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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
domingo, 25 de janeiro de 2009
Aos meus alunos
Meus queridos,
mais um ano começa e com ele, uma série de oportunidades para todos nós. Espero sinceramente que este seja um ano inesquecível para vocês e para mim.
Para aqueles que eu já conheço e que já fazem parte da minha vida, desejo que nossa relação seja cada dia mais forte e mais bonita. Quanta coisa já vivemos, não é mesmo? E viveremos muito mais coisas neste ano.
Para os que eu ainda não conheço, fica aqui minha sincera esperança de que a primeira impressão seja ótima e que ela fique. Neste momento, a primeira aula já aconteceu e vocês já me conheceram. Fico pensando o que esta passando na cabeça de vocês neste momento sobre mim.
Novos alunos ou antigos, isso pouco importa. Todos vocês serão parte fundamental da minha existência neste novo ano e espero que possa fazer a diferença na vida de todos. Tenho certeza de que vocês farão a diferença na minha vida. Afinal, sem vocês eu realmente não sou nada.
UM FORTÍSSIMO ABRAÇO!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Apresentadora virtual
Vamos ver no que dá!
Mais uma tira. Estou gostando disso!
Minha primeira tira
Mais uma parceria!
Aí vai o site do Colégio:
www.colegiovillalobos.com.br
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Entrevistas pelo msn (parte 4)
A entrevistada desta vez é Solange Macedo. Solange é mãe de Nathalia, uma das alunas/atrizes do grupo Brinquedo Torto. Na entrevista, Solange falou sobre a evolução da filha desde que entrou para o teatro e como a família reage em relação à atividade da filha. E vamos ao papo!
Varlei Xavier diz:
Quando sua filha começou a demonstrar interesse em fazer teatro? Isso vinha desde pequena?
Solange Macedo diz:
Não....foi na escola. Ela chegou me contando alegre e eu como mãe fiquei mais feliz
Varlei Xavier diz: Então foi no começo do ano passado?
Solange Macedo diz:
Acredito que sim, foi quando o teatro começou a fazer parte do colegio
Varlei Xavier diz: Antes disso ela nunca demonstrou interesse?
Solange Macedo diz:
Para o teatro especificamente não. Mas sempre gostou muito do mundo das artes
Varlei Xavier diz: Certo. Quando vc começou a perceber a inclinação dela para atividades artísticas?
Solange Macedo diz:
Quando ela desenhava...e eu dizia que liiiiiiiiiiiiindo e ela se empolgava
Varlei Xavier diz: E o que vc, como mãe, esperava que aconteceria quando ela iniciou as aulas de teatro? Pensou que chegaria onde chegou?
Solange Macedo diz:
Bem ...Varlei na verdade eu pensei que fosse um passa tempo
Varlei Xavier diz: Então, de certa forma, você se surpreendeu?
Solange Macedo diz:
Muito. Conheci uma outra menina; mais competente, digamos.
Varlei Xavier diz: Ela mudou muito depois que começou a fazer teatro? Pode descrever as mudanças que ocorreram com ela?
Solange Macedo diz:
Sim ! Mudou em varios aspectos, se tornou mais responsavel, cumpre os horarios, tá mais seria, mais carinhosa, fala melhor, o portugues ....sabe ouvir mais...
Varlei Xavier diz: Mas deve ser um tanto incômodo para uma mãe perceber que ela está ficando muito tempo fora de casa com a desculpa de estar fazendo teatro. Como vc reage em relação a isso?
Solange Macedo diz:
Vou ser sincera, tá?
Varlei Xavier diz: O objetivo é esse. hehehehehe
Solange Macedo diz:
Eu to formando uma pessoa, que já tem personalidade. Uma pessoa que escuta quando eu digo ali é certo e errado; escolha!Tenho sim preocupação com o mundo, que é sujo, etc e tal... Mas tem meu blá blá blá de mãe. "Meu, chega junto se passou dos limites!". Aqui em casa somos muito francos, e nos respeitamos. Quando temos um problema, procuramos resolver ou pedir ajuda um do outro. E tem mais: aqui em casa o teatro não é desculpa não rsss. É compromisso... Se vai fazer , faz direito né?
Varlei Xavier diz: Até porque, creio que vale a pena quando se vê o resultado...
Solange Macedo diz:
Não sei te explicar, ou sei, é uma coisa apertando o coração sem dó.
Varlei Xavier diz: Uma pergunta difícil e que vale para todos os pais. Como vc reagiria se um dia sua filha te dissesse que queria fazer isso (teatro) pro resto da sua vida? Que queria isso como profissão? Prefiro que eles não me contem essas coisas, mas me pergunto como reagiria um pai ou uma mãe nesta situação.
Solange Macedo diz:
Eu estaria todas as vezes que eu pudesse na primeira fila.
Varlei Xavier diz: E como vc acha que os pais costumam reagir?
Solange Macedo diz:
Com preocupação, com o lado financeiro, com um futuro...
Varlei Xavier diz: Fale um pouco mais sobre isso. Quais seriam essas preocupações?
Solange Macedo diz:
A de que cheguem a idade adulta sem ter uma profissão bem remunerada, que passem dificuldade, que um dia os pais faltem e passem por dificuldades. Mas no fundo no fundo eu ainda penso: a gente tem mais é que ser feliz.
Varlei Xavier diz: Então vc não tem este tipo de preocupação?
Solange Macedo diz:
Tenho. No fundo tenho...
Varlei Xavier diz: E como reage em relação a isso?
Solange Macedo diz:
Conversando, sendo chata a maioria das vezes, tentando entender
Varlei Xavier diz: Uma última pergunta:Para você, qual o momento mais marcante de sua filha no palco? Aquela cena que você jamais vai esquecer.
Solange Macedo diz:
Faz tempo, viu. Quando ela tinha uns 4 anos que fez uma borboleta e falava uns trechinhos assim...as borboletas braaaaancas. E do Grupo.... foi sem duvida a Peça do Gran Circo quando eles cantam juntos.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Entrevistas pelo msn (parte 3)
Como o terceiro entrevistado desta série, trago a vocês com muito prazer o poeta e dramaturgo Paulo Scaldassy. Paulo é morador da Santos, é poeta, escritor, roteirista e dramaturgo além de ser colunista dos sites Talento Brasil e Oficina de Teatro. Na entrevista, o escritor falou sobre a vida de dramaturgo, de como é seu processo de criação, sobre a dificuldades da carreira e sobre o sistema de direitos autorais. Vale a pena conferir.
Varlei Xavier diz: Como começou sua história como dramaturgo?
Paulo diz:
Então, foi meio sem querer. Quando tinha uns 18 anos, entrei em um grupo de teatro amador aqui na minha cidade. Nunca tinha feito teatro, (mas já fazia poesias e letras de músicas com um parceiro meu) De cara fui mordido pelo bichindo do teatro, só o que me encantou mesmo, foi poder criar as histórias. E como o diretor do grupo também escrevia, ele acabou me dando a maior força. Então comecei a escrever, escrever, sem parar. Mas, durante muito tempo só o meu velho amigo diretor, minha esposa e minhas gavetas, conheciam o meu texto. Até que em 2002 resolvi virar o jogo. Descobri o concurso de dramaturgia da Funarte e a partir de então, resolvi que iria me dedicar à carreira de escritor, pois lá no fundo, esse sempre foi meu grande sonho. E estou correndo atrás do tempo perdido
Paulo diz:
Bem, foi mais ou menos assim...
Paulo diz:
Acho que me alonguei demais
Varlei Xavier diz: Não se preocupe. Escreva o quanto quiser.
Varlei Xavier diz: E vc tem conseguido se manter com o trabalho de escritor ou precisa realizar outras atividades para se manter financeiramente?
Paulo diz:
Que nada, Varlei! Pra te falar a verdade, ainda não ganho nenhum tostão com escritor/dramaturgo/roteirista. Pode acreditar. Ainda divido meu tempo entre as letras e os números (sou contador) Trabalho com contabilidade o mesmo tempo que escrevo, mas infelizmente não consigo viver apenas das letras. Brinco que os números me sustentam e as letras me alimentam... Ainda estou trilhando o caminho em busca do reconhecimento. É um trabalho duro, mas que faço com muito prazer.
Varlei Xavier diz: Então vc pretende largar a carreira de contador e se dedicar apenas ao trabalho de escritor um dia, caso isto seja possível?
Paulo diz:
É um objetivo a ser alcançado. Sempre sonhei em terminar meus dias escrevendo, e cá entre nós, já estou trabalhando com contabilidade a quase 20 anos, não sei se aguento mais 20 (rsrsrs) É claro que sei que é até possível conciliar as duas coisas, mas contabilidade é muito desgastante e penso firmemente em poder abdicar da profissão de Contador.
Varlei Xavier diz: Torço para que consiga. E desde que você começou a escrever e ver seus textos montados, qual delas mais te agradou, e qual menos te agradou. Por quê?
Paulo diz:
Bom, não tive a oportunidade de ver muitos dos meus textos que foram montados, pois a maioria deles foram e estão sendo montados em outras cidades e estados longe de onde eu moro e não dispõe nem de recursos e tempo para poder assistí-lo. Mas, fiquei muito feliz com a montagem de um texto meu "Galo, Galinho, Galão. Agora já tenho esporão!"Um texto Infantil que foi montado pela Cia.Teatro dos Quatro na cidade de São Paulo e ficou em cartaz cerca de quatro meses no Teatro Crowne Plaza. Uma produção muito bem cuidade, que infelizmente teve que sair de cartaz, pois a atriz ficou grávida. Outros textos meus tem me dado grande satisfação. Muitos deles tem participado de festivais e sido premiados. Graças a Deus as coisas vem se encaminhado e os meus textos tem sido cada vez mais montados, o que me dá a certeza que estou no caminho certo. Não gosto de falar que alguma montagem não me agradou. Todas vão me agradar, pois sei a dificuldade de se montar um texto. Uns tem mais recursos e podem fazer um trabalho melhor, outros tem muita vontade que acaba compensado qualquer deficiência. Memso porque, ter um texto montado, sem fazer parte de nenhum grupo de teatro é muito privilégio. Tenho que ficar feliz sempre.
Varlei Xavier diz: O que você espera de um diretor que montará um texto seu?
Paulo diz:
SInceramente, espero que consiga captar o que quis passar com aquele texto. Mas, não dou palpite e nem interfiro de nenhuma maneira na montagem. Muitos querem conversar comigo sobre o que eu acho disso, que eu acho daquilo. Aprendi com um professor e amigo (Nelson Albissu) que o texto depois do ponto final, não pertence mais ao autor, ele é do ator, do diretor. Cada um vai ter uma concepção de montagem, que espero sempre que bata com a minha. Felizmente não tive maiores problemas quanto a isso. Em linhas gerais, os diretores tem se mostrado bem de acordo com o que quis passar no texto. Desde que não modifique aquilo que eu escrevi, ou deturpe o sentido do texto, o diretor é livre e espero e torço para que cada um faça o seu melhor, pois assim meu texto também será melhor apreciado.
Varlei Xavier diz: Você falou sobre "aquilo que você quer passar". Fale um pouco sobre isso. Quais são as mensagens presentes na sua dramaturgia? Que mensagem, quais assuntos vc costuma abordar?
Paulo diz:
O que gosto de esvrever, de verdade, é texto infantil e procuro através deles passar coisas boas, como a amizade, a importância do meio ambiente, mas tb falo sobre trabalho infantil, sobre o medo. Mas, procuro fazer isso sem dar lição de moral, procuro fazer com que a criança mergulhe dentro da história, se envolvendo e a partir desse envolvimento, ela absorverá o que o texto quis passar. Já falando em texto adulto, gosto muito de escrever comédias e procuro colocar de forma bem humorada as críticas que faço sobre o comportamento, sobre a política, mas é claro que também falo dos dramas da vida, muito embora não tenha muito saco para ficar escrevendo sobre auto destruição e coisas do gênero, mas se o dinheiro compensar, a gente faz... rsrsrs. Mas, eu gosto mesmo é de escrever texto infantil. Mal começou o ano e já escrevi um texto infantil de curta duração, 08 pag, mais ou menos 20 min. Geralmente quando tenho uma idéia, primeiro vejo se posso contá-la através de um texto infantil, se puder, não tenho dúvido, escrevo um texto infantil.
Varlei Xavier diz: Certo. E vc é membro de alguma entidade protetora de direitos (Sbat ou similar)? E como você acha que está a questão do direito autoral no Brasil?
Paulo diz:
Olha só, até me associei a SBAT, só que fiquei muito desiludido. Fiquei sabendo que um texto meu foi montado no Japão, entrei em contato com eles, e estou até agora esperando, esperando sentado, pois os "caras" simplesmente não me deram audiência. Quanto a questão dos direitos autorais, sou totalmente a favor do pagamento dos direitos autorais aos autores. Tenho até um slogan: "DIREITO AUTORAL. TODO AUTOR TEM DIREITO" Só que infelizmente somos desprotegidos. O ano passado, andei trocando idéias com outros dramaturgos, sugeri até que fosse criada uma associação, ou algo do tipo, mas não vingou. Nenhum teatro, nenhuma prefeitura, ninguém cuida do direito do autor. O teatro devia exigir uma declaração do autor liberando o texto para aí então, deixar que a apresentação aconteça, mas ninguém quer saber. Mas, já não arranco mais meus cabelos por conta disso. Sei que dificilmente vou enriquecer com o teatro, então, faço dele minha porta para o reconhecimento, e estudo caso a caso a questão dos meus direitos, mas geralmente os libero para grupos amadores e estudantis, não tem sentido querer cobrar direitos autorais nesse caso. Um dia ainda espero que o direito autoral seja respeitado. Quem sabe, depois que eu morrer, os meus netos não recebam sobre eles?
Varlei Xavier diz: Esta história de um texto seu ter sido montado no japão e Sbat "nem aí" é uma piada. Eu, pelo menos, fico revoltado com isso. E o pior é que há autores que violam direitos de colegas autores. Vai entender, não é?
Paulo diz:
É verdade. Na questão no Japão, eles até chegaram a me enviar um e-mail de resposta dizendo que estavam tomando providencia, mas já se passou um ano e nada.
Varlei Xavier diz: Absurdo. Você é de Santos, minha família é daí. Como anda a cena cultural aí no litoral? Há apoio do poder público? Os grupos têm espaço para se apresentar? Quais são as dificuldades?
Paulo diz:
Aqui a cena cultural sempre foi forte. O governo até que dá bastante apoio nesse sentido. Mas, não sou muito chegado aos grupos daqui, tenho alguns amigos aqui e ali, mas não me envolvo. Participo de alguns eventos quanto sou convidado, cansei de ver a roda rodar sempre no mesmo lugar.
Varlei Xavier diz: O que vc acha do "Acordo ortográfico" que entrou em vigor no primeiro dia do ano? Como este acordo afetará sua produção?
Paulo diz:
Olha, para te falar a verdade, não tive tempo de estudar o novo acordo. Não via uma necessidade para que fosse implantado o tal mudança, mas já que ele está aí, temos que nos adequar. Acho que do começo, vou encontrar dificuldades, mas com o decorrer do tempo, as coisas devem se encaixar. Mesmo pq, segundo os acadêmicos, a mudança não afetará mais do que 5%, então...
Varlei Xavier diz: Certo. Uma última pergunta:
Paulo diz:
Vamos lá
Varlei Xavier diz: Qual é seu maior sonho/objetivo como autor? O que vc mais espera ou pretende alcançar, conquistar ou atingir com este ofício?
Paulo diz:
Olha, o meu objetivo e o que tenho corrido atrás e que espero poder alcançar esse ano, é poder levar o meu trabalho a um número maior de pessoas. E como fazer isso? Entrando para televisão. Escrever seriados infantis, minisseries, novelas. Llevar a minha dramaturgia para a televisão. É o meu objetivo nesse ano.Também pretendo produzir um curta metragem e montar dois espetáculos teatrais. E espero conquistar o reconhecimento e por fim ser remunerado por ele.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Entrevistas pelo msn (parte 2)
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Entrevistas pelo MSN
Varlei Xavier diz:
Conte-me sobre sua primeira experiência com arte. A primeira experiência artística que lhe marcou.
Renato Mendes diz:
Bom, como todo professor de português gosta de brincar de dramaturgo (sem analogias a ninguém), na segunda série, fiz uma peça sobre um livro mágico, onde as personagens de vários contos "pulavam" para a realidade. Fui o Simba ("O Rei Leão"). Mas não acho que posso chamar de "marcante". Gosto de lembrar porque foi meu primeiro contato com o palco.Me decidi a fazer teatro mesmo em 2005, quando minha professora de português (sempre eles) pediu que nos dividíssemos em grupos, e interpretássemos trechos de histórias que elas nos deu.Eu e um amigo, que ingressou nessa vida comigo, montamos uma história sobre um lobisomem. Eu era um velho, que aparecia no bar e contava aos forasteiros sobre tudo o que aconteceu. Eu conversava com a platéia, enquanto o grupo fazia o que eu narrava.
Menos de um mês depois, eu e esse meu amigo de quem falei, procurávamos aulas de street dance. Por uma informação errada da moça do departamento de eventos, invadimos a aula de teatro. Paramos para assistí-la. Ao fim. o diretor nos convidou pro grupo, onde faltavam, quem diria, dois atores
Renato Mendes diz:
e foi assim
Renato Mendes diz:
vou tentar ser mais breve nas próximas respostas
Varlei Xavier diz:
NÃO SE PREOCUPE. ESCREVA O QUANTO QUISER.
Varlei Xavier diz:
Então, de certa forma, parte de sua formação ou de seu interesse por teatro partiu inicialmente de seus professores?
Renato Mendes diz:
Acho que sim.Se não fosse esse último trabalho em grupo, acho que não teria me dignado a ver o ensaio, e voltaria a procurar street dance. Nunca cheguei a fazer aulas de street dance...
Varlei Xavier diz:
O acaso... hehehehe
Renato Mendes diz:
Com certeza. Inclusive o conveniente erro na informação da atendente do evento... Muito acaso
Varlei Xavier diz:
Acha que era seu destino?
Renato Mendes diz:
Sou agnóstico, então não tenho certeza nenhuma quando se fala em destino e obra "maior". Mas, principalmente com teatro, as coisas sempre aconteceram de forma bem inusitada.
Varlei Xavier diz:
Certo. E exatamente quando vc decidiu que aquilo seria mais do que uma diversa?. Em que momento vc decidiu fazer disso uma carreira, uma profissão?
Renato Mendes diz:
Eu não tinha nada definido. O teatro era só um hobbie. Daí, de novo pelo "acaso", eu meio que "caí de paraquedas" na ENT, junto com esse meu amigo. Lá, eu decidi que era no teatro que eu estava, e que disso eu não ia sair. Infelizmente, pro meu amigo, foi o contrario, e ele, lá, desistiu de teatro.
Varlei Xavier diz:
E como sua família reagiu quando soube dessa sua decisão? Houve alguma mudança de opinião dele de lá para cá?
Renato Mendes diz:
Minha família é toda, toda mesmo, de advogados. Meu pai, minha mãe, meus 3 tios, minhas 5 tias, e meu saudoso avô. Mais meus dois primos e meu irmão, que estudam direito. Minha mãe diz que não aprova, mas que não vai me impedir. Meu pai deixou, desde que ele não tenha que me sustentar. Meu irmão acha que é só pra ser "do contra", e que eu ainda mudo de idéia. Minha tia acha lindo, e vive dizendo que um dia ainda vai me ver na Globo...
Varlei Xavier diz:
E o que vc pensa a respeito do que sua tia diz?
Renato Mendes diz:
Não quero tv. Se "acontecer", não sou louco de recusar cachê de "global". Mas não é isso que eu busco, não é isso que eu quero. Mas pra que dizer isso pra minha tia, e desiludir a coitada? hehehe
Varlei Xavier diz:
hahahahahaha
Varlei Xavier diz:
E o que você busca no teatro? O que vc realmente pretende fazer? Quais são suas perspectivas de trabalho?
Renato Mendes diz:
Eu quero teatro. Disso eu sei. Mas "o que" no teatro, não tenho tanta certeza. Adoro atuar, seja em arena, brincando com a platéia, seja com a quarta parede em um drama, seja como for. Mas eu tenho uma paquera de longa data com a cadeira de diretor... Em todas as peças de que participo, eu penso coisas que eu mudaria se estivesse no comando. Isso eu pretendo decidir na faculdade, aprendendo um pouco dos dois, e vendo em qual que eu me encontro
Varlei Xavier diz:
E como seria o diretor Renato Mendes?
Renato Mendes diz:
Com certeza, seria um puta facista...
Renato Mendes diz:
Não do tipo que não aceita idéias, mas do tipo que não pensa duas vezes antes de jogar um sapato na cabeça do ator que esquece as falas
Varlei Xavier diz:
Entendo...Então vc acredita que a pressão é importante para o trabalho do ator? Que ele rende mais se o diretor, de certa forma, o pressiona?
Renato Mendes diz:
Pessoalmente, sempre trabalhei melhor sob pressão, não só no teatro. Mas acho que isso varia muito de ator para ator. Tem alguns que precisam de mão na cabeça toda hora. Mas eu não teria paciência pra esses...
Varlei Xavier diz:
E como vc faria se pegasse um desses pela frente?
Renato Mendes diz:
Seria um problema. Acho que cada um sede um pouco. Já trabalhei com diretores mais calmos, e senti falta do safanão na orelha. Mas aprendi a conviver com isso. Não se encontra só gente fácil de se trabalhar, e é aí que está a graça.
Varlei Xavier diz:
Examente. O que você diria para jovens que, assim como vc, escolheram ou escolherão este caminho, o do teatro? Principalmente com aqueles que não contarão com o apoio dos pais e enfrentarão grandes obstáculos dentro da própria família?
Renato Mendes diz:
Difícil, essa. Acho que diria pra tentarem. Tente, faça uma peça ou duas, veja se é isso mesmo que você quer, e se for, não pare por força alguma. Uma amiga, com quem já atuei, e posso dizer, uma das melhores, foi "cortada" pelo pai, e hoje abandonou o palco, e caminha rumo ao exame da Ordem.
Varlei Xavier diz:
Vc sonha em montar uma peça em especial? O espetáculo dos seus sonhos?
Renato Mendes diz:
O Cego E O Louco
Varlei Xavier diz:
Fale um pouco sobre o texto e os motivos que o fazem querer montá-lo. Diga também se pretende atuar ou dirigir.
Renato Mendes diz:
É um texto escrito por uma mulher, lá na Bahia (droga, não lembro o nome dela). É do ano de 2000, ou 2002(também não lembro). A peça se passa na sala de um apartamento, onde dois irmãos vivem juntos. Um deles é cego. Os dois ficam devagando sobre a vida, e esperando a visita de uma garota que nunca chega. Se você não se incomoda que eu conte o final, o louco morre e o irmão cego já estava morto a seis anos, vivendo só na cabeça do louco (que era cego, mas não sabia)...
Varlei Xavier diz:
Sensacional
Renato Mendes diz:
Vi uma montagem em tele-teatro que a tevê cultura produziu, com aquele ator que interpretou o Jamanta na Globo (sou horrível pra lembrar nomes) interpretando o cego. Primeiro eu fiquei pasmo de ver a interpretação dramática dele em uma peça, não achava que ele era tão bom pelo que vi do "Jamanta não morreu". Com certeza, essa é uma para se atuar, e como o Cego
Varlei Xavier diz:
O ator em questão é o CACÁ CARVALHO
Varlei Xavier diz:
Para terminar, uma pergunta difícil.
Renato Mendes diz:
Varlei Xavier diz:
Gostaria que você falasse sobre você, mas daqui a 10 anos. O que você estará fazendo daqui a 10 anos e o que você já terá feito?
Renato Mendes diz:
Espero já estar formado, e com DRT na mão. Isso em uns 5 anos. E em 10... Pode não ser uma grande ambição, como hollywood, ou tv globo, mas gostaria de estar no teatro. Atuando, dirigindo, não importa. Mas quero estar fazendo o que eu amo, não sei que peça, não sei se no Teatro Abril, ou no projeto social do SESI, mas trazendo para o público algo de que eles vão se lembrar por uns 10 anos...
OFF (MUITO BOM. TINHA QUE COLOCAR ESSA)
Varlei Xavier diz:
nossa! muito bom! muito mesmo!pode me mandar a conversa na íntegra?
Renato Mendes diz:
hehe, valeu
Renato Mendes diz:
já desligou a camera?
Renato Mendes diz:
posso peidar?
Varlei Xavier diz:
huahahauhauhaahuahuah
Varlei Xavier diz:
pode sim