Droga! Já tinha escrito uma parte da retrospectiva, mas houve uma queda de energia aqui em casa e perdi tudo. Bom, vamos lá do início.
Comecei o ano com uma agradabilíssima viagem a Peruíbe com a Robi. Passei momentos muito agrtadáveis lá. Fomos buscar a Rô para passar dois dias com a gente lá e foi muito legal. Pudemos, durante uma noite, acompanhar uma chuva de estrelas cadentes. Nunca tinha visto uma estrela cadente ao vivo em minha vida e, quando vi, foi direto uma chuva.
Quando voltei, iniciei minha peregrinação em busca de um novo rumo na minha vida profissional. Mas antes disso, passei por uma das mais engraçadas situações da minha vida. Eu, o Diego, a Bianca o o Nailson realizamos uma operação bate-volta para visitar a Rô na Praia Grande. A viagem quase deu errado por conta de uma frentista burra que não sabe colocar água num carro. O carro ferveu na Anchieta e tivemos que esperar o guincho para que ele avaliasse a situação, felizmente a burrice da frentista não destruiu o carro e seguimos viagem numa boa.
Na volta, continuei minha busca a uma nova perspectiva profissional. Saí por aí a entregar projetos de aulas de teatro em escolas particulares. Tive o retorno de algumas escolas, mas dois fatos vale a pena contar por aqui:
Fui ao Colégio Gradual entregar meu projeto, mas por uma ironia do destino, errei o caminho. Parei diante de um prédio que conhecia, mas que tinha se transformado numa escola. Entrei e, sem querer, apresentei minha proposta para um dos donos, que rapidamente se interessou por ela e me conduziu à diretora. Ela, vendo meu currículo, perguntou-me se eu não gostaria de ser professor de português, além de dar aulas de teatro. Relutei, mas aceitei a proposta e saí de lá praticamente empregado. O único problema era que o Colégio era pequeno e assumir o emprego nas condições propostas em relação à minha condição no Estado era praticamente uma loucura. Muitos diziam para que eu não aceitasse, mas assumi o risco da loucura e não me arrependo do que fiz.
Outra proposta de emprego veio do Colégio Artur de Queirós. A escola parecia mais rígida e lá eu me sentia como que pisando em ovos, mas resolvi aceitar a proposta, embora sentia que não era exatamente o que eu queria. Lá no fundo eu já sentia alguma coisa estranha. Mas com a proposta aceita e meu trabalho apresentado aos pais, senti interesse deles no trabalho e as coisas pareciam que iriam deslanchar. Senti-me muito bem, pela primeira vez a presentando o meu trabalho como exclusivamente meu.
Iniciado o ano, apaixonei-me rapidamente tanto pelos alunos do Casa Branca e do Artur. Há tempos não me sentia tão apaixonado e disposto a realizar um trabalho de qualidade. Isto realmente chamou a atenção de todos. Pais, direção, colegas e alunos, principalmente deles. Mais uma vez eu me senti completamente amado e respeitado por aquilo que fazia. Abraços, carinho, palavras de afeto e surpresas faziam dos meus dias uma sucessão de alegrias. Estava tão feliz e disposto que fui trabalhar no Estado apenas dois dias e assinei minha exoneração. A despedida na 7ª série E (antiga 6ª E, sala cujo carinho por mim era imenso) foi dolorosa e todos choramos muito. Foi um momento muito bonito. Assim que me exonerei, iniciei o trabalho com o que viria a ser o Grupo Brinquedo Torto, o grupo de teatro do Casa Branca. Ali, muitas vezes, encontrei refúgio para os meus problemas.
A vida estava uma beleza, mas como sempre, os problemas começaram a acontecer. Problemas de ordem financeira, falta de empenho dos alunos do Artur de Queiros e alguns problemas com o Grupo Peixe Vivo na temporada do Vermelho Esperança, começaram a abalar minhas sólidas estruturas. Percebi que estava mais abatido e as coisas começaram a se tornar um pouco mais difíceis. Meu namoro terminou, a turma da ENT, para quem eu estava escrevendo uma peça, não dava retorno e não me trazia material para que eu escrevesse, mais problemas financeiros, estruturas abaladas, brigas com a Rô, com a Róbi... o mundo virou de cabeça para baixo. Até problema com um pai de um aluno que achou que eu estava dando aula de religião (ninguém merece). Tudo estremeceu à minha volta.
Vieram as férias em boa hora. Momento de terminar de escrever O Companheiro, peça do grupo da ENT, pegar forte nos ensaios, pois a estreia estava próxima e escrever GRAN CIRCO PIMIENTA, espetáculo do grupo do Artur de Querós. Intensifiquei os ensaios à tarde e escrevia muito durante a madrugada. As pessoas que liam, se apaixonavam pelo texto. Nos ensaios da ENT tive que pegar muito pesado com uma das atrizes do grupo. O grupo todo merecia broncas, mas ela merecia mais, Ana Clara, menina de 15 anos e com grande problema da auto-estima. Quem quiser saber mais sobre este grupo leia alguns posts abaixo porque esta retrospectiva está grande e acabei de passar da metade.
Pela primeira vez, tirei férias do Peixe Vivo. Queria que todos tivessem tido férias, mas muitos deles me disseram que era melhor que todos eles continuassem trabalhando. Foi uma besteira que cometi neste ano. Não devia ter aceitado a sugestão deles. Tudo isso me trouxe uma série de problemas, os quais tive que tentar resolver num sábado, mas que se estenderam para o resto do ano.
O Companheiro estreou depois de muito ensaio e muita pegação de pé minha e o resultado foi ótimo. Fiquei muito feliz. No Artur de Queirós, porém as coisas não andavam nada bem. Irresponsabildade por parte dos alunos, falta de interesse e displicência com a arte. Isto eu não admito. Depois da estréia de um exercício para arrecadar fundos para a montagem que tinha quatro pessoas na platéia eu decidi que não poderia levar aquilo adiante. No dia seguinte, após outro fiasco de público e a falta de duas atrizes, resolvi abrir o jogo e me desligar do grupo.
Na segunda-feira, ao ir à escola conversar com a diretora, houve uma tentativa por parte deles de me fazer voltar atrás, mas eu sabia que não adiantaria. As coisas seriam sempre daquela forma. E a diretora, que inicialmente me apoiou em uma série de coisas, inclusive na inscrição para o Festival, começou a mudar seu discurso. Falou que queria apenas aulas de teatro e não um grupo de teatro dentro da escola. Não foi isso que ela havia me dito no início do ano. Pior ainda do que isso foi me colocar contra os alunos colocando diante deles minha honestidade como homem e minha capacidade como educador. Saí de lá convicto da minha decisão, mas abalado pelas palavras daquela bruxa.
No mesmo dia, fui acolhido pela Bernadette, que me disse que eu poderia montar um grupo lá dentro da escola para a montagem do Pimienta, que já estava escrito. E foi aí que recrutei os meus heróis. Todos eles deram o sangue e fizeram daquele trabalho em desafio. Tudo estava praticamente pronto, quando três dias antes da filmagem para enviar para o Festival, uma das atrizes sofre um acidente. Cheio de tristeza pelo ocorrido mas com a consciência de que eu tinha que resolver a situação, convidei a Rô, que aceitou o desafio e participou do ensaio na segunda e já fez a gravação na quarta. Durante este tempo, ou um pouco antes, não me lembro, conheci a doutora Sônia, que me cedeu o espaço do Instituto Viver para os ensaios do peixe vivo e para a temporada e me convidou para ser o diretor cultural do instituto. Mas estávamos correndo contra o tempo para deixar as coisas prontas com o Gran Circo Pimienta.
Mais ou menos neste momento, fui assistir à peça da Robi, Fora do ar. Lá ela cantava muito em cena e percebi que ela estava cantando para mim. Já andávamos ensaiando uma volta, mas naquele momento, fiquei muito emocionado e, após sairmos e eu chorar nos braços dela, reatamos nosso namoro da forma mais linda possível.
A partir da inscrição no festival foram dias de angústia até o telefonema que sondava nossas possibilidades de participação. Mas ainda assim, o resultado só saía na quarta, e mesmo assim demorou a sair. Quando abri o site, e vi o nome do grupo, soltei um grito de alegria e de raiva ao mesmo tempo. Estávamos selecionados. Agora eles, da outra escola, que se mordessem. A partir daí o ritmo de ensaio se intensificou e se tornou bastante cansativo. Grande Parte do elenco era também do grupo de terça e quinta, o que os fazia ensaiar e estudar texto, personagem e escrever para o outro grupo durante cinco dias por semana.
Mas valeu a pena. A peça estreiou no dia 25/10, dia da Feira Cultural da Escola. Naquele dia, senti que a peça estava abençoada. Na semana seguinte era a viagem para Belo Horizonte. Ainda não tínhamos conseguido o ônibus e conseguimos as 45 minutos do segundo tempo. O cara que nos cedeu o dinheiro para o transporte era muito poderoso e deu a quantia como se estivesse dando um caixo de bananas.
Enfim havia chegado a hora de ir para Bh. A viagem foi uma delícia, tanto o percurso, quanto a estadia. A apresentação poderia ter sido um pouco melhor, mas ainda assim fiquei muito contente. Tomei mate-couro à vontade, apresentei no Galpão Cine Horto, espaço do maior grupo de teatro do Brasil, todos eles se comportaram muito bem. Todos os mineiros elogiaram muito o espetáculo. Enfim, foi uma maravilha.
Voltando para cá, realizamos a temporada, que foi um sucesso. O núcleo 1 (terça e quinta) demosntrava sinais de desgaste bem como o Peixe Vivo. Alguns assuntos no Peixe Vivo me magoaram e em preocuparam, o que me fez antecipar as férias do grupo para que pensassem "na vida". O pessoal do núcleo um demonstrava certa falta de interesse e alguns alunos prejudicavam o andamento dos ensaios. Estava difícil trabalhar.
Fomos para a cerimônia de premiação e o resultado foi maravilhoso. Seis prêmios e onze indicações. O melhor: ganhamos melhor espetáculo e iríamos para Minas novamente para uma temporada num teatro de BH. Melhor impossível. Ao retornar para cá, fiz uma surpresa para os integrantes do grupo, que não sabiam qual tinha sido o resultado. Foi também um momento muito especial.
O ano estava acabando. Só faltava fechar as notas e estreiar o desktop, que estava muito atrasado. Trabalhamos muito e fizemos duas apresentações. Para mim, foi algo histórico. Pela primeira vez, integrantes do grupo assumiram a missão de escrever a peça, e o fizeram muito bem. A estética também está ótima. Aliás, acho que foi a encenação mais criativa dentra as poucas que já criei. O final de ano ainda me reservou uma nova possibilidade de trabalho e a apresentação dos alunos do Luiz Blanco, que embora simples, agradou muito a comunidades escolar.
Agora estou eu aqui, descansando e cuidando do Duque, cachorro da Robi. Estou também fazendo muitos planos. Mas isso é assunto para o post de amanhã chamado PERSPECTIVA 2009.
Duvido que você, que começou a ler tenha lido tudo, mas se leu, parabéns. Eu mesmo, confesso, chegou uma hora, não aguentava mais escrever. Para ver como eu tive um ano movimentado e muito melhor do que o anterior.
É isso aí. Faltam poucos minutos para a virada e minha ceia já está na mesa. FELIZ 2009!
Quando voltei, iniciei minha peregrinação em busca de um novo rumo na minha vida profissional. Mas antes disso, passei por uma das mais engraçadas situações da minha vida. Eu, o Diego, a Bianca o o Nailson realizamos uma operação bate-volta para visitar a Rô na Praia Grande. A viagem quase deu errado por conta de uma frentista burra que não sabe colocar água num carro. O carro ferveu na Anchieta e tivemos que esperar o guincho para que ele avaliasse a situação, felizmente a burrice da frentista não destruiu o carro e seguimos viagem numa boa.
Na volta, continuei minha busca a uma nova perspectiva profissional. Saí por aí a entregar projetos de aulas de teatro em escolas particulares. Tive o retorno de algumas escolas, mas dois fatos vale a pena contar por aqui:
Fui ao Colégio Gradual entregar meu projeto, mas por uma ironia do destino, errei o caminho. Parei diante de um prédio que conhecia, mas que tinha se transformado numa escola. Entrei e, sem querer, apresentei minha proposta para um dos donos, que rapidamente se interessou por ela e me conduziu à diretora. Ela, vendo meu currículo, perguntou-me se eu não gostaria de ser professor de português, além de dar aulas de teatro. Relutei, mas aceitei a proposta e saí de lá praticamente empregado. O único problema era que o Colégio era pequeno e assumir o emprego nas condições propostas em relação à minha condição no Estado era praticamente uma loucura. Muitos diziam para que eu não aceitasse, mas assumi o risco da loucura e não me arrependo do que fiz.
Outra proposta de emprego veio do Colégio Artur de Queirós. A escola parecia mais rígida e lá eu me sentia como que pisando em ovos, mas resolvi aceitar a proposta, embora sentia que não era exatamente o que eu queria. Lá no fundo eu já sentia alguma coisa estranha. Mas com a proposta aceita e meu trabalho apresentado aos pais, senti interesse deles no trabalho e as coisas pareciam que iriam deslanchar. Senti-me muito bem, pela primeira vez a presentando o meu trabalho como exclusivamente meu.
Iniciado o ano, apaixonei-me rapidamente tanto pelos alunos do Casa Branca e do Artur. Há tempos não me sentia tão apaixonado e disposto a realizar um trabalho de qualidade. Isto realmente chamou a atenção de todos. Pais, direção, colegas e alunos, principalmente deles. Mais uma vez eu me senti completamente amado e respeitado por aquilo que fazia. Abraços, carinho, palavras de afeto e surpresas faziam dos meus dias uma sucessão de alegrias. Estava tão feliz e disposto que fui trabalhar no Estado apenas dois dias e assinei minha exoneração. A despedida na 7ª série E (antiga 6ª E, sala cujo carinho por mim era imenso) foi dolorosa e todos choramos muito. Foi um momento muito bonito. Assim que me exonerei, iniciei o trabalho com o que viria a ser o Grupo Brinquedo Torto, o grupo de teatro do Casa Branca. Ali, muitas vezes, encontrei refúgio para os meus problemas.
A vida estava uma beleza, mas como sempre, os problemas começaram a acontecer. Problemas de ordem financeira, falta de empenho dos alunos do Artur de Queiros e alguns problemas com o Grupo Peixe Vivo na temporada do Vermelho Esperança, começaram a abalar minhas sólidas estruturas. Percebi que estava mais abatido e as coisas começaram a se tornar um pouco mais difíceis. Meu namoro terminou, a turma da ENT, para quem eu estava escrevendo uma peça, não dava retorno e não me trazia material para que eu escrevesse, mais problemas financeiros, estruturas abaladas, brigas com a Rô, com a Róbi... o mundo virou de cabeça para baixo. Até problema com um pai de um aluno que achou que eu estava dando aula de religião (ninguém merece). Tudo estremeceu à minha volta.
Vieram as férias em boa hora. Momento de terminar de escrever O Companheiro, peça do grupo da ENT, pegar forte nos ensaios, pois a estreia estava próxima e escrever GRAN CIRCO PIMIENTA, espetáculo do grupo do Artur de Querós. Intensifiquei os ensaios à tarde e escrevia muito durante a madrugada. As pessoas que liam, se apaixonavam pelo texto. Nos ensaios da ENT tive que pegar muito pesado com uma das atrizes do grupo. O grupo todo merecia broncas, mas ela merecia mais, Ana Clara, menina de 15 anos e com grande problema da auto-estima. Quem quiser saber mais sobre este grupo leia alguns posts abaixo porque esta retrospectiva está grande e acabei de passar da metade.
Pela primeira vez, tirei férias do Peixe Vivo. Queria que todos tivessem tido férias, mas muitos deles me disseram que era melhor que todos eles continuassem trabalhando. Foi uma besteira que cometi neste ano. Não devia ter aceitado a sugestão deles. Tudo isso me trouxe uma série de problemas, os quais tive que tentar resolver num sábado, mas que se estenderam para o resto do ano.
O Companheiro estreou depois de muito ensaio e muita pegação de pé minha e o resultado foi ótimo. Fiquei muito feliz. No Artur de Queirós, porém as coisas não andavam nada bem. Irresponsabildade por parte dos alunos, falta de interesse e displicência com a arte. Isto eu não admito. Depois da estréia de um exercício para arrecadar fundos para a montagem que tinha quatro pessoas na platéia eu decidi que não poderia levar aquilo adiante. No dia seguinte, após outro fiasco de público e a falta de duas atrizes, resolvi abrir o jogo e me desligar do grupo.
Na segunda-feira, ao ir à escola conversar com a diretora, houve uma tentativa por parte deles de me fazer voltar atrás, mas eu sabia que não adiantaria. As coisas seriam sempre daquela forma. E a diretora, que inicialmente me apoiou em uma série de coisas, inclusive na inscrição para o Festival, começou a mudar seu discurso. Falou que queria apenas aulas de teatro e não um grupo de teatro dentro da escola. Não foi isso que ela havia me dito no início do ano. Pior ainda do que isso foi me colocar contra os alunos colocando diante deles minha honestidade como homem e minha capacidade como educador. Saí de lá convicto da minha decisão, mas abalado pelas palavras daquela bruxa.
No mesmo dia, fui acolhido pela Bernadette, que me disse que eu poderia montar um grupo lá dentro da escola para a montagem do Pimienta, que já estava escrito. E foi aí que recrutei os meus heróis. Todos eles deram o sangue e fizeram daquele trabalho em desafio. Tudo estava praticamente pronto, quando três dias antes da filmagem para enviar para o Festival, uma das atrizes sofre um acidente. Cheio de tristeza pelo ocorrido mas com a consciência de que eu tinha que resolver a situação, convidei a Rô, que aceitou o desafio e participou do ensaio na segunda e já fez a gravação na quarta. Durante este tempo, ou um pouco antes, não me lembro, conheci a doutora Sônia, que me cedeu o espaço do Instituto Viver para os ensaios do peixe vivo e para a temporada e me convidou para ser o diretor cultural do instituto. Mas estávamos correndo contra o tempo para deixar as coisas prontas com o Gran Circo Pimienta.
Mais ou menos neste momento, fui assistir à peça da Robi, Fora do ar. Lá ela cantava muito em cena e percebi que ela estava cantando para mim. Já andávamos ensaiando uma volta, mas naquele momento, fiquei muito emocionado e, após sairmos e eu chorar nos braços dela, reatamos nosso namoro da forma mais linda possível.
A partir da inscrição no festival foram dias de angústia até o telefonema que sondava nossas possibilidades de participação. Mas ainda assim, o resultado só saía na quarta, e mesmo assim demorou a sair. Quando abri o site, e vi o nome do grupo, soltei um grito de alegria e de raiva ao mesmo tempo. Estávamos selecionados. Agora eles, da outra escola, que se mordessem. A partir daí o ritmo de ensaio se intensificou e se tornou bastante cansativo. Grande Parte do elenco era também do grupo de terça e quinta, o que os fazia ensaiar e estudar texto, personagem e escrever para o outro grupo durante cinco dias por semana.
Mas valeu a pena. A peça estreiou no dia 25/10, dia da Feira Cultural da Escola. Naquele dia, senti que a peça estava abençoada. Na semana seguinte era a viagem para Belo Horizonte. Ainda não tínhamos conseguido o ônibus e conseguimos as 45 minutos do segundo tempo. O cara que nos cedeu o dinheiro para o transporte era muito poderoso e deu a quantia como se estivesse dando um caixo de bananas.
Enfim havia chegado a hora de ir para Bh. A viagem foi uma delícia, tanto o percurso, quanto a estadia. A apresentação poderia ter sido um pouco melhor, mas ainda assim fiquei muito contente. Tomei mate-couro à vontade, apresentei no Galpão Cine Horto, espaço do maior grupo de teatro do Brasil, todos eles se comportaram muito bem. Todos os mineiros elogiaram muito o espetáculo. Enfim, foi uma maravilha.
Voltando para cá, realizamos a temporada, que foi um sucesso. O núcleo 1 (terça e quinta) demosntrava sinais de desgaste bem como o Peixe Vivo. Alguns assuntos no Peixe Vivo me magoaram e em preocuparam, o que me fez antecipar as férias do grupo para que pensassem "na vida". O pessoal do núcleo um demonstrava certa falta de interesse e alguns alunos prejudicavam o andamento dos ensaios. Estava difícil trabalhar.
Fomos para a cerimônia de premiação e o resultado foi maravilhoso. Seis prêmios e onze indicações. O melhor: ganhamos melhor espetáculo e iríamos para Minas novamente para uma temporada num teatro de BH. Melhor impossível. Ao retornar para cá, fiz uma surpresa para os integrantes do grupo, que não sabiam qual tinha sido o resultado. Foi também um momento muito especial.
O ano estava acabando. Só faltava fechar as notas e estreiar o desktop, que estava muito atrasado. Trabalhamos muito e fizemos duas apresentações. Para mim, foi algo histórico. Pela primeira vez, integrantes do grupo assumiram a missão de escrever a peça, e o fizeram muito bem. A estética também está ótima. Aliás, acho que foi a encenação mais criativa dentra as poucas que já criei. O final de ano ainda me reservou uma nova possibilidade de trabalho e a apresentação dos alunos do Luiz Blanco, que embora simples, agradou muito a comunidades escolar.
Agora estou eu aqui, descansando e cuidando do Duque, cachorro da Robi. Estou também fazendo muitos planos. Mas isso é assunto para o post de amanhã chamado PERSPECTIVA 2009.
Duvido que você, que começou a ler tenha lido tudo, mas se leu, parabéns. Eu mesmo, confesso, chegou uma hora, não aguentava mais escrever. Para ver como eu tive um ano movimentado e muito melhor do que o anterior.
É isso aí. Faltam poucos minutos para a virada e minha ceia já está na mesa. FELIZ 2009!