segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço final 2012: Um ano para se agradecer



Já virou tradição esta postagem no último dia do ano. Confesso que adoro. Quando comecei, costumava fazer uma postagem muito mais descritiva. Gosto muito mais como é hoje, uma reflexão, sem ordem cronológica, talvez um pouco caótica, mas bastante sensível e sincera. Vamos lá!

Este definitivamente foi um ano para agradecer. Vivi grandes momentos, tive grandes conquistas, cresci profissional, material, emocional, humana e espiritualmente. Começou duro e tive baques, dificuldades, tristezas durante todo o decorrer do ano, mas creio que nunca estive tão preparado, tão forte, tão disposto e, acima de tudo, tão cercado por gente de bem, com quem aprendi aprendi e aprendo absurdamente. Recebi tanto carinho, das mais diversas formas. Foi um ano de grandes encontros e amizades. Ano que conheci e encontrei gente com quem quero estar por muito tempo, acho que para sempre. 

Aprendi e vivenciei também o poder da mente, que é capaz de criar coisas incríveis. Sim, eu crio minha própria realidade e o Universo é muito mais do que aquilo que se vê. Cresci espiritual e intelectualmente e isso me fez crescer também materialmente. Hoje sei que sou responsável por minhas escolhas e tenho certeza que estou num bom caminho de crescimento e evolução. Hoje, sou mais humilde e mais comedido em minhas palavras, estou tentando dominar melhor os pensamentos e sentimentos, que são a base de tudo que se torna matéria e realidade. 

Foi um ano de grandes decisões. Decidi perdoar (vejam meu último post de 2011), amar mais, minha relação com meu pai, mesmo internado, difícil decisão para minha família, está pela primeira vez linda e forte; todo dia que vou visitá-lo, não saio sem dizer "amo você!" e isso me faz bem.

Tenho muito a agradecer: 

- A minha mãe, pelo apoio, por todo amor e por acreditar no meu sonho e na minha missão de vida.

- À Roberta, meu anjo, pelo carinho, amor, parceria, e paciência. Pelas nossas conquistas e cada vez mais pelo fortalecimento da nossa relação, que enfrenta e enfrentará qualquer dificuldade.

- Ao Brinquedo Torto, por estarem em minha vida e fazer meu sonho real a cada momento. Obrigado pela paciência ao receber minhas broncas, pelo esforço, pelo carinho, pela viagem maravilhosa para BH e pelos momentos de alegria no Festival de São Caetano e no Cenforpe

- Às minhas crianças do Tempo de Escola do Salvador Gori, pelo carinho, pelos abraços, pela alegria do fazer teatral puro e descompromissado, por cada aula-espetáculo que tivemos. Teeeaaatrroooo Maaaaluuuucooooooo. 

- A todos, todos mesmo, da Instituição Assistencial Irmão Palminha, minha segunda família, e principalmente à minha segunda mãe, Nádia Gibo, espírito de luz, cujo amor incondicional me ensina a cada momento. Nunca conheci alguém como você e quero muito um dia ser uma lasca do ser humano e do profissional que você é.

- A todos da Wise Up Baeta Neves por todas as risadas, por todo aprendizado, mas principalmente à  Desirée Fogo e à Vivane Freixo, pelo carinho, pela camaradagem, pelo espírito de equipe e por acreditarem em mim mais do que eu mesmo. 

- Às pessoas especiais que conheci nas aulas de iniciação teatral do Pontão de Cultura da Umes.

- Aos encontros e reencontros que tive no FETO 2012, No Ato Cultural Byron O´Neil, Tatu Bola (meus amores) Art´ncena e muitos outros.

- Pela conquista de nosso apartamento, que fica pronto este ano. 

- Pelos momentos de prazer comendo boa comida (não é à toa que estou barrigudo)  

Foi um ano de muito trabalho e muitos encontros.Para 2013 só posso querer que isso se potencialize e que venha mais. Mais amigos, mais alunos, mais dinheiros, apartamentos, carro novo e muito mais encontros.

Deixo aqui uma linda canção dos beatles, que creio refletir muito do que sinto.

2012 é POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA! E QUE VENHA 2013 COM MAIS POTÊNCIA AINDA!




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

FETO 2012: A viagem, momento a momento

Quatro horas da manhã do dia 14 de Outubro de 2012, saíamos do Colégio Central Casa Branca em direção ao Aeroporto de Congonhas. Na malas, os figurinos e no coração expectativa, nervosismo por ser a primeira (de muitas que faremos) vez que muitos voariam. Quase todos dormiram pouco ou quase nada. Mas quem se importava? Estávamos indo para BH, era um sonho que se tornava realidade.

Logo no aeroporto um revés, problemas da documentação, Marina e Fernanda não embarcam. O grupo sofre um baque inicial por conta do estresse e da correria. Sofremos ao vê-las chorando, mas embarcamos aguardando que elas viessem nos dias seguintes; o avião decolou com alguns gritos de excitação, outros de medo. Após ultrapassar as nuvens, todos abriram as cartas que haviam recebido no salão de embarque com a seguinte orientação: "Abram apenas após a decolagem, quando o avião já houver estabilizado. Primeira emoção da viagem. 

Ao pousar em solo mineiro, um suposto segurança português nos recebia com um cartaz GRUPO BRINQUEDO FOFO. Disse que nos conduziria ao Hostel fazendo o trabalho de batedor. Chegando lá, disse que haveria uma confraternização organizada pelo Sr. Rui, ele mesmo (um anjo, que sempre acompanha o Grupo, quando este vai a BH) , que estava disfarçado de português. Detalhe: havia portugueses no hostel, que olharam com olhos de estranhamento e acharam graça da imitação. Quando Rui se revelou, o grupo não deu boas risadas. Rui sacou do violão e iniciou uma cantoria regada a dramatização dos integrantes. Comemos pães de queijo e o mais importante: Tomamos Mate Couro, o melhor refrigerante do mundo.

Enquanto eu dormia, o elenco brincava de batucar na latinha com os meninos do Grupo Boca de Cena, de Congonhas - Mg. Ouvi quando um grupo novo chegou ao hostel e me perguntava: Quem são? Fomos almoçar e logo depois eles chegaram. Cedemos nossos lugares e eles, já que havíamos terminado, descobri que faziam parte do Grupo Cênico Tatu bola, de Pará de Minas. Com idades parecidas, gostei das carinhas dos meninos e meninas. Este encontro se aprofundariam minutos depois dentro do Hostel, quando começamos a cantar músicas e brincar juntos. O Hostel estava pequeno e invadimos a rua. Lá, Brincamos de POTÊNCIA!, grito que mais tarde marcaria o Feto. Fomos juntos assistir ao primeiro espetáculo e cantamos muito no ônibus. 

Depois, mais um espetáculo, Baden Baden, que pela força, causou choros de desespero em alguns dos nossos. Os dois espetáculos que assistimos motivaram  um debate no grupo na manhã do dia seguinte: "Arte tem limite?" Pergunta levantada retransmitida a Marco Antônio Rodrigues, diretor do Grupo Folias, no Cafeto, realizado na tarde do mesmo dia. Gabriela Vilas Boas comentou no banheiro que a pergunta não havia sido respondida devidamente e Pita Belli ouviu, retransmitindo a Paulo Celestino, do Grupo XIX, que dias depois, em uma das análises, dirigia-se à menina, que ficava inquieta querendo ouvir e ver tudo e dizia: "pede depois pra ele o texto que eu quero ler de novo".

O Terceiro dia marcou o início das oficinas. É, eles estranharam, "não era o Varlei" e levaram uma bronca: "Não educo vocês para só trabalharem comigo. Voltem amanhã e dediquem-se mais!". Às 16:00, fomos assistir aos já amigos do Tatu Bola e foi tão, mas tão forte, um grupo de características similares e a mesma emoção. O espetáculo terminou com os dois grupos emocionados e com gritos de "Tatu Bola é Potência! Potência! Potência!". A despedida foi dolorosa. Mas prometemos que não terminaria ali. Voltando ao Hostel, estourou o pneu do ônibus. Pudemos presenciar um pouco do trânsito mineiro em horário de pico. Capital é tudo igual, alguns meninos aproveitaram o tempo ocioso para dançar no meio da rua e fazer cena: "Juro que não conheço essa gente!". Depois, pizza e cama.

De manhã, alguns foram para a oficina. Assisti junto com os menores "O Menino que sonhava demais", belíssimo pela ludicidade e pelo visagismo, à tarde, um Chá de Casa Nova com o pessoal de São João Del Rei e à noite o belíssimo espetáculo de nossos amigos Portugueses, Braseiro. Também tivemos o primeiro contato com outro grupo especial, o Art´ncena de Taguatinga- DF. 

Quinta-feira era o dia. Nossa apresentação. Melhor impossível. Platéia receptiva, rindo e chorando junto. Grande momento. Ovação do público, que foi às lágrimas. Podíamos até ouvir o fungar de narizes. Uma grande surpresa e uma forte emoção tomou conta de todos, quando nossos queridos do Tatu Bola, de surpresa apareceram. e retribuíram os gritos e a cantoria. Brinquedo Torto também é POTÊNCIA!

Sexta de manhã foi hora colocar os pingos nos "is", de refletir sobre a vaidade, sobre segurar o Ego depois de uma maravilhosa apresentação, cheia de elogios. Depois do almoço, fomos assistir a Bang Bang, dos nossos queridos amigos do Art´ncena, que também são POTÊNCIA fizeram um trabalho de cair o queixo. Depois, mais troca, mais conversa e mais contato na fila para o próximo espetáculo.

Sábado, já estávamos sentindo saudades. Tudo já tinha um tom de despedida. Brincamos muito no piquenique e à noite, mais emoção. Lançamento do documentário e do catálogo de 13 anos do Festival. Eles são meus heróis. Digo, Babi, Eliezer, Alexandre, Byron, todos eles. Quero ser como eles quando crescer.

Domingo chegou com uma surpresa de feliz aniversário, achei que nunca mais na minha vida ia parar de chorar. Música linda, bolo, mate-couro, carinho de todos, "a gente se sente importante e especial numa hora dessas". Aí eu já estava triste, estava acabando. Encerramento, abraços, carinhos e lágrimas, marcaram a despedida, juntamente com o desejo de voltar no ano que vem.

Se era um sonho para mim, se acreditava nessa geração, se queria proporcionar para eles uma experiência inesquecível, não podia imaginar que seria dessa forma, tão intensa, tão mágica, cheia de momentos fortes, deixando uma marca bonita na história, tendo orgulho desses meninos e do que construímos juntos. Voltei para casa com aquela depressãozinha característica do fim de cada FETO, cheio de saudade dos grandes amigos que fizemos e de toda a experiência, de todo aprendizado que o grupo teve. Foi sim, incrível e inesquecível como todos, mas de certa forma, único, singular, especial como nunca. E a cada dia amo mais Brinquedo Torto, Feto, Teatro e as pessoas que conheci lá!



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mensagem da Gabriela Vilas Boas

Mensagem da Gabriela Vilas Boas

Padrinho , me espelho em você sabia ? tento achar a mesma motivação que você tem pra mostrar pra tanta gente como a vida pode ser linda e como o teatro pode influenciar nisso . Digo sem medo , que você é minha inspiração e que minha meta , meu objetivo de vida é ensinar a todos que puder o que um dia você me ensinou , o que me torna a cada dia uma pessoa melhor . Mesmo estando distates eu oro sempre por você , para que Deus te ajude a cada dia , que você possa realizar seus sonhos e continuar ajudando as pessoas , o que você faz tão bem . Te amo muito Padrinho , conta comigo sempre !

Diário de Bordo Brinquedo Torto (Por Eloisa Santana)


Depoimento: Maria Rita Toth (Ponto de Cultura da Umes)


Querido Diario, finalmente eu tenho algo a contar, desculpe me por ter esperado tanto mas agora me sinto pronta !
Foi difícil, só nos sabemos o quanto lutamos pra que tudo isso acontecesse, e o quanto fomos aprendendo a cada dia, a cada aula. A estrada foi longa com algumas pedras e subidas imensas mas nos unimos e fomos nos levantando a cada queda a cada desafio. Foram muitas lágrimas, incontaveis sorrisos e um carinho, ou melhor um amor que foi crescendo a cada dia, e que foi se modelando a medida que fomos aprendendo e nos conhecendo . E agora que esta acabando o medo vai crescendo, e a saudade aumentando. Só que mais uma vez me apoio em voces QUERIDA FAMÍLIA pra que tudo seja apenas um sonho, apenas uma brincadeira onde levaremos as mais puras e signigficativas liçoes, e emoçoes e pra que essa chegada por mais cansativa nos enxa de orgulho e felicidade pois eu sei que todo esse trabalho valeu a pena, nao pela estréia de amanha mais pelas pessoas que nos tornamos ! MUITO OBRIGADA meus queridos irmãos de coração eu amo e acredito em todos voces *-*
 ·  · 

Giovanna Canato (Ponto de Cultura da Umes)


Antes de falar tudo o que eu senti, tenho que falar um pouco de tudo o que aconteceu nesses 6 meses. Como cada um de vocês foi importante para a minha mudança, quem me conhece fora do teatro, vê nitidamente que eu mudei, e essa mudança foi para melhor, parei de encarar a vida tão 'se não é assim eu não quero de jeito nenhum' ou até em ser muito explosiva. Sendo que ninguém conhecia o outro lado do meu 'eu', e foram vocês os primeiros a conhecerem, e vocês só me conheceram desse jeito, porque fizeram com que eu me tornasse quem eu sou hoje, (desculpa se está muito confuso, é porque é difícil explicar o que eu fui e o que eu sou hoje, graças a cada um de vocês).
Enfim, cada abraço dado, cada beijo na testa, cada olhar, cada palavra dita, nunca vão ser esquecido, a melhor coisa que eu fiz foi ter entrado nisso de cabeça. E ontem quando eu finalmente deitei na cama, passou tudo como um filme na minha cabeça, quando eu cheguei lá, cheia de medo, medo do contato com as outras pessoas, medo de parecer infantil, medo de parecer ridícula e acabei saindo de lá, uma pessoa leve, sem vergonha nenhuma, sem medo de sorrir, sem medo de parecer eu mesma. Então obrigada Varlei Xavier Nogueira Maria Cordélia Andressa Rodrigues Bruna Azar Larissa Vargas Joao Pedro Duarte Letícia Rocha Silva Lilliane Giacominni Bárbara Schelesky Ribas Leal e Patrick Carlos
AAA e outra coisa, quando estava deitada pensando em tudo isso, eu me sentia bem, feliz, por ter completado, mas de repente eu comecei a chorar, chorar de verdade, pensei que era de tristeza mas logo percebi que era SAUDADE.

sábado, 21 de abril de 2012

Transição

transição
tran.si.ção
(zi) sf (lat transitione) 1 Ato ou efeito de transitar, isto é, de passar de um lugar para outro; passagem. 2 Forma de passar de um assunto ou de um raciocínio para outro. 3 Passagem de um estado de coisas para outro. 4 Modificação de um regime político. 5 Geol Passagem de um gênero de rochas para outro.6 Mús Passagem de um tom para outro por meio da modulação. T. inarmônica: a que se faz por inarmonia.






fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=transi%E7%E3o&CP=167216&typeToSearchRadio=exactly&pagRadio=50

Transitar de um ponto a outro nem sempre é fácil. Às vezes é traumático, às vezes doloroso, mas muitas vezes é necessário. Iniciei na última semana um processo de transição em minha vida. Uma vez iniciado este processo, não posso mais retornar ao ponto de partida. Não nego que tenho medo dos impactos e resultados, mas tenho de encará-los com força e naturalidade. 

O que será? Que será?
Que todos os avisos
Não vão evitar
Porque todos os risos
Vão desafiar
Porque todos os sinos
Irão repicar
Porque todos os hinos
Irão consagrar
E todos os meninos
Vão desembestar
E todos os destinos
Irão se encontrar
E mesmo padre eterno
Que nunca foi lá
Olhando aquele inferno
Vai abençoar!
O que não tem governo
Nem nunca terá!
O que não tem vergonha
Nem nunca terá!
O que não tem juízo...(2x)

CHICO BUARQUE

domingo, 11 de março de 2012

Começando a sair do quadrado

Diário de Bordo nº 1 - Turma de Iniciação teatral - Ponto de Cultura da Umes

Começar é sempre bom. Tem o medo do novo, eu sei, um certo frio na barriga parecido com o que sentimos numa estreia. E é essa sensação que me faz continuar a fazer teatro. 

São novos rostos, olhares tímidos, cada um no seu quadrado esperando o que virá. quem são os colegas e o que se vai fazer. 

Duas pessoas chegam, ficam descalças, devem ser os professores. "Ai, meu Deus! Vou ter que tirar também? E se eu tiver chulé?". "Vem sentar aqui com a gente! Vamos fazer um círculo!". "O quê? Sair do meu quadrado? Está tão bom aqui, tenho medo da roda. Ela é tão... redonda, próxima, quente. Ai, meu Deus outra vez..." 

Mas aos poucos, um comentário, uma risada, uma pida, uma história, nos conduzem a um tapete mágico. Aí é risada, vento no rosto ondeando os cabelos, exceto dos carecas, e a alegria se instaura. Brincamos, porque brincar é preciso, não apenas necessário; faz um bem danado. Faz pingar suor do rosto. Acho que é hora de uma água. 

E a pausa mantém ainda mais viva a chama recém acesa. Pequena troca de contatos via facebook e pimba, estamos conectados. Outro click, dessa vez na mente, me induz ao transe; subo na árvore e como uma fruta, minha boca se enche de suco. Relaxar é bom. Massagem então, minha nossa! Massagens e sons e então... 

Que horas são? Quase 17:30, hora da partilha. Novamente o círculo, olhos nos olhos, estou com a palavra. Mal posso esperar a próxima segunda. 
De pé. Beijo na testa, grito, abraço nos amigos. "Pera aí: onde está meu quadrado?". Perdeu as arestas; E volto para casa redondo, feliz demais com as pontas arredondadas.  


terça-feira, 6 de março de 2012

DE VOLTA AO TEMPO DE ESCOLA

Catarina teve seu sorriso roubado por Zilá, sofreu e chorou, depois partiu em busca do resgate de seu riso. Encontrou a velha Aurora, que lhe ensinou algumas lições e lhe deu quatro tarefas. Passou pelo barro, pela vento e ar rarefeito, água revolta do rio e após a prova de fogo, teve o riso resgatado em casa, mesmo sem saber. 

O mesmo aconteceu comigo. Passei por um ano de Catarina. A vida imita a arte e trouxe à realidade elementos que escrevi num texto. Passei por muitas provas, e realizei várias tarefas e finalmente este ciclo se encerrou hoje. Hoje finalizo todas as etapas da Jornada do Herói  descrita por Campbell e regresso à minha casa transformado.

Passei por um ano difícil. Nó na garganta e muita tristeza. Saudade dos meninos, do que criamos juntos e de tudo o que este trabalho me proporcionou. Cheguei a desistir de voltar e quando eu menos esperava, tudo aconteceu. Um telefonema, entrevista marcada, feita e uma hora depois recebo a resposta: 

"BEM VINDO AO TEMPO DE ESCOLA!"

E embora eu quisesse chorar, entrei num estado de anestesia profunda. Estou explodindo por dentro, mas não dei um pulo, um grito e quem me vê não imagina a pirotecnia aqui dentro do meu peito. 

Estou feliz demais. Mas não vou pular, nem gritar. Só vou agradecer aos Céus, a Deus, ao Divino, ao Todo, ao Universo por tudo o que tenho recebido de bom no começo deste ano. Agradeço também a todos aqueles que acreditam no meu trabalho e meu potencial. Prometo que farei por merecer!

E que venham novas crianças e o um novo universo de experiências. Que o encantamento, minha profunda e verdadeira missão de vida, se estabeleça e que haja troca, abraços, carinhos, aprendizado e que tudo fique na mais profunda lembrança para sempre na memória deles. 

QUE SEJA LINDO! 

Ps: Queria escrever um texto lindo para o dia de hoje, mas acho que não conseguirei. Estou a mil por hora! Que seja assim então, esse caos alegre e delicioso. 

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Base defeituosa de nossas escolas

Um belo artigo sobre a educação nos EUA. Se lá está assim, imagine aqui no Brasil. Vale a pena ler. 

Fonte: www.golfinho.com.br

A BASE DEFEITUOSA DE NOSSAS ESCOLAS
Don A. Blackerby, Ph.D.
INTRODUÇÃO

Desde que o relatório federal "Uma Nação em Risco" foi divulgado, detalhando as imperfeições do nosso sistema educacional nos EUA, existiram mais relatórios e estudos exigindo que os problemas fossem resolvidos. Eu fico me perguntando se esse mesmo tipo de fenômeno está ocorrendo em outros países. Também me perguntava se o mesmo tipo de defeito estrutural do nosso sistema escolar, como descrito nesse artigo, é verdadeiro para os sistemas escolares em outros países. Eu estou interessado em receber feedback de todos os países em que isso for possível.
Nos EUA, a culpa se estendeu para todos e as soluções propostas têm sido variadas e numerosas. A culpa é das gangues? Seria por causa da televisão? Seria por causa do declínio da moral e dos valores? Seria por causa do colapso da unidade familiar? Seria falha do nosso sistema educacional? Do nosso sistema correcional? Do nosso sistema de assistência social? Falha das nossas igrejas em nos apoiar? Tudo acima descrito foi apontado como causas potenciais.
As soluções propostas têm sido numerosas. Nós queremos que o governo coloque em ordem o sistema de assistência social, mude o sistema correcional, coloque mais dinheiro na educação e melhore o nível dos programas de televisão. Nós queremos que outras instituições (como as igrejas, as famílias, as escolas, etc.) ensinem mais moral e melhores valores. E a lista segue.
Nós compramos mais equipamentos, computadores maiores, mais livros. Construímos melhores prédios para as escolas, contratamos mais professores, pagamos melhor os professores, treinamos os professores com melhores métodos de ensino ou com melhores técnicas de gerenciamento na sala de aula. Criamos programas com professores especiais ou programas de mentor para aqueles estudantes que estão atrasados. Iniciamos as escolas alternativas para aqueles estudantes que estão "em risco." Obviamente, existem muitas tentativas de resolver os problemas.
Mas por que essas soluções não funcionam? Na minha opinião, é porque elas tentam resolver o problema num nível errado. Muitas dessas soluções são tentativas de mudar comportamentos e/ou ambientes e elas não tratam dos problemas da base das nossas escolas.
A operação do nosso sistema escolar está baseada sobre uma base duvidosa de suposições ou pressuposições que realmente criam os problemas. Fazem isso porque as pressuposições ditam como nós nos comportamos e operamos o sistema. Isso não é falta de ninguém. Nem dos professores, dos administradores ou das diretorias das escolas. Essas pressuposições defeituosas foram herdadas através dos anos e nós sentimos que elas são parte natural de como "nós fazemos o trabalho em nossas escolas." Examiná-las com profundidade, contudo, nos dá uma oportunidade real para algumas mudanças significativas. A seguir uma lista parcial dessas pressuposições.


PRESSUPOSIÇÕES COMPORTAMENTAIS DE NOSSAS ESCOLAS
Os estudantes sabem naturalmente como aprender na sala de aula. O que muitos estudantes tentam fazer para executar as tarefas acadêmicas que nós lhe damos, não funciona. NINGUÉM (ou pelo menos nenhum participante oficial do sistema) assume a responsabilidade de ensinar às crianças COMO aprender na sala de aula. Nós assumimos que elas podem aprender a fazer os trabalhos escolares com facilidade e naturalmente pois antes de freqüentar a escola, elas aprendiam muito bem. Parece que não nos damos conta de que aprender na sala de aula não é uma habilidade natural, ou genética ou dada por Deus. Ela precisa ser aprendida. Com certeza, alguns professores individualmente compartilham algumas de suas estratégias de aprendizagem com os estudantes que têm problemas, mas nenhuma parte do sistema escolar faz isso de uma maneira sistemática de modo que REALMENTE funcione. Professores especiais ou "centros de capacitação de estudos" são normalmente chamados DEPOIS que o estudante já experimentou alguma deficiência e se desligou da escola. A maioria das "capacitações de estudos" são apenas atividades que não funcionam de qualquer maneira. Por exemplo, escrever diversas vezes as palavras que serão soletradas. Esse é provavelmente o método mais comum para aprender a grafia das palavras - não funciona e os estudantes acham que é muito trabalhoso.
O resultado é devastador para o estudante porque ele assume que algo está errado com ele quando não consegue fazer as tarefas que lhe foram atribuídas. Assim fazem seus pais. E assim fazemos todos. A verdade é que a maior parte dos estudantes faz o melhor que pode com aquilo que ele sabe fazer. Se não funciona, ou se não funciona muito bem, eles não sabem que devem fazer algo diferente. A idéia nem é discutida porque NÓS PRESSUPOMOS QUE ELES JÁ SABEM COMO APRENDER.

Todos estudantes aprendem na mesma velocidade e da mesma maneira. Como na era industrial, nós projetamos as nossas escolas para serem parecidas com as fábricas. Colocamos os estudantes numa mesma sala de acordo com a idade e procedemos a ensinar o conteúdo daquele nível particular de classe. Isso supõe que todos os estudantes aprendem da mesma maneira e na mesma velocidade. Sabemos que isso não é verdade, porém, continuamos com a mesma prática. Essa suposição combinada com a anterior e com a próxima, praticamente garante que muitos estudantes ficarão traumatizados na escola.

Uma parte dos estudantes fracassará e/ou terá um desempenho muito fraco na escola. A curva do sino (curva normal) se tornou praticamente um ícone na educação o que justifica a pressuposição que alguns estudantes fracassarão e/ou terão um desempenho fraco. De fato, se um professor dá somente A e B para todos, ele será acusado de facilitar as coisas ou de inflacionar as notas. Mas, e se nós assumirmos que todos os estudantes são capazes de aprender e nós ensinarmos a eles COMO serem bem sucedidos na sala de aula? Que tal se nós supormos que todo o estudante aprende fácil e rapidamente na sala de aula? Como é que isso afetaria a nossas escolas? Como isso afetaria os estudantes?
Por quanto tempo uma empresa sobreviveria no mundo dos negócios, se 20 a 30% de seus produtos fossem de má qualidade ou mal acabados?

O sistema escolar é mais importante do que o estudante. A resposta mais comum a algumas dessas pressuposições é "De que outro modo nós poderíamos operar as escolas?" Mesmo sabendo que estamos prejudicando os estudantes, continuamos com a prática pois é assim que o sistema funciona. Parece que estamos numa espécie de contradição com relação ao trauma que estamos causando nos estudantes. Como seriam as nossas escolas se elas estivessem focadas no sucesso individual de cada estudante? Qual seria o efeito nos estudantes e nos professores ?

Mais dinheiro resolverá todos os problemas de nossas escolas. Pedidos de mais verbas para as escolas dominam as atividades dos lobistas e legisladores e até dos relações públicas. Minha preocupação é que mais dinheiro será usado somente para perpetuar o atual sistema. E, se essas pressuposições realmente são sintomas da base defeituosa sobre a qual as nossas escolas estão operando (como acredito que estão), então mais dinheiro simplesmente nos impedirá de corrigir essas sérios defeitos e de procurarmos por soluções estruturais.

Algo está errado com o estudante que tem um fraco desempenho na escola. Somos uma sociedade acostumada a atribuir a culpa, ou a encontrar quem errou quando algo vai mal. Infelizmente, quando um estudante não está com bom desempenho na escola, nós automaticamente o culpamos por isso. Geralmente, acusamos o estudante de não estudar o suficiente, ou de não estar motivado, de ser preguiçoso ou de ser rebelde ou estúpido. Muitas vezes, nós o rotulamos como incapaz de aprender. Depois de algum tempo, quando esse resultado se torna insuportável, o estudante começa a acreditar nesses rótulos, o que afeta sua auto-estima de maneira devastadora. Talvez o estudante somente não saiba COMO aprender.

Os estudantes são motivados unicamente pela punição e/ou recompensa. Todo o nosso sistema de avaliação está baseado na pressuposição que inclui a ameaça de suspensão, a expulsão e outras punições radicais. Para muitos estudantes, a ameaça de punição elicia a revolta e a promessa de recompensa parece falsa. A verdade é que existem maneiras melhores de motivar os estudantes que irão se ajustar em suas estratégias naturais de motivação. Essas estratégias naturais de motivação utilizam os critérios altamente valorizados do estudante que proporcionam uma situação de ganha-ganha e oferecem escolhas valorizadas e motivadoras que induzem o estudante a QUERER ser bem sucedido.

Atividade de aprendizagem faz com que o aprendizado aconteça. Muitas vezes, estudantes têm me dito que foram bons no aprendizado de ortografia, ou vocabulário, etc. No entanto, pela minha experiência, a estratégia deles para essas tarefas era inadequada. Quando investigo a maneira como eles estavam encarando o sucesso, descubro que estavam cumprindo tarefas que não contribuíam para o processo de aprendizado, mas eram fáceis de executar. Por exemplo, eles tinham que copiar cada palavra 10 vezes e entregar. Ou procurar no dicionário o significado das palavras, copiá-las e entregar. Quando o estudante cumpria essa tarefa enfadonha conforme lhe era pedido, ele recebia notas altas, mas quase nenhum aprendizado. Uma vez que a maior parte dos professores não é treinada sobre como funciona a mente, ou como ocorre o aprendizado em nível de processo, eles marcam as tarefas que são sugeridas pelos editores de livros. Existem novos desenvolvimentos de como a mente trabalha e que nos oferecem oportunidades de ouro para ensinar aos outros como ocorrem melhores aprendizados.

Quanto melhor o professor, melhor o aprendizado. A razão pela qual eu incluo isso aqui não visa a diminuir os grandes professores, mas a mostrar que a verdadeira responsabilidade pelo processo de aprendizado está no estudante. Também, o fato de acreditar que isso depende de encontrar o professor certo impede-nos de resolver os problemas que estão limitando nossas escolas. Além disso, se nós mudarmos as pressuposições que baseiam a maneira como conduzimos nossas escolas e como tratamos uns aos outros, os grandes professores realmente serão fortalecidos e poderão fazer seu trabalho de uma forma ainda melhor.

PRIMEIRA CONCLUSÃO
O efeito dessas falsas pressuposições nos estudantes, professores e administradores é traumática. Os estudantes ficam frustrados e brabos e se desligam do aprendizado e da escola, e se ligam a gangues, drogas e a outros comportamentos anti-sociais como um meio de se rebelarem contra o sistema. Várias das pressuposições causam trauma emocional aos estudantes e afetam a sua auto-estima de uma maneira negativa. Eles carregam essa baixa auto-estima até a idade adulta o que cria outros problemas para a sociedade. Professores e administradores estão presos a um sistema que não criaram e que não os deixa fazer aquilo para o qual eles entraram na educação – afetar positivamente a vida da mocidade. Como não conseguem realizar seus sonhos de ajudar as crianças, o sonho se extingue e eles abandonam o ensino porque se sentem desconsiderados e desvalorizados.
Como qualquer estudante doutorando sabe quando está começando sua dissertação, a importância do estudo é tão boa quanto as suposições sobre as quais ela é baseada. A pressuposições mencionadas acima forçam todos a continuar a operar do mesmo modo que sempre operaram. A verdade é que nós estamos ainda "educando" do mesmo modo que sempre fizemos. Sem dúvida, nós temos melhores livros e equipamentos de alta tecnologia mas nós ainda operamos nossas escolas da mesma maneira. É tempo para uma nova base de pressuposições que fortaleçam os estudantes, professores, administradores e a sociedade em geral.

ALGUMAS PRESSUPOSIÇOES FORTALECEDORAS
Assim, se a nossas escolas operassem sem essas falsas pressuposições, quais seriam as pressuposições diferentes que iriam fortalecer os estudantes, professores, administradores e os pais? Imagine você mesmo, como estudante, professor, dirigente da escola, pai ou o publico em geral, como seria estar num sistema escolar que funcionasse com as seguintes pressuposições:

Atrás de todo comportamento existe uma intenção positiva.
Todos queremos fazer o melhor que podemos. Quando nos deparamos com um problema ou uma tarefa para a qual não temos solução, nós descobrimos a melhor que podemos. Se ela funciona, mesmo que somente um pouco, é ainda a melhor solução que temos, e então, a usamos diversas vezes. O fato de que um estudante age de um modo inadequado, não significa que as suas intenções são ruins. Ele pode apenas precisar de uma maneira mais criativa ou diferente para realizar a tarefa.
Se nós os acusamos de comportamento inadequado, eles se tornam resistentes. Se procurarmos por uma profunda intenção positiva oculta pelo comportamento, e os ajudarmos a descobrir melhores maneiras de satisfazer a intenção positiva, então nós nos tornamos seus aliados e eles não têm porque brigar conosco ou opor-se a nós. Eles também não vão manter o comportamento inadequado, pois agora eles têm uma maneira melhor de realizar a tarefa.

Se for possível no mundo para alguém, é possível aprender.
Essa pressuposição abre um mundo de possibilidades e nos mantém afastados de crenças limitantes sobre nós mesmos. Isso nos conduz a franqueza e a descoberta de soluções, melhor do que nos conduzir à rigidez. Isso nos coloca em outros estados maravilhosos tais como curiosidade, alegria, deleite e pensamento positivo.

Qualquer coisa pode ser aprendida, se for adequadamente segmentada.
Algumas vezes o maior obstáculo para o aprendizado é que a quantidade ou a extensão do material é opressiva para o aluno. O aprendizado é como segmentar para baixo (ou dividir em partes) o material em tamanhos mais administráveis, pois assim a tarefa se torna mais realizável.
Essa pressuposição, ligada a anterior, nos permite aprender como ser bem sucedido em qualquer situação. Também, essas duas pressuposições representam como nós pensamos e sentimos sobre o aprendizado ANTES de entrar na escola. Nós aprendemos, antes da escola, coisas muito mais complexas e complicadas como falar, caminhar e outras habilidades sociais. Fizemos isso, principalmente, imitando como os outros faziam e aprendendo primeiro as pequenas sub-habilidades e depois as grandes. O ponto é, que nos nossos primeiros anos, quando nós víamos e ouvíamos os outros fazendo algo, nós imaginávamos que também podíamos aprender e isso atraía o nosso desejo de aprender. Nós precisamos da mesma atitude em nossas escolas com os nossos estudantes, pais, professores e administradores.

Não existe fracasso, existe apenas feedback.
Um dos maiores prejuízos no aprendizado é como nós aceitamos o feedback. Quando nós tentamos aprender ou a fazer algo, temos que parar periodicamente e verificar o nosso progresso para ver se precisamos fazer algum ajuste. Isso é chamado de feedback e é uma parte essencial do processo de aprendizagem – se for corretamente falado e recebido. Na maior parte das vezes, os estudantes vão tomar o feedback como pessoal e pensar que são uns fracassados se nos trabalhos escolares tiraram notas baixas. Assim, mais do que usar o feedback para fazer ajustes no que estão fazendo para que possam fazer melhor, eles ficam traumatizados pelo sentimento de que eles, como pessoas, são um fracasso. Depois isso vai para o sentido de quem eles são ou para a sua auto-estima e se torna parte da identidade e da personalidade deles. Eles tendem a carregar isso para o resto das suas vidas.
Infelizmente, em muitas escolas o sistema de avaliação favorece essas repostas inadequadas ao feedback. Assim, ao invés do feedback ser apenas um ajuste para a atividade de aprendizagem, ele se torna um rótulo para toda vida. Precisamos de um sistema cujo foco seja no ajuste para ser bem sucedido e apenas isso.
Nós escolhemos o melhor comportamento baseado nas escolhas que nós temos de nosso modelo do mundo. Essa pressuposição é firmemente ligada a noção de intenção positiva. Quando nós nos deparamos com um problema ou tarefa, nós nos decidimos baseados no melhor caminho disponível para nós ou naquele que podemos inventar. Nós então o testamos para ver se funciona. Se funcionar, na nossa opinião, nós continuamos a fazer isso até que se torna um hábito. Raramente, nós o re-avaliamos. Obviamente, as escolhas que nós tínhamos originalmente podem ter sido limitadas. Nós pretendemos nos comportar da melhor maneira que sabemos, mas porque não temos todas as escolhas disponíveis, outros podem pensar que o comportamento é inadequado ou mesmo ruim. Infelizmente, muitos julgam o comportamento e descobrem a falha no individuo antes de ajudá-lo a encontrar um caminho melhor para resolver o problema. Essa pressuposição nos libera para procurar por intenções positivas e por ajudar em resolver problemas antes de assumir que algo está errado e reconhecer a culpa.

Um maior número de escolhas é melhor do que um número limitado delas.
Essa pressuposição é uma evolução da anterior. Quanto mais opções nós tivermos, melhor a nossa capacidade de nos comportar apropriadamente e ser bem sucedido. Também direciona o nosso caminho para tratar os estudantes que estão tendo problemas – concebe a intenção positiva deles e lhes dá diversas escolhas de como resolver o problema, e deste modo eles podem escolher a melhor. A maneira como os estudantes conhecem o mundo é apenas um modelo perceptivo. Muitas vezes nós bloqueamos o modo de pensar ou de aprender de um estudante como se isso fosse alguma verdade que não pode ser mudada. O estudante é "desse jeito." Nós podemos atribuir isso a sua família, ao ambiente, ao status sócio-econômico ou mesmo influência da raça ou da cultura. Na verdade, é apenas um modelo perceptivo do seu mundo que ele formou com o passar dos anos e a PERCEPÇÃO PODE SER MUDADA. De fato, as percepções mudam de uma maneira natural todo o tempo. Quando nós aprendemos sobre o mundo em nossa volta, nós atualizamos a nossa percepção e nosso ponto de vista. É uma parte natural da maturidade e do crescimento. Quando um estudante (ou professor) está emperrado num modelo perceptivo limitado, não seria bonito reconhecer isso e ajudar o estudante mudar da percepção limitada para uma que o fortalecesse no processo de aprendizagem.

SEGUNDA CONCLUSÃO
Imagine você mesmo, como seria estar num sistema escolar operando inteiramente com as pressuposições fortalecedoras, colocando-se na segunda posição em todos os níveis lógicos como um estudante, um professor, um administrador de escola, um pai e/ou o publico em geral.
Eu conduzi um grupo de Master Practitioners em PNL através desse exercício e todos nós concordamos que se nós conseguíssemos introduzir a primeira pressuposição nas nossas escolas, isso teria um efeito transformador sobre nós e nas escolas. Se todas elas fossem implantadas, não existiria frustração e a raiva crônica que hoje impregnam as nossas escolas. Existiriam apenas professores, estudantes, pais, administradores e o publico, MUITO capazes e focados em ajudar para que todos atinjam seu potencial mais elevado. Agora, imagine como o mundo se tornaria quando esses estudantes se formassem, se tornassem pais, entrassem no mercado de trabalho e assumissem posições de liderança. IMPRESSIONANTE!!! Nós estaríamos realmente ajudando a fazer desse mundo um melhor lugar para viver.