quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 27)

Ninguém fez o diário de bordo de novo. O namoro caiu na rotina. Por um lado é bom, nos dá segurança. Por outro não, era tão legal quando tínhamos vários olhares, várias leituras da aula anterior. Instalava-se sempre um  estado de CAT em cada um de nós, era tão bonito, faz tão pouco tempo, mas dá saudades...

Dois exercícios da Mônica: váriação de PÁ, OH, BLULULU e SHIVA  e um pega pega de nomes. Muito bom.

Duas novas apresentações: Roberta e Mônica. Descobri que minha amiga de caminhada até o Metrô tem uma irmã gêmea que também é atriz e mora em Londrina, sensacional. Contou de sua luta para viver de teatro, e sua viagem à Franca com o Teatro da Travessia. Contou também da retomada à rotina, que neste caso, lhe era importante e como voltar a vida e ao trabalho. Terminou nos presenteando com um texto dito em Francês e Português. E a Poesia voltou por um instante. 

Hora da Mônica fechar os olhos e contar sua história incrível. Idas e vindas de casa, lutas e lutas por um fazer artístico. E ela reclamando que não tem faculdade, mas nem sabe que é um doutorado vivo. Acho que isso resume o que sinto sobre a história dela. E basta: um doutorado vivo!

Aula da Tica. Cheguei meio "desafim", mas quando sentei para a aula falei: "Vamos lá!" e fui. Senti que a sala toda estava numa energia cansada, mas eu não estava então, estava atendo, bem diferente do momento que sentei para a aula. Alongamento forte e depois massagem, experimentação e o jogo das entradas e saídas, que achei maravilhoso, conselheiro, deus forte, pai da eternidade e principe da paaaaaazzzz, alelura grória a deus.

É isso aí.

Ufa! Consegui fazer todos os registros atrasados. Nunca mais vou deixar atrasar de novo. Foram três de uma vez só. 

Ecos do CAT (Aula 26)

Leitura sobre "O que gosto em São Paulo". Muita coisa bonita. O pessoal está esquecendo de fazer o diário de bordo. Acho que o Rogério aproveitou a oportunidade para improvisar. hehehe.

Oficina do Alê: Muito bom. Começamos com a coluna, como nas aulas da Tica. Logo depois partimos para um exercício de movimento, imagem e ação, que já tinha feito no Nó e só agora entendi. O exercício nos levou para muitos outros, os quais minha memória não consegue retomar agora, mas tinha muito a ver com imagem.. O que ficou mais forte para mim foram as palavras dele: Dignidade, brilho no olho, nem sempre ganhar é ganhar. E é verdade.

Intervalo e aprendemos dois jogos maravilhosos: O Lenhador e o Potência Potência Potência Potência. hehehehehe. Mais um jogo do Alexandre e pena que não deu tempo de aprofundar, já era o fim da aula. 

DIGNIDADE! BRILHO NO OLHO! POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA POTÊNCIA!

Ecos do CAT (Aula 25)


Segundo dia com o Lincoln. Vim querendo mais jongo, confesso. Mas foi uma onda diferente! Começamos com um pouco de pandeiro e logo depois fomos trabalhar a música do Emerson, Cordélia e Tathi, que é muito linda. “Aqui não existe mundo cão”. Ficamos nela até o intervalo. Depois rolou uma conversa chata falando da falta de foco da turma, que eu concordo, mas a forma talvez não tenha sido a melhor possível, a meu ver.

Fomos apresentados a Stella do Patrocínio, esquizofrênica e indigente de uma colônia psiquiátrica do Rio de Janeiro, com quem alguém resolveu fazer uma série de entrevistas, pois encontrou em seu discurso certo lirismo, muito lirismo, tanto que virou livro. Era incrível ouvir a voz daquela mulher. Logo depois o Lincoln nos mostrou sua experiência mais radical com teatro e música. Meu professor musicou os poemas da mulher e transformou-os em um espetáculo chamado “Entrevista com Stella do Patrocínio”, com Georgette Fadel em cena.

No final, mais uma vez o grupo enveredou por aqueles conversas que não levam a nada de ficar discutindo opinião e juízo de valor. Sorte que depois teve CAT BAR, para o qual fui arrastado.

Segue um trecho do vídeo do Espetáculo “Entrevista com Stella do Patrocínio."

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 24)

Como posso explicar o que sucedeu nesta quinta de CAT? Cheguei atrasado pela primeira vez por causa do meu cartão de banco. Fui preocupado como seria, pois o período todo seria com o Lincoln e tive medo de que a aula ficasse cansativa. Tinha razão. Foi muito cansativa. Sabe aquele tipo de cansaço que a gente sente e fica feliz? Pois é... 

Lincoln nos contou sobre o Jongo e junto com a Jô nos ensinou os passos. Logo depois aprendemos como era o toque básico. E começou a roda. Uma eletricidade percorreu meu corpo, meu sangue negro vibrava nas veias e aos poucos fui me sentindo tão à vontade, tão feliz, tão pleno. Toda vez que entrava na roda era uma alegria tão profunda, tão verdadeira. Eu me transbordava de suor e paixão. Pensava: "Primeiro o pífano, agora o jongo. Para onde eu vou com tanta paixão?"

Sempre tive problemas com dança. Alguma dificuldade técnica se aliou a problemas de ordem pessoal e fez com que minha relação com esta arte fosse sempre paradoxal. Acho lindo e até invejo que a faz com beleza. Mas nunca consegui executar com precisão os mais simples passos, a não ser que fosse por brincadeira. Aí eu faço papel de ridículo e fica engraçado, não bom. 

E esse tal jongo trouxe para mim o que nenhuma outra dança pode trazer. Liberdade, prazer, felicidade, vontade de dançar a noite inteira. Meu Deus, que delícia, que apaixonante... Quero mais, muito mais, quero jongo a vida inteira, em cada momento da minha vida... 

E isso já é o bastante por hoje! 

"Que Deus dê a proteção pra jongueiro novo
pro jongo não se acabar!"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 23)

Fomos cantar e mais uma vez foi lindo. Não me lembro da letra agora, mas era curta e falava de um passarinho, de onde ele morava e de uma flor de jurubeba. Não aguentei e fui pesquisar. Está aqui!

OI MEU PASSARINHO VERDE
ONDE É QUE VOCÊ MORA
EU VOU BEBER
NA FLOR DA JURUBEBA


Em pareias fica mais bonito ainda. Cara, como eu queria saber ouvir o tom e fazer uma terça de cara. É lindo demais! 

Ouvimos outras canções e depois Emerson e Cordélia novamente nos presentearam com seu talento musical, tendo a companhia de Tathi, que também arrebentou. A música era tão legal que todos acabaram pegando para cantar. "Aqui não existe mundo cão"

Aula  da Tica: O quadril. Que viagem! Adorei a experimentação. Entrei num estado maravilhoso, típico daqueles do plano no indizível. E se é indizível, termino aqui. Outra reflexão curta. Não tem problema!

Ecos do CAT (aula 22)

Polêmica! Polêmica!


A 22ª aula do do CAT retomou o momento de crise iniciado na última aula após a instalação da Tathi. 

Well nos apresentou sua instalação, seu olhar performático, assumindo seus riscos. De uma plasticidade surpreendente, a obra suscitou uma discussão acalorada principalmente entre Well e Mônica a partir do momento em que o autor passou a falar. 

O Clima ficou bem tenso e o ar de lirismo dos outros dias, creio que ficou para trás. Durante a conversa no trem, a Pri me falou duas palavras sobre as quais gostaria de refletir brevemente. "Discutir" e "curtir". Embora sejam coisas distintas, é bastante possível unir as duas coisas. Uma discussão pode ser uma curtição e uma curtição pode gerar discussão, vide instalação da Tathi. 

Mas às vezes, quem sabe, discutir o tempo todo não seja o melhor caminho. Há tantas coisas para se fazer e pensar, que o indizível e o silêncio são tão bons, que às vezes as palavras empobrecem a poesia. 

É mais ou menos assim: 

IX
O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa
era a imagem de um vidro mole que fazia uma
volta atrás de casa.
Passou um homem depois e disse: Essa volta
que o rio faz por trás de sua casa se chama
enseada.
Não era mais a imagem de uma cobra de vidro
que fazia uma volta atrás de casa.
Era uma enseada.
Acho que o nome empobreceu a imagem.

  

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Ecos do CAT (aula 21)

Passei por um momento de longas reflexões e belas palavras. Neste momento, o tempo não me permite ficar muito por aqui postando sobre cada aula, espero estar mais livre semana q vem. Então, vai aí uma descrição simples.

Leitura do Diário de Bordo me atravessou. Primeiro porque o Well trouxe um filme que refletia sobre toda a minha dúvida no dia anterior e segundo pela emoção dele ao ler o texto que trouxe. Foi comovente!

Aula do Lincoln: evoluí no pandeiro. Na próxima quinta ele pediu para chegar cedo quem quer estudar pífano. Maravilhoso!

Intervalo: O mais divertido dos últimos tempos.

Instalação da Tathi: O palco vazio. O silêncio, que leva à poesia, que leva a proposta, que leva à bagunça, que leva ao escuro, que leva ao caos e os conflitos. Resultado: gente! O grupo estava precisando de um pouco de polêmica.

É isso. Embora curta, mantive a disciplina de fazer religiosamente toda noite após a aula. Vinte e uma reflexões sem pular nenhum dia. Parabéns para mim!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 20) e minha volta à sala de aula

Antes de ecoar o CAT de hoje, abro este espaço ecoando o que aconteceu durante a manhã, que acabou tendo consequências no meu dia e minha estadia entre os CATDráticos. 

Recebi um convite para substituir e professora Michele, minha amiga, que teve um problema no pé e ficará afastada até o fim da semana. Aceitei de pronto principalmente porque ela dá aula para o Ensino Fundamental,  fase que eu adoro, e principalmente porque sabia que encontraria lá figuras queridíssimas, meus cavalinhos do Núcleo 3 do Brinquedo Torto. 

O grande problema é que fiquei até tarde fechando a programação do Mostra a Cara e fui dormir mais de 3 da manhã, para acordar às 6:00. Acordei de solavanco, nada que um bom banho não resolvesse. E lá fui eu. De cara entrei no 8º ano, maior concentração de cavalinhos por metro quadrado. Dei uma revisão de Período Composto por subordinação e gostei de mim. Estava divertido. Acho que coloquei um pouco de fogo na galera. Eles não paravam de falar, graças a Deus, por empolgação, "todo comportamento tem uma intenção positiva". Foi muito legal. Terminei com a clássica estória do machado e com a piada do mendigo sonhador, cujo sonho era ter um avião teco-teco. 

9º Ano: rolou uma química daquelas que eu gosto e que me lembrou a 5ª B, 6ªA e B e minhas 7ªs do Collaço, a maioria das 7ªs, 6ªB, D, E do Irajá, 7º ano Carrossel, 8ºAno Hermes e Renato e 1º Sociedade dos Poetas Mortos do próprio Central Casa Branca. Lemos um texto lindo que falava sobre utopia e sinto que meu discurso inspirou a turma. No final, vieram me abraçar e dizer que a sala tinha o estigma de pior da escola. E eles comigo foram fantásticos. 

Intervalinho e 6º ano. Bem novinhos, com minhas queridas Judite (Izabela) e Júlia (Jéssica). Apliquei prova. Eles são simpáticos, mas faltava-lhes foco, coisa da idade. Terminei a aula com jogos de concentração e um relaxamento a la Milton Erickson. 

Adorei a manhã. Fui almoçar e comi muito. Não sei se por isso, fui me arrastando até o trem e da Brigadeiro Luis Antônio até o CAT fui pior ainda. Cheguei lá e fiquei sabendo que o Lincoln não viria. Iríamos fazer uma leitura de Artaud: "O teatro e a peste". Texto maravilhoso, que já li ou debati com a professora de Estética Teatral da Funda. Mas estava cansado demais e o resultado. 

ZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzZZZ

Lia o meu parágrafo e não conseguia ficar de olhos abertos. Foi muito punk, aquele sono de passar mal que há tempos não tinha. A cabeça tombava e me assustava. Foi duro. Entendi o que o texto quer dizer, mas percebi que estou na superfície e o significado real do texto está abaixo do pré-sal. 

Nem quis ir para o lanche, deitei e tentei cochilar. Quem disse que conseguia? Ainda assim ajudou. Minha colega Roberta trouxe-me um energético, que felizmente deixou-me acordado para a aula da Tica. Ela nos perguntou sobre o impacto de sua aula em nossas vidas e depois nos apresentou a bacia. E fomos à massagem. Um tanto difícil de reconhecer no outro e encontrar os ossos, principalmente o púbis. Mas sem grandes crises, meu mal era sono mesmo e pude relaxar um pouco durante a massagem. 

Escrevi pouco sobre o CAT não porque tenha sido ruim, o contato é sempre ótimo. É que pelo meu estado, creio que não pude absorver bem a aula. De quarta para quinta, dormirei bem cedo. Ainda assim, foi ótima a experiência. Despeço-me aqui e vou ao encontro de minha cama. 

Boa noite!