quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 6)



Não quero descrever a aula de hoje. Acho que não é o que vai ser importante com o passar do tempo.

Primeiro foi a aula do Lincoln. Pandeiro, improvisação e tudo mais. Preciso de um pandeiro. Começou a me fazer falta. Me perdi na batida do coco. Não tinha onde experimentar. E desta vez o caderno não ajudou. Fiquei no ganzá e peguei intimidade com o instrumento, mas é muito fácil.

Tive uma série de questionamentos durante toda a instalação da Cordélia. Várias dúvidas assolaram minha cabeça. Durante a conversa, muitas outras coisas passaram pela minha mente também. Pensei em dar meu feedback da melhor forma possível. Espero ter conseguido.

Vou postar aqui um texto do Mario Quintana e vou relê-lo fazendo meus grifos e é isso por hoje. Eu acho...

VALHA-ME, QUINTANA!

Carta


Meu caro poeta,

Por um lado foi bom que me tivesses pedido resposta urgente, senão eu jamais escreveria sobre o assunto desta, pois não possuo o dom discursivo e expositivo, vindo daí a dificuldade que sempre tive de escrever em prosa. A prosa não tem margens, nunca se sabe quando, como e onde parar. O poema, não; descreve uma parábola tracada pelo próprio impulso (ritmo); é que nem um grito. Todo poema é, para mim, uma interjeição ampliada; algo de instintivo, carregado de emoção. Com isso não quero dizer que o poema seja uma descarga emotiva, como o fariam os românticos. Deve, sim, trazer uma carga emocional, uma espécie de radioatividade, cuja duração só o tempo dirá. Por isso há versos de Camões que nos abalam tanto até hoje e há versos de hoje que os pósteros lerão com aquela cara com que lemos os de Filinto Elísio. Aliás, a posteridade é muito comprida: me dá sono. Escrever com o olho na posteridade é tão absurdo como escreveres para os súditos de Ramsés II, ou para o próprio Ramsés, se fores palaciano. Quanto a escrever para os contemporâneos, está muito bem, mas como é que vais saber quem são os teus contemporâneos? A única contemporaneidade que existe é a da contingência política e social, porque estamos mergulhados nela, mas isto compete melhor aos discursivos e expositivos , aos oradores e catedráticos. Que sobra então para a poesia? - perguntarás. E eu te respondo que sobras tu. Achas pouco? Não me refiro à tua pessoa, refiro-me ao teu eu, que transcende os teus limites pessoais, mergulhando no humano. O Profeta diz a todos: "eu vos trago a verdade", enquanto o poeta, mais humildemente, se limita a dizer a cada um: "eu te trago a minha verdade." E o poeta, quanto mais individual, mais universal, pois cada homem, qualquer que seja o condicionamento do meio e e da época, só vem a compreender e amar o que é essencialmente humano. Embora, eu que o diga, seja tão difícil ser assim autêntico. Às vezes assalta-me o terror de que todos os meus poemas sejam apócritos!
Meu poeta, se estas linhas estão te aborrecendo é porque és poeta mesmo. Modéstia à parte, as disgressões sobre poesia sempre me causaram tédio e perplexidade. A culpa é tua, que me pediste conselho e me colocas na insustentável situação em que me vejo quando essas meninas dos colégios vêm (por inocência ou maldade dos professores) fazer pesquisas com perguntas assim: "O que é poesia? Por que se tornou poeta? Como escrevem os seus poemas?" A poesia é dessas coisas que a gente faz mas não diz.
A poesia é um fato consumado, não se discute; perguntas-me, no entanto, que orientação de trabalho seguir e que poetas deves ler. Eu tinha vontade de ser um grande poeta para te dizer como é que eles fazem. Só te posso dizer o que eu faço. Não sei como vem um poema. Às vezes uma palavra, uma frase ouvida, uma repentina imagem que me ocorre em qualquer parte, nas ocasiões mais insólitas. A esta imagem respondem outras. Por vezes uma rima até ajuda, com o inesperado da sua associação. (Em vez de associações de idéias, associações de imagem; creio ter sido esta a verdadeira conquista da poesia moderna.) Não lhes oponho trancas nem barreiras. Vai tudo para o papel. Guardo o papel, até que um dia o releio, já esquecido de tudo (a falta de memória é uma bênção nestes casos). Vem logo o trabalho de corte, pois noto logo o que estava demais ou o que era falso. Coisas que pareciam tão bonitinhas, mas que eram puro enfeite, coisas que eram puro desenvolvimento lógico (um poema não é um teorema) tudo isso eu deito abaixo, até ficar o essencial, isto é, o poema. Um poema tanto mais belo é quanto mais parecido for com o cavalo. Por não ter nada de mais nem nada de menos é que o cavalo é o mais belo ser da Criação.
Como vês, para isso é preciso uma luta constante. A minha está durando a vida inteira. O desfecho é sempre incerto. Sinto-me capaz de fazer um poema tão bom ou tão ruinzinho como aos 17 anos. Há na Bíblia uma passagem que não sei que sentido lhe darão os teólogos; é quando Jacob entra em luta com um anjo e lhe diz: "Eu não te largarei até que me abençoes". Pois bem, haverá coisa melhor para indicar a luta do poeta com o poema? Não me perguntes, porém, a técninca dessa luta sagrada ou sacrílega. Cada poeta tem de descobrir, lutando, os seus próprios recursos. Só te digo que deves desconfiar dos truques da moda, que, quando muito, podem enganar o público e trazer-te uma efêmera popularidade.
Em todo caso, bem sabes que existe a métrica. Eu tive a vantagem de nascer numa época em que só se podia poetar dentro dos moldes clássicos. Era preciso ajustar as palavras naqueles moldes, obedecer àquelas rimas. Uma bela ginástica, meu poeta, que muitos de hoje acham ingenuamente desnecessária. Mas, da mesma forma que a gente primeiro aprendia nos cadernos de caligrafia para depois, com o tempo, adquirir uma letra própria, espelho grafológico da sua individualidade, eu na verdade te digo que só tem capacidade e moral para criar um ritmo livre quem for capaz de escrever um soneto clássico. Verás com o tempo que cada poema, aliás, impõe sua forma; uns, as canções, já vêm dançando, com as rimas de mãos dadas, outros, os dionisíacos (ou histriônicos, como queiras) até parecem aqualoucos. E um conselho, afinal: não cortes demais (um poema não é um esquema); eu próprio que tanto te recomendei a contenção, às vezes me distendo, me largo num poema que vai lá seguindo com os detritos, como um rio de enchente, e que me faz bem, porque o espreguiçamento é também uma ginástica. Desculpa se tudo isso é uma coisa óbvia; mas para muitos, que tu conheces, ainda não é; mostra-lhes, pois, estas linhas.
Agora, que poetas deves ler? Simplesmente os poetas de que gostares e eles assim te ajudarão a compreender-te, em vez de tu a eles. São os únicos que te convêm, pois cada um só gosta de quem se parece consigo. Já escrevi, e repito: o que chamam de influência poética é apenas confluência. Já li poetas de renome universal e, mais grave ainda, de renome nacional, e que no entanto me deixaram indiferente. De quem a culpa? De ninguém. É que não eram da minha família.
Enfim, meu poeta, trabalhe, trabalhe em seus versos e em você mesmo e apareça-me daqui a vinte anos. Combinado?

Acho que fiz muitos grifos! E é por aí... 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 5)

Partido Alto é o "samba-repente": um estilo de samba em que os participantes inventam os versos na hora em que estão cantando. É um gênero de cantoria e, por vezes, é também uma forma de desafio.

É uma modalidade de samba no qual se alternam cantando dois ou mais solistas. Compõe-se de uma parte coral (refrão ou "primeira") e uma parte solo (música) na qual os versos são improvisados ou são tirados do repertório tradicional. Os versos podemse referir-se ou não ao assunto do refrão.

Entre grandes cultores do partido alto pode-se citar Clementina de Jesus, Aniceto do Império, Geraldo Babão, Candeia, Padeirinho, e, atualmente, Xangô da Mangueira, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Cláudio Camunguelo, Dudu Nobre, Paulino Neves e outros.



Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110105134936AAWJlyh




FIZ O MEU PRIMEIRO PARTIDO ALTO. TÁ BOM, NÃO FOI DE IMPROVISO, FOI QUASE. MAS FOI PARA FIXAR A AULA, VAI! AH! E USEI COMO REFRÃO O "QUEM MANDOU DUVIDAR?", QUE A GENTE APRENDEU!


Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


DA QUINTA AULA DO CAT
VOU AGORA RELEMBRAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


SEI QUE É SAMBA DE IMPROVISO
MAS PREFIRO ANOTAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

COMEÇOU COM A AULA DO LINCOLN
QUE NOS ENSINA A CANTAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

CANTAMO A ESCALA DE DÓ 
DE NOVO PRA MEMORIZAR 
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


E TAMBÉM A LAVADEIRA
QUE SABE ROUPA LAVAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

A SEGUNDA VOZ EM MI
PRIMEIRA EM DÓ PARA AFINAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

DEPOIS PEGAMO O PANDEIRO 
PARA APRENDER A TOCAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


EU NÃO TINHA UM PANDEIRO
ENTÃO TOQUEI COM UM GANZÁ
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


O MAJÓ PEGO ATABAQUE
E COMEÇOU A BATUCAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

O LINCOLN ENSINOU UM COCO
PARA A GENTE IMPROVISAR
QUEM MANDOU DUVIDAR

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

DEPOIS NOS MOSTROU UM VÍDEO 
DE CANDEIA A VERSAR 
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

COMO A MÔNICA FALOU 
NÓS COMEÇAMO A ARRISCAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

FOMOS PARA A AULA DA TICA 
MAS ANTES FOMOS LANCHAR 
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

COMEÇOU NOS EXPLICANDO
COMO ERA PRA ALONGAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


LOGO DEPOIS ELA NOS
FALOU QUE ERA PRA RESPIRAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

EXPLICOU SOBRE A COLUNA 
E NOS PEDIU PRA OBSERVAR 
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

PARTE DO GRUPO DEITOU 
E A OUTRA FOI MASSAGEAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

E QUEM FOI MASSAGEADO 
COLUNÁ FOI EXPRIMENTAR! 
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


QUEM FOI MASSAGISTA ENTÃO
PASSOU A CUIDADO TOMAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

QUEM TAVA DE OLHO ABERTO 
NÃO ME DEIXAVA TROMBAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

EXERCÍCIO MUITO LOUCO
EU PUDE MESMO APROVEITAR 
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

EU SÓ QUERO VER O QUE 
NA AULA DE QUINTA VAI ROLAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 

PENA QUE TEM MUITA GENTE 
QUE AVISOU QUE VAI FALTAR
QUEM MANDOU DUVIDAR?

Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 
Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 
Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 
Quem mandou duvidar... Quem mandou? Quem mandou duvidar? 


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 4)

Cite uma coisa que você sabe fazer e encontre duas coisas que alguém faça e que você queira aprender! 

LOCALIZAÇÃO E CUSPIR FOGO! 

Sempre achei que chantili tivesse muito gosto de manteiga. Por isso, consumia em pequenas doses. por cima de um bolo, embora eu goste mesmo é dos de chocolate; no merengue, Vixe Maria... mas só. Não sou lá tão fã desta iguaria. Mas se é para aprender a fazer chantili, vambora. Eu sempre soube fazer com o dedo. Assim, apertando o botãozinho de uma lata; ele saía direitinho. Mas é fazer mesmo. Mais que isso: É PARA DESCOBRIR COMO FAZER... 

Então vamos lá: Leram a receita. Então é assim? Só creme de leite e açúcar? É... Mas precisa bater na batedeira em VELOCIDADE MÁXIMA POR 1 MINUTO. Se não temos batedeira, batedeira seremos. Quem cansar, troca. Mas e se desandar? Não tem aquela história de que não pode trocar de pessoa? Ah! Vamos ver. 
(Nem observamos, mas o clima do grupo se alterou. O creme de leite e o açúcar reagiram dentro da gente. Que loucura! Bumba bumba bumba hey! Bumba bumba bumba, hey! Gira a tigela, sobe a tigela! Se está espirrando em você, aproveita e prova) 
Deu a consistência! Aeeeeee! Está gostoso! Muito bom! 

A nossa tigela é maior. Entrega para o outro grupo que a deles é menor, gente! E vamos brincando até eles terminarem. Esqueci de contar aqui que depois do chantili pronto, tinha morango para acompanhar. Nunca um chantili com morango foi tão gostoso! 



Intervalo e papo sobre PNL com o Alexandre. 

PROVOCAÇÃO PEDAGÓGICA Nº 1: 

DA CURIOSIDADE INGÊNUA À EMANCIPAÇÃO CRIATIVA

1 - CONTATO INICIAL 2- PROPOR ALGO 3- AVALIAÇÃO DO QUE FOI PRODUZIDO 4- AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO 5 - PROPOSIÇÃO CRIATIVA 6- INSTAURAÇÃO DO PROCESSO LÚDICO - TRABALHO DE ENCENAÇÃO 6- AVALIAÇÃO DA MATÉRIA POÉTICA CRIADA 

EMANCIPAÇÃO TÉCNICA, CRÍTICA E PARTICIPATIVA

Quando se dá o salto dialético de cada um? Quando é aquele click? 

CURIOSIDADE E EXPERIMENTAÇÃO LIVRE ----> PESQUISA ---> EXPERIMENTAÇÃO CIENTÍFICA ---> CURIOSIDADE CRÍTICA ---> EMANCIPAÇÃO CRÍTICA

(Análise pessoal) Tem toda relação com:

Incompetência Inconsciente, Incompetência Consciente,  Competência Consciente, Competência Inconsciente, Maestria

Zona de conforto (Zona do Zangão), Zona de Aprendizagem, Zona de Conflito

Embasamento da exposição: Pedagogia da autonomia, saberes necessários à prática educativa - Paulo Freire




quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 3)

Nem sempre eu vou fazer deste espaço e desta atividade um memorial descritivo do que foi feito. Muitas vezes ele será composto de impressões e coisas que me fizeram refletir.


Cheguei com a minha almofada nova e muita gente gostou da idéia.


Vamos cantar em terça igual àqueles cantores sertanejos? Faz a terça desse dó. "Lavadeira, oi, lavadeira! Lava roupa bem lavada, oi, lavadeira!". Bem bonito.


Para muitos pandeiro lembra batuque, que eu nunca consegui fazer. Para mim lembra malabarismo e carnaval. Com que vontade fiquei de fazer malabarismo com aquele monte de pandeiros. Mas tenho certeza que seria xingado se deixasse algum cair no chão.


Intervalo: Comer um pouco e rir. Quantos anos você tem? Vamos mudar de assunto! Não sou dos mais novinhos do grupo.


Instalação da Mônica: Bombardeou meus sentidos. Projeções de vídeo, letras de rap, frases de protesto, fitas coloridas, poesia, música, sons, leitura em todo o espaço. Grito de protesto, palavras de ordem, incenso, pipoca. "Não existe amor em SP. Tem certeza?", Crioulo leu Brecht.  E cada dia se tem menos um espaço para ensaiar. Vontade de gritar, dor no estômago! Bastante reflexão... Ruminando até agora. Por cima de tudo, a faixa colada: Cuidado, Frágil! Muito a ver comigo. Um lado contestador que muito aparece e que no meu caso me traz problema e o que existe na verdade é uma grande fragilidade. Pesquei isso na minha colega e seus olhos se encheram de lágrimas. No final, ganhei uma rosa.


Preciso botar aqui este manifesto!


MUITO OBRIGADO PELA PORRADA, MÔNICA!



Manifesto utópico-ecológico em defesa da poesia & do delírio


ROBERTO PIVA



Eu defendo o direito de todo ser Humano ao Pão & à
           Poesia
Estamos sendo destruídos em nosso núcleo biológico,
           nosso espaço vital & dos animais está reduzido a
           proporções ínfimas
quero dizer que o torniquete da civilização está
           provocando dor no corpo & baba histérica
o delírio foi afastado da Teoria do Conhecimento
& nossas escolas estão atrasadas pelo menos cem anos
           em relação às últimas descobertas científicas no
           campo da física, biologia, astronomia, linguagem,
           pesquisa espacial, religião, ecologia,
           poesia-cósmica, etc.,
provocando abandono das escolas pelas crianças que
           percebem que o professor não tem nada a
           transmitir,
imobilizando nossas escolas no vício de linguagem &
           perda de tempo
em currículos de adestramento, onde nunca ninguém vai
           estudar Einstein, Gerard de Nerval, Nietzsche,
           Gilberto Freyre, J. Rostand, Fourier, W.
           Heisenberg, Paul Goodman, Virgílio, Murilo
           Mendes, Max Born, Sousandrade, Hynek, G. Bern,
           Barthes, Robert Sheckley, Rimbaud, Raymond
           Roussel, Leopardi, Trakl, Rajneesh, Catulo, Crevel,
           São Francisco, Vico, Darwin, Blake, Blavatsky,
           Krucënyck, Joyce, Reverdy, Villon, Novalis,
           Marinetti, Heidegger & Jacob Boehme
& por essa razão a escola se coagulou em Galinheiro
           onde se choca a histeria, o torcicolo & repressão
           sexual,
não existindo mais saída a não ser fechá-la &
           transformá-la em Cinema onde crianças &
           adolescentes sigam de novo as pegadas da
           fantasia com muita bolinação no escuro.
Os partidos políticos brasileiros não têm nenhuma
preocupação em trazer a UTOPIA para o quotidiano.
Por isso em nome da saúde mental das novas gerações
eu reivindico o seguinte:
1 – Transformar a Praça da Sé em horta coletiva
        e pública.
2 – Distribuir obras dos poetas brasileiros entre os
       garotos(as) da Febem, únicos capazes de
       transformar a violência & angústia de suas almas
       em música das esferas.
3 – Saunas para o povo.
4 – Construção urgente de mictórios públicos (existem
       pouquíssimos, o que prova que nossos políticos
       nunca andam a pé) & espelhos.
5 – Fazer da Onça (pintada, preta & suçuarana) o
       Totem da nacionalidade. Organizar grupos de
       proteção à Onça em seu habitat natural. Devolver
       as onças que vivem trancadas em zoológicos às
       florestas. Abertura de inscrições para voluntários
       que queiram se comunicar telpaticamnete com
       as onças para sabermos de suas reais dificuldades.
       Desta maneira as onças poderiam passar uma
       temporada de 2 semans entre os homens &
       nesse período poderiam servir de guias &
       professores na orientação das crianças cegas.
6 – Criação de uma política eficiente & com grande
       informação ao público em relação aos
       Discos-Voadores. Formação de grupos de contato
       & troca de informação. Facilitar relações eróticas
       entre terrestres & tripulantes dos OVNIS.
7 – Nova orientação dos neurônios através da
       Gastronomia Combinada & da Respiração.
8 – Distribuição de manuais entre sexólogas(os)
       explicando por que o coito anal derruba o Kapital.
9 – Banquetes oferecidos à população pela Federação
       das indústrias.
10 – Provocar o surgimento da Bossa-Nova Metafísica
       & do Pornosamba.
O Estado mantém as pessoas ocupadas o tempo integral
para que elas NÃO pensem eroticamente,
libertariamente, Novalis, o poeta do romantismo,
alemão que contemplou a Flor Azul, afirmou: “Quem
é muito velho para delirar evite reuniões juvenis. Agora
é tempo de saturnais literárias. Quanto mais variada a
vida tanto melhor”.




terça-feira, 20 de setembro de 2011

Ecos do CAT (AULA 2)

Meu fôlego se foi. Nervosismo e suor gélido. Apenas um texto, homem de Deus; Leitura horrível, mas com emoção.

Semear é bom. Colar e compartilhar impressões e anseios numa caixa: (um, outro, alguém, mais um, um outro, mais alguém, outro um, alguém mais, mais outro, outro alguém = NÓS)

Cantar é demais. Sobe o tom, volta oitava abaixo, canta mais uma, mais duas e mais três que "a minha força é do Rei Sebastião, minhas correntes são pesadas, meus irmão..." podia não acabar mais...

Intervalinho, lanche natural vindo de casa, coca quente (cabeção) integração com a galera. Só coisa saudável. Uma ou outra bolachinha. Tá bom, biscoito!

Corpo: onde está o meu? Maior provocação: ele dói? negocia com ele? Sempre tinham me dito pra forçar a barra. Mas se você força, a percepção se altera. Você não se doa. Abre um HD novo para essa nova informação de corpo. Pesquisar esta palavra. Ideoknesis. Pode buscar uma posição de conforto e dá um jeito de se arrumar. Uma camisetinha no chão para aliviar a dor no pé ajuda. Teste na hora. Não é que é verdade?

Esta é a coluna. Troço estranho. Parece mesmo um dinossauro. Eu tenho uma? Puxa! É assim? Só sinto uns pontinhos, a ponta do iceberg.



Eba, massagem! Pode deitar primeiro. A coluna: os músculos e os ossos. Minha mão tremendo de tanto esforço. Mais uma vergonha. Quero meu corpo de volta, puta merda. Primeiro a perna, agora a mão. Agora é a minha vez. Muito bom. Um ou outra dor vem para que não haja dores mais duras. Há tempos não sentia as costas tão relaxadas. Bom demais.

Tipo uma partilha, sabe? Preciso contar que foi importante para mim. Olharam pra mim e se preocuparam com meu corpo. Sempre foi:: senta aí do jeito que der. Se doer, dá um jeito. Nada disso, vê um tijolinho de E.V.A.(.) A camisetinha funciona mesmo. E mais uma vez vou eu enfrentar meu corpo. A Lídia vai se orgulhar de mim um dia.

Tudo ecoa até agora, mas a lombar voltou a doer, puta merda! Falta muito para a próxima terça?

Ecos do CAT (AULA 1)

Vou propor um desafio à minha indisciplina: Vou postar aqui uma reflexão sobre cada encontro do CAT (CENTRO DE APERFEIÇOAMENTO TEATRAL) de que estou participando e cujo tema é PEDAGOGIA TEATRAL. Quem aparecer por aqui, se é que alguém aparece, por favor, ajude-me cobrando as reflexões. Os encontros são de segunda, terça e quinta. O primeiro texto que postarei foi um texto que eu escrevi para o Diário de Bordo. 

"(?)(!) Gente de todo canto. Jogos, risos, roda e massagem, não necessariamente nesta ordem. No pega-pega, que é  esse nosso jogo de se conhecer, quero pegar cada um de vocês. Quero ser pego de surpresa pelo teu conto, contado ao colar de cílios. Me emocionar e aprender demais, motivo que me trouxe aqui. 

Quão rico é cada um de nós (:)(,) menino de pés descalços (,) carioca filha da magia da rua, guerreira do viaduto, baiano de bom axé e riso que pega. Quem conta e canta com tanta verdade não pode ser, nunca será blefe, amiga minha. E quero sempre poder olhar gente no interior do interior dos olhos assim como você, moça do interior do interior do sul. 

Perdão se esqueci de alguém. O melhor da festa a gente sempre esquece quando se embriaga. Chapei o coco com o que ouvi. Cambaleei até Santo André, acordei de ressaca e vomitei palavras nestas folhas ao tremer do trem. Tô com uma sede danada. Dá sua história pra eu beber. Sou pequeno e sei que tenho muito pra apreender com meus curtos braços. Só espero não viciar na embriaguez. Ou melhor... Que se dane! (...)"

Meu primeiro "Job" como redator

Fechei uma parceria com a ABID PUBLICIDADE E PROPAGANDA, dos meus amigos Renato e Sila. Vou fazer uns trabalhos como redator para eles e em contrapartida eles vão rever toda a imagem do Casimiro, Brinquedo Torto e Cia Lírica. Escrevi um texto para um merchan de uma loja de colchões, que vai ao ar na TV Mais Abc, no Programa Revista Mais. Aí vai o texto: 



A General Colchões se preocupa com seu sono e quer que você repouse com qualidade. E por isso nos trouxe o Absolute, um colchão de alto suporte, com sistema de molejo LFK, tecido com excelente toque de viscose e tecnologia de alta capacidade de absorção, um colchão que seguramente trará o conforto e a qualidade de repouso que você merece.

Investir em um colchão é mais do que um ato de luxo ou requinte; é acima de tudo investir em qualidade de vida, que lhe trará um melhor rendimento nas tarefas diárias, pois você passa 40% da sua vida dormindo. Escolher dormir bem é mais que uma escolha; é uma necessidade. E para isso, conte sempre com a General Colchões, com 29 anos de experiência e cinco lojas no Grande ABC para atende-lo com qualidade e oferecer o colchão específico à sua necessidade.

Para maiores informações acesse: www.generalcolchoes.com.br ou ligue na central de atendimento: 4004-5555.

domingo, 11 de setembro de 2011

Refletir, deixar pra lá e seguir em frente

Tenho aprendido muito. Ando me sentindo mais maduro. Talvez por isso, não tenho tido saco para certas provocações,  nem me sinto com vontade de entrar em discussões sem sentido. Principalmente quando a questão realmente não vale a pena.

Ver a reação de certas pessoas dói. Dói muito. Mas o que eu posso fazer? Cada um age da forma que acha correto e só vale discutir se a pessoa ou a discussão leve a algum lugar. Continua doendo, a sensação de injustiça é grande, dá raiva e até ódio. Mas no final, o que sobre é indiferença e pena.

Eu vou viver minha vida, cumprir minha missão e seguir de consciência limpa.