier diz: Então foi no começo do ano passado?

Solange Macedo diz:
Acredito que sim, foi quando o teatro começou a fazer parte do colegio

Varlei Xavier diz: Antes disso ela nunca demonstrou interesse?

Solange Macedo diz:
Para o teatro especificamente não. Mas sempre gostou muito do mundo das artes

Varlei Xavier diz: Certo. Quando vc começou a perceber a inclinação dela para atividades artísticas?

Solange Macedo diz:
Quando ela desenhava...e eu dizia que liiiiiiiiiiiiindo e ela se empolgava

Varlei Xavier diz: E o que vc, como mãe, esperava que aconteceria quando ela iniciou as aulas de teatro? Pensou que chegaria onde chegou?

Solange Macedo diz:
Bem ...Varlei na verdade eu pensei que fosse um passa tempo

Varlei Xavier diz: Então, de certa forma, você se surpreendeu?
Solange Macedo diz:
Muito. Conheci uma outra menina; mais competente, digamos.

Varlei Xavier diz: Ela mudou muito depois que começou a fazer teatro? Pode descrever as mudanças que ocorreram com ela?

Solange Macedo diz:
Sim ! Mudou em varios aspectos, se tornou mais responsavel, cumpre os horarios, tá mais seria, mais carinhosa, fala melhor, o portugues ....sabe ouvir mais...

Varlei Xavier diz: Mas deve ser um tanto incômodo para uma mãe perceber que ela está ficando muito tempo fora de casa com a desculpa de estar fazendo teatro. Como vc reage em relação a isso?

Solange Macedo diz:
Vou ser sincera, tá?

Varlei Xavier diz: O objetivo é esse. hehehehehe

Solange Macedo diz:
Eu to formando uma pessoa, que já tem personalidade. Uma pessoa que escuta quando eu digo ali é certo e errado; escolha!Tenho sim preocupação com o mundo, que é sujo, etc e tal... Mas tem meu blá blá blá de mãe. "Meu, chega junto se passou dos limites!". Aqui em casa somos muito francos, e nos respeitamos. Quando temos um problema, procuramos resolver ou pedir ajuda um do outro. E tem mais: aqui em casa o teatro não é desculpa não rsss. É compromisso... Se vai fazer , faz direito né?

Varlei Xavier diz: Até porque, creio que vale a pena quando se vê o resultado...

Solange Macedo diz:
Não sei te explicar, ou sei, é uma coisa apertando o coração sem dó.

Varlei Xavier diz: Uma pergunta difícil e que vale para todos os pais. Como vc reagiria se um dia sua filha te dissesse que queria fazer isso (teatro) pro resto da sua vida? Que queria isso como profissão? Prefiro que eles não me contem essas coisas, mas me pergunto como reagiria um pai ou uma mãe nesta situação.

Solange Macedo diz:
Eu estaria todas as vezes que eu pudesse na primeira fila.

Varlei Xavier diz: E como vc acha que os pais costumam reagir?

Solange Macedo diz:
Com preocupação, com o lado financeiro, com um futuro...

Varlei Xavier diz: Fale um pouco mais sobre isso. Quais seriam essas preocupações?

Solange Macedo diz:
A de que cheguem a idade adulta sem ter uma profissão bem remunerada, que passem dificuldade, que um dia os pais faltem e passem por dificuldades. Mas no fundo no fundo eu ainda penso: a gente tem mais é que ser feliz.

Varlei Xavier diz: Então vc não tem este tipo de preocupação?

Solange Macedo diz:
Tenho. No fundo tenho...

Varlei Xavier diz: E como reage em relação a isso?

Solange Macedo diz:
Conversando, sendo chata a maioria das vezes, tentando entender
Varlei Xavier diz: Uma última pergunta:Para você, qual o momento mais marcante de sua filha no palco? Aquela cena que você jamais vai esquecer.
Solange Macedo diz:
Faz tempo, viu. Quando ela tinha uns 4 anos que fez uma borboleta e falava uns trechinhos assim...as borboletas braaaaancas. E do Grupo.... foi sem duvida a Peça do Gran Circo quando eles cantam juntos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo msn (parte 3)



Como o terceiro entrevistado desta série, trago a vocês com muito prazer o poeta e dramaturgo Paulo Scaldassy. Paulo é morador da Santos, é poeta, escritor, roteirista e dramaturgo além de ser colunista dos sites Talento Brasil e Oficina de Teatro. Na entrevista, o escritor falou sobre a vida de dramaturgo, de como é seu processo de criação, sobre a dificuldades da carreira e sobre o sistema de direitos autorais. Vale a pena conferir.



Varlei Xavier diz: Como começou sua história como dramaturgo?

Paulo diz:
Então, foi meio sem querer. Quando tinha uns 18 anos, entrei em um grupo de teatro amador aqui na minha cidade. Nunca tinha feito teatro, (mas já fazia poesias e letras de músicas com um parceiro meu) De cara fui mordido pelo bichindo do teatro, só o que me encantou mesmo, foi poder criar as histórias. E como o diretor do grupo também escrevia, ele acabou me dando a maior força. Então comecei a escrever, escrever, sem parar. Mas, durante muito tempo só o meu velho amigo diretor, minha esposa e minhas gavetas, conheciam o meu texto. Até que em 2002 resolvi virar o jogo. Descobri o concurso de dramaturgia da Funarte e a partir de então, resolvi que iria me dedicar à carreira de escritor, pois lá no fundo, esse sempre foi meu grande sonho. E estou correndo atrás do tempo perdido

Paulo diz:
Bem, foi mais ou menos assim...
Paulo diz:
Acho que me alonguei demais

Varlei Xavier diz: Não se preocupe. Escreva o quanto quiser.

Varlei Xavier diz: E vc tem conseguido se manter com o trabalho de escritor ou precisa realizar outras atividades para se manter financeiramente?

Paulo diz:
Que nada, Varlei! Pra te falar a verdade, ainda não ganho nenhum tostão com escritor/dramaturgo/roteirista. Pode acreditar. Ainda divido meu tempo entre as letras e os números (sou contador) Trabalho com contabilidade o mesmo tempo que escrevo, mas infelizmente não consigo viver apenas das letras. Brinco que os números me sustentam e as letras me alimentam... Ainda estou trilhando o caminho em busca do reconhecimento. É um trabalho duro, mas que faço com muito prazer.

Varlei Xavier diz: Então vc pretende largar a carreira de contador e se dedicar apenas ao trabalho de escritor um dia, caso isto seja possível?

Paulo diz:
É um objetivo a ser alcançado. Sempre sonhei em terminar meus dias escrevendo, e cá entre nós, já estou trabalhando com contabilidade a quase 20 anos, não sei se aguento mais 20 (rsrsrs) É claro que sei que é até possível conciliar as duas coisas, mas contabilidade é muito desgastante e penso firmemente em poder abdicar da profissão de Contador.

Varlei Xavier diz: Torço para que consiga. E desde que você começou a escrever e ver seus textos montados, qual delas mais te agradou, e qual menos te agradou. Por quê?

Paulo diz:
Bom, não tive a oportunidade de ver muitos dos meus textos que foram montados, pois a maioria deles foram e estão sendo montados em outras cidades e estados longe de onde eu moro e não dispõe nem de recursos e tempo para poder assistí-lo. Mas, fiquei muito feliz com a montagem de um texto meu "Galo, Galinho, Galão. Agora já tenho esporão!"Um texto Infantil que foi montado pela Cia.Teatro dos Quatro na cidade de São Paulo e ficou em cartaz cerca de quatro meses no Teatro Crowne Plaza. Uma produção muito bem cuidade, que infelizmente teve que sair de cartaz, pois a atriz ficou grávida. Outros textos meus tem me dado grande satisfação. Muitos deles tem participado de festivais e sido premiados. Graças a Deus as coisas vem se encaminhado e os meus textos tem sido cada vez mais montados, o que me dá a certeza que estou no caminho certo. Não gosto de falar que alguma montagem não me agradou. Todas vão me agradar, pois sei a dificuldade de se montar um texto. Uns tem mais recursos e podem fazer um trabalho melhor, outros tem muita vontade que acaba compensado qualquer deficiência. Memso porque, ter um texto montado, sem fazer parte de nenhum grupo de teatro é muito privilégio. Tenho que ficar feliz sempre.

Varlei Xavier diz: O que você espera de um diretor que montará um texto seu?

Paulo diz:
SInceramente, espero que consiga captar o que quis passar com aquele texto. Mas, não dou palpite e nem interfiro de nenhuma maneira na montagem. Muitos querem conversar comigo sobre o que eu acho disso, que eu acho daquilo. Aprendi com um professor e amigo (Nelson Albissu) que o texto depois do ponto final, não pertence mais ao autor, ele é do ator, do diretor. Cada um vai ter uma concepção de montagem, que espero sempre que bata com a minha. Felizmente não tive maiores problemas quanto a isso. Em linhas gerais, os diretores tem se mostrado bem de acordo com o que quis passar no texto. Desde que não modifique aquilo que eu escrevi, ou deturpe o sentido do texto, o diretor é livre e espero e torço para que cada um faça o seu melhor, pois assim meu texto também será melhor apreciado.

Varlei Xavier diz: Você falou sobre "aquilo que você quer passar". Fale um pouco sobre isso. Quais são as mensagens presentes na sua dramaturgia? Que mensagem, quais assuntos vc costuma abordar?

Paulo diz:
O que gosto de esvrever, de verdade, é texto infantil e procuro através deles passar coisas boas, como a amizade, a importância do meio ambiente, mas tb falo sobre trabalho infantil, sobre o medo. Mas, procuro fazer isso sem dar lição de moral, procuro fazer com que a criança mergulhe dentro da história, se envolvendo e a partir desse envolvimento, ela absorverá o que o texto quis passar. Já falando em texto adulto, gosto muito de escrever comédias e procuro colocar de forma bem humorada as críticas que faço sobre o comportamento, sobre a política, mas é claro que também falo dos dramas da vida, muito embora não tenha muito saco para ficar escrevendo sobre auto destruição e coisas do gênero, mas se o dinheiro compensar, a gente faz... rsrsrs. Mas, eu gosto mesmo é de escrever texto infantil. Mal começou o ano e já escrevi um texto infantil de curta duração, 08 pag, mais ou menos 20 min. Geralmente quando tenho uma idéia, primeiro vejo se posso contá-la através de um texto infantil, se puder, não tenho dúvido, escrevo um texto infantil.

Varlei Xavier diz: Certo. E vc é membro de alguma entidade protetora de direitos (Sbat ou similar)? E como você acha que está a questão do direito autoral no Brasil?

Paulo diz:
Olha só, até me associei a SBAT, só que fiquei muito desiludido. Fiquei sabendo que um texto meu foi montado no Japão, entrei em contato com eles, e estou até agora esperando, esperando sentado, pois os "caras" simplesmente não me deram audiência. Quanto a questão dos direitos autorais, sou totalmente a favor do pagamento dos direitos autorais aos autores. Tenho até um slogan: "DIREITO AUTORAL. TODO AUTOR TEM DIREITO" Só que infelizmente somos desprotegidos. O ano passado, andei trocando idéias com outros dramaturgos, sugeri até que fosse criada uma associação, ou algo do tipo, mas não vingou. Nenhum teatro, nenhuma prefeitura, ninguém cuida do direito do autor. O teatro devia exigir uma declaração do autor liberando o texto para aí então, deixar que a apresentação aconteça, mas ninguém quer saber. Mas, já não arranco mais meus cabelos por conta disso. Sei que dificilmente vou enriquecer com o teatro, então, faço dele minha porta para o reconhecimento, e estudo caso a caso a questão dos meus direitos, mas geralmente os libero para grupos amadores e estudantis, não tem sentido querer cobrar direitos autorais nesse caso. Um dia ainda espero que o direito autoral seja respeitado. Quem sabe, depois que eu morrer, os meus netos não recebam sobre eles?

Varlei Xavier diz: Esta história de um texto seu ter sido montado no japão e Sbat "nem aí" é uma piada. Eu, pelo menos, fico revoltado com isso. E o pior é que há autores que violam direitos de colegas autores. Vai entender, não é?

Paulo diz:
É verdade. Na questão no Japão, eles até chegaram a me enviar um e-mail de resposta dizendo que estavam tomando providencia, mas já se passou um ano e nada.

Varlei Xavier diz: Absurdo. Você é de Santos, minha família é daí. Como anda a cena cultural aí no litoral? Há apoio do poder público? Os grupos têm espaço para se apresentar? Quais são as dificuldades?

Paulo diz:
Aqui a cena cultural sempre foi forte. O governo até que dá bastante apoio nesse sentido. Mas, não sou muito chegado aos grupos daqui, tenho alguns amigos aqui e ali, mas não me envolvo. Participo de alguns eventos quanto sou convidado, cansei de ver a roda rodar sempre no mesmo lugar.

Varlei Xavier diz: O que vc acha do "Acordo ortográfico" que entrou em vigor no primeiro dia do ano? Como este acordo afetará sua produção?

Paulo diz:
Olha, para te falar a verdade, não tive tempo de estudar o novo acordo. Não via uma necessidade para que fosse implantado o tal mudança, mas já que ele está aí, temos que nos adequar. Acho que do começo, vou encontrar dificuldades, mas com o decorrer do tempo, as coisas devem se encaixar. Mesmo pq, segundo os acadêmicos, a mudança não afetará mais do que 5%, então...

Varlei Xavier diz: Certo. Uma última pergunta:

Paulo diz:
Vamos lá

Varlei Xavier diz: Qual é seu maior sonho/objetivo como autor? O que vc mais espera ou pretende alcançar, conquistar ou atingir com este ofício?
Paulo diz:
Olha, o meu objetivo e o que tenho corrido atrás e que espero poder alcançar esse ano, é poder levar o meu trabalho a um número maior de pessoas. E como fazer isso? Entrando para televisão. Escrever seriados infantis, minisseries, novelas. Llevar a minha dramaturgia para a televisão. É o meu objetivo nesse ano.Também pretendo produzir um curta metragem e montar dois espetáculos teatrais. E espero conquistar o reconhecimento e por fim ser remunerado por ele.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo msn (parte 2)


O ATOR NO CINEMA BRASILEIRO

Dando prosseguimento à série, tenho a alegria de entrevistar minha amiga Vanessa Campanari. Vanessinha, como é conhecida pelo amigos, formou-se recentemente na Fundação das Artes com o espetáculo Fora do Ar, um belíssimo trabalho da 39ª turma de Teatro da Fundação. Como trabalho de finalização de curso, Vanessa pesquisou O Ator no Cinema Brasileiro. O resultado do trabalho foi bastante interessante, o que me motivou a convidá-la a falar um pouco mais sobre ela aqui neste espaço. E vamos à entrevista!

Varlei Xavier diz:
O que te motivou a fazer sua pesquisa sobre cinema?

Vanessa Campanari diz:
O recente interesse de atuar na área, de buscar outros meios de atuação para o ator que não fosse o teatro. 

Varlei Xavier diz:
E você já fez algum trabalho dentro desta outra linguagem ou o interesse partiu exatamente do fato de vc não saber nada do assunto?

Vanessa Campanari diz:
Foi exatamente isso, o interesse surgiu por eu não saber nada dessa area por eu não saber como chegar la e se eu chegar como atuar para a câmera de cinema, pois é diferente a gente atuar em um palco com outro ator e atuar no set para uma câmera. E isso não era uma duvida só minha, mas de muitos atores.

Varlei Xavier diz:
Minha também. Então, aproveito a oportunidade para perguntar: O que há de diferente entre a interpretação para câmera e a interpretação no palco?

Vanessa Campanari diz:
Bom, quero deixar claro que eu não sou experiente nessa area ... rs ... mas a diferença entre o palcom e a câmera de cinema é que no palco é tudo maior, os gestos são maiores, a fala é mais forte, pois a pessoa que esta sentada la atras na plateia precisa te escutar, ja no cinema não pose ser assim, os gestos tem que ser mais contidos senão fica exagerado na camera, não fica natural e no cinema. Tem que ser natural, quanto mais natural voce conseguir melhor vai ficar sua interpretação, no cinema voce tem a chance de sussurar "eu te amo" por exemplo e deixar a interpretação muito mais natural e bonita. No teatro voce não consegue sussurrar com tanta naturalidade porque o ultimo cara la na plateia não escuta. Outra coisa é que no cinema voce intepreta para uma câmera, olhando para uma câmera, não é sempre direto com o outro ator.

Varlei Xavier diz:
Certo. E depois de descobrir todas estas diferenças, você continua interessada em trabalhar na área? Ou seja, estas descobertas fizeram seu interesse em atuar em cinema aumentar ou diminuir?


Vanessa Campanari diz:
Eu continuo interessada sim, na verdade é um sonho meu atuar no cinema. Todas as descobertas que eu tive com esse trabalho, fez com que meu interesse na area aumentasse, mas me deu algum medo também. É que quando eu entrevistava aqueles atores de quem eu sou fã eu pensava "nossa eles conseguem aqueles resultados maravilhosos porque eles são atores excelentes, mas e eu uma mera mortal, sera que eu consigo?" hehehe

Varlei Xavier diz:
E das pessoas que vc entrevistou, qual foi aquela que mais te impressionou? Por quê?

Vanessa Campanari diz:
Bem, eu entrevistei a Denise Weinberg, o Leonardo Medeiros e a Juliana Galdino todos eles falaram coisas maravilhosas e relataram experiencias maravilhosas, mas a Denise Weinberg me impressionou mais pela paixão dela, ela falava com uma vivacidade tão forte que eu ficava hipnotizada

Varlei Xavier diz:
E como está o mercado de trabalho para novos atores no cinema? Você acha aberto, ou como em outras áreas tudo depende de um bom Q.I. ?

Vanessa Campanari diz:
Olha, pelo que eu percebi é uma area bem complicada, eu cheguei a perguntar para o Leonardo Medeiros qual era a dica que ele dava para os novos atores que gostariam de entrar para o cinema e ele disse "desistam, pois é uma área muito complicada". Mas eu acho que nós não podemos desistir, muito pelo ao contrario. A gente tem que insistir no nosso sonho e batalhar. A Denise Weinberg por exemplo, hoje ela que ajuda no casting dos filmes do Sergio Resende, ou seja, a Denise é uma pessoa de teatro e as pessoas que ela conhece são pessoas de teatro.Logo, as pessoas que ela indica para os filmes são pessoas de teatro. Infelizmente aqui no Brasil nós não temos escolas para atores de cinema então a gente tem que aprender na raça e como a propria Denise diz "Graças a Deus cada vez mais são atores de teatro que estão indo fazer cinema, pois eles tem uma base"

Varlei Xavier diz:
Vc já pensou em fazer faculdade de cinema? Ou o seu negócio é realmente apenas atuar?

Vanessa Campanari diz:
Eu ja pensei sim em fazer faculdade de cinema, pois eu me interesso por muitas areas dentro do cinema, principalmente a area de fotografia, mas minha vontade maior no cinema é atuar

Varlei Xavier diz:
O que vc mais gostaria de fazer no cinema e o que vc realmente não faria?

Vanessa Campanari diz:
Como assim? Na parte de atuação?

Varlei Xavier diz:
sim

Vanessa Campanari diz:
Nossa! não sei .... rs

Vanessa Campanari diz:
Acho que eu gostaria muito de fazer filmes como o "Lavoura Arcaica" um filme muito bonito .... sei la .... gostaria de ter qualquer tipo de experiencia, que não seja muito forçada é claro

Varlei Xavier diz:
Entendi. Vc não pretende entrar para o cinema a qualquer custo, não é isso?

Vanessa Campanari diz:
O que seria a "qualquer custo"?

Varlei Xavier diz:
Fazendo filmes que, digamos, explorem apenas o corpo... Desses que passam aos sábados de madrugada. 

Vanessa Campanari diz:
hahahahahaha .... com certeza eu não faria esses filmes. Eu gostaria de começar com pouco sabe, para aprender, pois de nada adianta eu começar com um puta papel e não saber contracenar com uma câmera.

Varlei Xavier diz:
É verdade

Varlei Xavier diz:
Após realizar esta pesquisa, ter ouvido essas pessoas, ter pensado muito a respeito, a que conclusão vc chega a respeito do ATOR NO CINEMA BRASILEIRO?

Vanessa Campanari diz:
Eu chego à conclusão que o ator que ja chegou ao Cinema Brasileiro é um vencedor, pois o Cinema Brasileiro passa por muitas dificuldades e que não é facil. Hoje nós temos poucos atores no Brasil que a gente possa dizer que é ator de cinema e na minha opinião a grande culpa disso se deve por não existir escola de atores de cinema no Brasil, mas temos também o problema da verba que é pouca e por isso não se faz muito cinema no Brasil. E por isso que eu acho que aqueles que consiguiram chegar la, mas veja só, aqueles que consiguiram lutando, e não aqueles que só chegaram porque são atores de televisão é claro que tem muitos atores bons que estão no cinema por causa da televisão, mas não são todos, muitos estão la por causa da imagem para chamar publico. Enfim, o Ator no Cinema Brasileiro é um grande vencedor

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo MSN



Inicio uma nova série hoje. Vou começar a entrevistar pessoas ligadas ao teatro ou à educação pelo MSN. Começarei por pessoas próximas e, quem sabe, se der certo, vou ampliando o trabalho. Vamos ver no que dá. 

A idéia principal é buscar pessoas que tenham o que dizer para pessoas que queiram ler. Como sabem, poucos posts neste blog são curtinhos. Não importa e idade, o mais interessante é o que elas tem (sem acento, de acordo com a Nova Ortografia) a dizer. Outro objetivo é deixar a
 conversa com a mesma informalidade do msn, tirando os miguxismos, obviamente. 

O primeiro entrevistado (e cobaia) desta série é Renato Mendes. Renato tem 18 anos, acaba de concluir o Ensino Médio e pretende prestar 
Artes Cênicas na USP em 2009. Atualmente, estuda na ENT (Escola Nacional de Teatro), onde já foi meu aluno. Quem quiser conferir o trabalho de Renato tem as seguintes oportunidades: 

17 de Fevereiro (Festival de Cenas Curtas da Escola Nacional de Teatro)
Março ("Na selva das cidades")

Na entrevista, Renato fala de como casualmente iniciou sua carreira no teatro, da influência de seus professores, de sua decisão de ser ator e da repercussão dessa decisão no meio familiar e de seu futuro na profissão. Espero que gostem. Foi muito divertido fazer.


 

  

Varlei Xavier diz:

Conte-me sobre sua primeira experiência com arte. A primeira experiência artística que lhe marcou.



Renato Mendes diz:

Bom, como todo professor de português gosta de brincar de dramaturgo (sem analogias a ninguém), na segunda série, fiz uma peça sobre um livro mágico, onde as personagens de vários contos "pulavam" para a realidade. Fui o Simba ("O Rei Leão"). Mas não acho que posso chamar de "marcante". Gosto de lembrar porque foi meu primeiro contato com o palco.Me decidi a fazer teatro mesmo em 2005, quando minha professora de português (sempre eles) pediu que nos dividíssemos em grupos, e interpretássemos trechos de histórias que elas nos deu.Eu e um amigo, que ingressou nessa vida comigo, montamos uma história sobre um lobisomem. Eu era um velho, que aparecia no bar e contava aos forasteiros sobre tudo o que aconteceu. Eu conversava com a platéia, enquanto o grupo fazia o que eu narrava.

Menos de um mês depois, eu e esse meu amigo de quem falei, procurávamos aulas de street dance. Por uma informação errada da moça do departamento de eventos, invadimos a aula de teatro. Paramos para assistí-la. Ao fim. o diretor nos convidou pro grupo, onde faltavam, quem diria, dois atores


Renato Mendes diz:

e foi assim


Renato Mendes diz:

vou tentar ser mais breve nas próximas respostas


Varlei Xavier diz:

NÃO SE PREOCUPE. ESCREVA O QUANTO QUISER.


Varlei Xavier diz:

Então, de certa forma, parte de sua formação ou de seu interesse por teatro partiu inicialmente de seus professores?


Renato Mendes diz:

Acho que sim.Se não fosse esse último trabalho em grupo, acho que não teria me dignado a ver o ensaio, e voltaria a procurar street dance. Nunca cheguei a fazer aulas de street dance...


Varlei Xavier diz:

O acaso... hehehehe


Renato Mendes diz:

Com certeza. Inclusive o conveniente erro na informação da atendente do evento... Muito acaso


Varlei Xavier diz:

Acha que era seu destino?



Renato Mendes diz:

Sou agnóstico, então não tenho certeza nenhuma quando se fala em destino e obra "maior". Mas, principalmente com teatro, as coisas sempre aconteceram de forma bem inusitada.


Varlei Xavier diz:

Certo. E exatamente quando vc decidiu que aquilo seria mais do que uma diversa?. Em que momento vc decidiu fazer disso uma carreira, uma profissão?


Renato Mendes diz:

Eu não tinha nada definido. O teatro era só um hobbie. Daí, de novo pelo "acaso", eu meio que "caí de paraquedas" na ENT, junto com esse meu amigo. Lá, eu decidi que era no teatro que eu estava, e que disso eu não ia sair. Infelizmente, pro meu amigo, foi o contrario, e ele, lá, desistiu de teatro.



Varlei Xavier diz:

E como sua família reagiu quando soube dessa sua decisão?  Houve alguma mudança de opinião dele de lá para cá?


Renato Mendes diz:

Minha família é toda, toda mesmo, de advogados. Meu pai, minha mãe, meus 3 tios, minhas 5 tias, e meu saudoso avô. Mais meus dois primos e meu irmão, que estudam direito. Minha mãe diz que não aprova, mas que não vai me impedir. Meu pai deixou, desde que ele não tenha que me sustentar. Meu irmão acha que é só pra ser "do contra", e que eu ainda mudo de idéia. Minha tia acha lindo, e vive dizendo  que um dia ainda vai me ver na Globo...


Varlei Xavier diz:

E o que vc pensa a respeito do que sua tia diz?



Renato Mendes diz:

Não quero tv. Se "acontecer", não sou louco de recusar cachê de "global". Mas não é isso que eu busco, não é isso que eu quero. Mas pra que dizer isso pra minha tia, e desiludir a coitada? hehehe



Varlei Xavier diz:

hahahahahaha



Varlei Xavier diz:

E o que você busca no teatro? O que vc realmente pretende fazer? Quais são suas perspectivas de trabalho?


Renato Mendes diz:

Eu quero teatro. Disso eu sei. Mas "o que" no teatro, não tenho tanta certeza. Adoro atuar, seja em arena, brincando com a platéia, seja com a quarta parede em um drama, seja como for. Mas eu tenho uma paquera de longa data com a cadeira de diretor... Em todas as peças de que participo, eu penso coisas que eu mudaria se estivesse no comando. Isso eu pretendo decidir na faculdade, aprendendo um pouco dos dois, e vendo em qual que eu me encontro


Varlei Xavier diz:

E como seria o diretor Renato Mendes?



Renato Mendes diz:

Com certeza, seria um puta facista...


Renato Mendes diz:

Não do tipo que não aceita idéias, mas do tipo que não pensa duas vezes antes de jogar um sapato na cabeça do ator que esquece as falas


Varlei Xavier diz:

Entendo...Então vc acredita que a pressão é importante para o trabalho do ator? Que ele rende mais se o diretor, de certa forma, o pressiona?


Renato Mendes diz:

Pessoalmente, sempre trabalhei melhor sob pressão, não só no teatro. Mas acho que isso varia muito de ator para ator. Tem alguns que precisam de mão na cabeça toda hora. Mas eu não teria paciência pra esses...



Varlei Xavier diz:

E como vc faria se pegasse um desses pela frente?



Renato Mendes diz:

Seria um  problema. Acho que cada um sede um pouco. Já trabalhei com diretores mais calmos, e senti falta do safanão na orelha. Mas aprendi a conviver com isso. Não se encontra só gente fácil de se trabalhar, e é aí que está a graça.



Varlei Xavier diz:

Examente. O que você diria para jovens que, assim como vc, escolheram ou escolherão este caminho, o do teatro? Principalmente com aqueles que não contarão com o apoio dos pais e enfrentarão grandes obstáculos dentro da própria família?



Renato Mendes diz:

Difícil, essa. Acho que diria pra tentarem. Tente, faça uma peça ou duas, veja se é isso mesmo que você quer, e se for, não pare por força alguma. Uma amiga, com quem já atuei, e posso dizer, uma das melhores, foi "cortada" pelo pai, e hoje abandonou o palco, e caminha rumo ao exame da Ordem.


Varlei Xavier diz:

Vc sonha em montar uma peça em especial? O espetáculo dos seus sonhos?


Renato Mendes diz:

O Cego E O Louco


Varlei Xavier diz:

Fale um pouco sobre o texto e os motivos que o fazem querer montá-lo. Diga também se pretende atuar ou dirigir.


Renato Mendes diz:

É um texto escrito por uma mulher, lá na Bahia (droga, não lembro o nome dela). É do ano de 2000, ou 2002(também não lembro). A peça se passa na sala de um apartamento, onde dois irmãos vivem juntos. Um deles é cego. Os dois ficam devagando sobre a vida, e esperando a visita de uma garota que nunca chega. Se você não se incomoda que eu conte o final, o louco morre e o irmão cego já estava morto a seis anos, vivendo só na cabeça do louco (que era cego, mas não sabia)...


Varlei Xavier diz:

Sensacional


Renato Mendes diz:

Vi uma montagem em tele-teatro que a tevê cultura produziu, com aquele ator que interpretou o Jamanta na Globo (sou horrível pra lembrar nomes) interpretando o cego. Primeiro eu fiquei pasmo de ver a interpretação dramática dele em uma peça, não achava que ele era tão bom pelo que vi do "Jamanta não morreu". Com certeza, essa é uma para se atuar, e como o Cego


Varlei Xavier diz:

O ator em questão é o CACÁ CARVALHO



Varlei Xavier diz:

Para terminar, uma pergunta difícil.



Renato Mendes diz:

Oba



Varlei Xavier diz:

Gostaria que você falasse sobre você, mas daqui a 10 anos. O que você estará fazendo daqui a 10 anos e o que você já terá feito?


Renato Mendes diz:

Espero já estar formado, e com DRT na mão. Isso em uns 5 anos. E em 10... Pode não ser uma grande ambição, como hollywood, ou tv globo, mas gostaria de estar no teatro. Atuando, dirigindo, não importa. Mas quero estar fazendo o que eu amo, não sei que peça, não sei se no Teatro Abril, ou no projeto social do SESI, mas trazendo para o público algo de que eles vão se lembrar por uns 10 anos...

 



OFF (MUITO BOM. TINHA QUE COLOCAR ESSA)

 

Varlei Xavier diz:

nossa! muito bom! muito mesmo!pode me mandar a conversa na íntegra?


Renato Mendes diz:

hehe, valeu


Renato Mendes diz:

já desligou a camera?


Renato Mendes diz:

posso peidar?


Varlei Xavier diz:

huahahauhauhaahuahuah


Varlei Xavier diz:

pode sim