quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ecos do CAT (Aula 24)

Como posso explicar o que sucedeu nesta quinta de CAT? Cheguei atrasado pela primeira vez por causa do meu cartão de banco. Fui preocupado como seria, pois o período todo seria com o Lincoln e tive medo de que a aula ficasse cansativa. Tinha razão. Foi muito cansativa. Sabe aquele tipo de cansaço que a gente sente e fica feliz? Pois é... 

Lincoln nos contou sobre o Jongo e junto com a Jô nos ensinou os passos. Logo depois aprendemos como era o toque básico. E começou a roda. Uma eletricidade percorreu meu corpo, meu sangue negro vibrava nas veias e aos poucos fui me sentindo tão à vontade, tão feliz, tão pleno. Toda vez que entrava na roda era uma alegria tão profunda, tão verdadeira. Eu me transbordava de suor e paixão. Pensava: "Primeiro o pífano, agora o jongo. Para onde eu vou com tanta paixão?"

Sempre tive problemas com dança. Alguma dificuldade técnica se aliou a problemas de ordem pessoal e fez com que minha relação com esta arte fosse sempre paradoxal. Acho lindo e até invejo que a faz com beleza. Mas nunca consegui executar com precisão os mais simples passos, a não ser que fosse por brincadeira. Aí eu faço papel de ridículo e fica engraçado, não bom. 

E esse tal jongo trouxe para mim o que nenhuma outra dança pode trazer. Liberdade, prazer, felicidade, vontade de dançar a noite inteira. Meu Deus, que delícia, que apaixonante... Quero mais, muito mais, quero jongo a vida inteira, em cada momento da minha vida... 

E isso já é o bastante por hoje! 

"Que Deus dê a proteção pra jongueiro novo
pro jongo não se acabar!"

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