Desperta o relógio às 6:10 da manhã. "Só mais 10, 15, não mais que 20 ou 30 minutos... Pera aí: hoje é quarta-feira, dia de transbordar o coração, dia de sorrisos abertos e abraços apertados; dia de brilho nos olhos, de se sentir amado, de aproveitar cada minuto e ter a sensação de que você é útil e faz alguma coisa por esse mundo." Pega então seu carro, enfrenta um trânsito danado, vem cantando, ouvindo notícias e relembrando o que planejou que o tempo passa voando. E começa, logo termina, almoça, começa de novo e logo termina outra vez. Tudo passa tão rápido quando estou com vocês. O tempo voa, não vejo e não faço metade do que queria, porque tudo rende muito. E numa roda despretensiosa na penumbra de uma pequena sala é que a magia acontece. Alguém propõe um carinho, um afago em forma de canção, que vira coro. Um coro de vozes cheias de pureza e doçura cantando "Se todos fossem iguais a você...". Silêncio, mão na cabeça, "Sério que é pra mim isso? Obrigado, Você Aí de Cima, obrigado por me colocar diante de gente tão linda, tão especial, que transborda amor e faz da minha quarta um dia muito feliz. Que eu possa retribuir metade do que recebo... Obrigado, muito obrigado e só." E mesmo eu, que faço os outros chorarem, rendo-me ao amor que bate à porta dos meus olhos e desce em forma de pingos salgados, reação química resultante da rigidez de um bastão, o lirismo de um tecido colorido, vozes dissonantes e o olhar de um menino grande que outrora visto como chato pelos colegas é hoje exemplo, referência e encontrou enfim razão de ser e lugar no mundo. No caminho de volta, só posso ouvir mil vezes a mesma canção, agradecer outras mil e chorar mais um pouco. E para deixar eterno esse momento, este dia mágico, resolvi deixar aqui escrito esse aglomerado de palavras sem parágrafo, transbordando da caixa de texto, como de amor transborda meu peito.
Amo vocês, pequenos...
Obrigado por fazerem meu sonho realidade a cada dia...
Beijo na testa!
— com Ana Carolina Scaldelai e outras 9 pessoas.
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