segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Conto (Curso de Dramaturgia)
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Mapa Numerológico da Cia Lírica de Teatro
LIÇÃO DE VIDA 11 | O numero de sua data de nascimento. O que viemos aprender nesta jornada, assim como dificuldades a serem superadas. --> 11. Muito é esperado de você, o palco é seu lugar. Aprenda a tomar consciência dos seus deveres com a humanidade, sendo idealista e inspirador. Se viver positivamente será marcado pelo sucesso, fortuna e glória. Mas, se recusar a alta responsabilidade que esta vibração exige, perdas irreparáveis acontecerão. Deve aprender a viver com humildade sob a luz dos refletores. Deve ficar atento para características negativas como a superioridade, mau uso das habilidades psíquicas, vontade de se impor e falta de honestidade (usando a capacidade para fins materiais e pessoais). |
SUA ALMA 1 | Sentimentos mais profundos, o que nos motiva, experiências e informações acumuladas para lidarmos nesta encarnação. O numero referente às vogais de seu nome. --> 1. Sujeito inovador, pioneiro, criativo, original, auto-suficiente, qualidades de liderança, quer dirigir grandes negócios, gosta de ser o melhor entre os melhores. Honesto, leal, forte desejo de independência em suas escolhas e ações. Falta-lhe às vezes diplomacia tornando-o refratário ao ouvir as opiniões de outros. |
SUA APARÊNCIA 8 | Nosso eu exterior ou impressão que causamos aos outros. Como somos julgados à primeira vista. Ex: como estamos vestidos, nosso tipo físico, atitudes, etc... Mas só aqueles que nos conhecem na intimidade nos conhecem verdadeiramente. O numero referente às consoantes de seu nome. --> 8. Influente, aparenta sucesso mesmo que isso não esteja acontecendo. Gosta de estar sempre bem arrumado, é muito cuidadoso nos detalhes ao se vestir. Possui jeito refinado, do tipo intelectual bem equilibrado. É bastante perfeccionista e dominador. Possui grande vitalidade e disposição tanto profissional como assistêncial. Preocupa-se demasiadamente em demonstrar eficiência e capacidade em tudo que faz. Dica: Usar sempre equilibrio e bom senso. |
O QUE VOCÊ É 9 | Todas as letras que compõem seu nome. --> 9. Nasceu para inspirar e viver uma vida de serviço para a humanidade, se destacar em pensamentos e ideais, fazendo de cada idealização uma realização. Grande capacidade de raciocínio, espírito observador em perceber, compreender, aconselhar e ajudar. É universalista nos sentimentos, protegendo e defendendo o próximo. Ser impessoal é sua missão. Está aqui livre, não se apegando a nada e nem a ninguém. É dono de atitudes abnegadas e tolerantes, demonstrando muita fé nas pessoas. Não espere reconhecimento, não confunda amor e ódio, não resista ao desapego, não fuja da realidade. |
DESEJO INSTINTIVO i | A primeira vogal do nome, mostra nossos impulsos emocionais e como reagimos diante de estímulos externos. Descubra como reage aquele (a) que você ama. --> I Tem capacidade de saber o que os outros precisam. São zelosos, gentis e compreensivos. Possuem talentos criativos e compartilham com os demais. São sensíveis e temperamentais preferem aperfeiçoar o que conhece a testar algo novo. Oscilam de humor. Conselho: Cultive o bom humor e demonstre fragilidade. |
SEU NÚMERO DE PODER 2 | Todas as letras que compõem seu nome, mais a sua Data de Nascimento. Essa vibração ajuda no aprendizado de nossa missão ou lição de vida. Aquilo que você acertou com a Divindade antes de nascer. Funciona como um farol dirigindo nossa vida. --> 2. Sua qualidade de diplomata facilitará o entendimento com os outros os levando a cooperar, o trabalho de assessoria ou aconselhamento será agradável e pode trazer sucesso. Sendo espiritualmente inclinada talvez se volte para a religião ou misticismo. Deve evitar ser dependente. |
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Imagens quentes
Suspira finalmente após lavar a pilha de louça que ficou do almoço. O pano de prato descansa sobre os ombros da senhora que decide ir sentar-se diante da tevê. Os pratos escorrem sobre a pia aguardando o jantar, a panela de pressão já faz barulho e o forno denuncia pelo aroma o crescer de um bolo de fubá. Um passo dado em direção à sala e o grito desesperado da filha-neta cala os sapos que moram perto. Mal se vira em direção à porta e a imagem da jovem se posta diante do sol que vem se pondo. As rugas na face se acentuam ao vê-la horrenda e desgrenhada, feita mulher nas mãos de conhecido monstro. Terra no corpo, coração no chão e honra na lama. Agonia adentra os ossos finos e já cansados da mulher no anoitecer cáustico que invade os tijolos da casa sem reboque.
Imagens quentes
A catedral dialoga com a mulher humilde e devota alheia à inquietude da cidade. Pensamento suburbano em meio à correria diária. Joelhos cansados no solo, braços abertos e mãos calejadas espalmadas em prece de mãe-avó. Sulcos na pele queimada pelo sol dos anos remontam os caminhos percorridos na dura vida. Cabelo branco que há tempos venceu a tentativa frustrada de tintura. Vestido de flor de estampas num desbotado rosa toca o mesmo chão por onde passam pés apressados, que ao meio dia, convulsivamente caminham de lá para cá com objetivos distintos. Gente sem fé que trabalha dia e noite. Som de britadeiras, trânsito infernal, igual calor. Ela: único sinal de pausa entre os passos. Respiração profunda, pensamento elevado, desejo de auxílio, conselho, livramento. O pedido se acentua em meio a lágrimas. O sino badala em resposta. O diálogo persiste indiferente à adjacência impessoal da metrópole que mastiga povo enquanto o joelho urra na pedra ardente
Imagens quentes
O mestre se prostra em frente à sala de aula. Olhar nervoso. O globo ocular marcado por pontos vermelhos de visível opressão. Assustada em meio a grades e gritos, suas mãos trêmulas seguram a pistola cromada que emudece a sala. Cabelos brancos como o avental antigo nunca imaginaram participar de tal figura. No quadro negro, o poema de Drummond emoldura a imagem. Dedos no gatilho de inconseqüente ameaça calam quem há pouco urrava e intimidava.
IMAGENS QUENTES
QUAL DAS DUAS FICOU MELHOR?
Um atleta caído no chão. Mal estar aparente. Largam os milhares de homens em busca de todos os passos presentes nos quarenta e dois quilômetros da maratona. O atleta segue no chão, o ouvido zumbe, a terra parece rodar e roda. Não há meio de parar para ajudá-lo sem abrir mão de seu tempo na corrida. Todos olham estupefatos o campeão que enverga na tarde do último dia do ano, na última corrida da vida. O vômito escorre no asfalto paulistano, a lágrima escorre o rosto do herói nacional, cujos braços e pernas trabalham em busca do erguer-se. Não há quem queira assim encerrar sua carreira. A força que o motiva é o anseio de ser digno como sempre fora. Não se permite a derrota não brigada. Não se aceita essa vergonha. A câmera da tevê se aproxima e enquanto luta imagina a voz do narrador.
Um atleta caído no chão. Mal estar aparente. Largam os milhares de homens em busca de todos os passos presentes nos quarenta e dois quilômetros da maratona. Apenas ele no chão enquanto o ouvido zumbe e a terra roda sob seus pés. Outrora campeão e herói, hoje guerreiro que luta apenas pela dignidade de encerrar dignamente sua trajetória. O corpo expulsa agressivo os líquidos ingeridos que molham o asfalto paulistano, a lágrima corre dos olhos do homem, antiga lenda. Seus olhos percebem a câmera de tevê que se aproxima. A vergonha o domina e antes que possa desmaiar, rejeita a vergonha de perder sem luta forçando os braços e as pernas tremitantes a um passo desajeitado.
De volta (IMAGENS QUENTES)
Na beira do riacho que leva à praia, há um homem que colhe pedras. Meia idade pouco aparente. Um pouco mais alto que o comum, observa o mundo de um ponto de vista privilegiado. Negros os lisos cabelos e grandes olhos, ambos contrastam com a fria luz da lua cheia. Tudo olha para ele. Roupas de forasteiro: bata de manga comprida azul-marinho, calça bege nada suja; pés descalços estranhamente limpos e unhas muitíssimo bem feitas. Um semblante que carrega ao mesmo tempo a tristeza em realizar uma tarefa desagradável e a honradez de quem cumpre uma missão importante. Preenche a bata azul-marinho, que se faz de cesta. Não há sinais de água na bata. O olhar, o pensamento, a consciência, os pés, a roupa sem qualquer vestígio de mancha. Estranho asseio. Seu olhar se dirige á praia.