quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Fim de 2009 – Início de 2010

Normalmente costumo escrever aqui uma retrospectiva do ano que termina e uma perspectiva para o ano que começa. Neste ano farei diferente. Lembrando de mudar de estratégia quando as coisas não dão certo, resolvi não relembrar os acontecimentos do ano, principalmente porque me lembrarei de muita coisa ruim.

Por outro lado, não posso deixar de agradecer a Deus as coisas boas que aconteceram. Se o ano não foi lá como eu queria, pelo menos aprendi bastante. Desejo levar comigo as lições aprendidas.

Para o ano que vem, que já é daqui a pouco, não vou colocar nenhuma expectativa ou perspectiva. Vou deixar que o inesperado aconteça. E que as surpresas seja muito mais positivas que negativas; e se vierem as negativas, que eu tenha força para saber superá-las.

Que venha 2010 e que 2009 fique na história não para ser esquecido, mas com a esperança de que os próximos anos sejam sempre melhores do que ele.

A todos os que se importam comigo, meus sinceros agradecimentos. A todos, um feliz 2010


 


 

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Letra A

A Letra "A" é aquela que inicia o alfabeto. Para mim, ela representa o início. É a primeira letra que costumamos reconhecer. Pelo menos quando eu fui alfabetizado era assim. É a mais abundante em nossa língua. É para as letras o que o "1" é para os números. Representa o início de tudo. Ou o recomeço depois do "Z".
Pois bem. Nos últimos tempos, em andava num período de fim de ciclo, fim de alfabeto. Precisava renovar as parcerias. Finalizar ciclos. Recomeçar minha própria história. E foi exatamente neste momento que surgiram dois novos grupos em minha vida. No processo de escolha de nomes para estes grupos, ambos os nomes escolhidos para começavam com a letra "A". adreM e Amuleto.
Coincidência? Talvez. Mas o fato é que estes grupos com a letra "A" têm significado um novo "ALENTO" à minha vida. Um novo ciclo. Um novo começo. E começar pela letra A é bom. Para mim, significa que o começo vem sendo feito de forma correta. Começar por ordem alfabética é bom. É por isso que eu Agradeço à adreM e Amuleto pelo Alento e pela Alegria.
E TENHO DITO!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Adeus!

Nunca imaginei que abriria um espaço no meu blog para dizer isto. Aliás, quando somos crianças não temos a menor idéia das coisas que vamos passar quando adultos. Como diria na saga de Joseph Climber "A vida é uma caixinha de surpresas". E supreendentemente para a maioria, nesta sexta, 07/08/09, digo Adeus ao Grupo Peixe Vivo.

Foram 10 anos de história, contando com a época dos Trovadores. Anos de muita beleza, muita poesia. Nem tudo foram flores, é claro. Mas chegou um tempo em que a ausência de flores foi grande e o sofrimento se estalou em meu coração. Não vou dizer aqui os motivos, porque isso acho que isso diz respeito á mim e às pessoas que lá estão. Mas o fato é que eu precisava, precisava mesmo dizer Adeus.

Sabe, chega um tempo em que os filhos deixam de ouvir os pais. Mais que isso: parece que precisam fazer exatamente o contrário do que os pais pedem. Aí os pais mandam, e quando mandam há atrito. Vem chegando a maioridade e, então, é salutar que os pais deixem que os filhos voem, assumam as rédeas de suas próprias vidas. Muitas vezes só assim os pais deixam de ser "os chatos".

Pois é. Já que não posso mandar os filhos para fora de casa, é melhor que eu deixe a casa nas mãos dos filhos. Deixo-a sem rancor, com alguma mágoa que decerto passará. A casa fica e vou embora com minha consciência limpa. Certo de que tudo que fiz foi por amor e que fiz o meu melhor. Entrega foi o que não faltou. Intensidade demais. "Tudo que sou, que vivo, que faço é intenso."

"Pois quando o destino vem nos chamar, até separados é preciso lutar."

Aquela musiquinha continua tocando alto dentro do meu coração. Mas é importante saber se desapegar também. A despedida não vem no melhor momento para todos. Porém, vem no momento necessário para mim.

Para eles, o Planta diz muito. É só buscar lá. Ali está tudo. A vida imita a arte agora. Até ter contato com este texto, nunca havia entendido de fato esta frase.

"Não, tô largando, véia" to entregando!"

Está entregue. O futuro? Quem sabe...

Adeus...





terça-feira, 21 de julho de 2009

FESTIVAL ESTUDANTIL DE PINDAMONHANGABA!

Selecionados para o FESTIVAL ESTUDANTIL DE PINDAMONHANGABA!

ESPETÁCULOS INFANTIS

15h


Domingo Dia 16- A Turma do Mazzinha - “ A Dor da Saudade” - Cia Balakko Bacco - Taubaté

Segunda-feira- Dia 17- Arlequinada - Núcleo de Pesquisas Teatrais: Mambembe - E.E “Amador Bueno da Veiga” - Taubaté

Terça- feira -Dia 18- Frankenstinho - Grupo Pintando o Sete - EMEF “Profª. Mercedes Carnevalli Klein” - São José dos Campos

Quarta -Dia 19- O Segredo da Arca de Trancoso - Cia de Teatro Trecos e Truque - Colégio Grupo Dom Bosco - São Paulo

Quinta- feira- Dia 20 - A Turma do Sítio na Terra do Nunca -Grupo Estrela da Imaginação - EMEF “ Profº Antônio Palma Sobrinho” - São José dos Campos

Sexta-feira- Dia 21-O Mambembe - Grupo de Teatro Cilzinho - Colégio Imperatriz Leopoldina - São Paulo



ESPETÁCULOS ADULTOS

20h

Sábado- Dia 22- Gandaia Grande - O” Auto do Santo Vivo” - Cia de Teatro Uni-Duni-Tê-São Paulo

Domingo- Dia 23-Por um triz- Grupo de Teatro Cil- Colégio Imperatriz Leopoldina / São Paulo

Segunda feira- Dia 24-O Estado Rinoceronte- Cia Núcleo 42- Fundação das Artes de São Caetano do Sul-São Caetano do Sul

Terça-feira- Dia 25-Nossas Cadeiras- Grupo Sociedade Teatral Carpediem das Artes- E.E. Otília de Paula Leite-Salto

Quarta-feira- Dia 26- Gran Circo Pimienta- Grupo Brinquedo Torto- Colégio Central Casa Branca- Santo André

Quinta-feira- Dia 27-Sétimo Selo.Réquien para uma Geração Petrificada- Teatro Singular- Santo André

Sexta-feira- Dia 28- A história é uma estória- Cia Teatral 4 cantos- EMEF João Inácio Soares e EE da Quadra-Quadra

PREMIAÇÃO DOMINGO - Dia 30 as 20h.

domingo, 28 de junho de 2009

IMPRESSÕES (FIGURINHA CARIMBADA)



Qual a sensação de perder algo?

Tem coisa que a gente perder. E depois acha...

Tem coisa que a gente perde e não acha mais...

Essa é a principal questão da peça, que conta a história de cinco meninos espertos, engraçados, levados e determinados que, apesar da pouca idade, descobrem a sensação da perda, cada um de um jeito diferente e encontram também uma maneira inteligente, divertida e amadurecida de enfrentá-la.

MINHAS IMPRESSÕES: Um espetáculo infantil para todas as idades. Trata de um tema bastante triste de forma inteligente. As histórias nos tocam, mas não nos chocam. Foram muito bem costuradas dramaturgicamente. Espetáculo muitíssimo bem produzido. Cenografia e figurinos impecáveis. Belas músicas de Tato Fischer. Dá vontade de fazer igual.

O único "senão" fica para o "trabalho de ator". Embora não comprometa o espetáculo, as interpretações são superficiais. Caso não houvesse um figurino riquíssimo, com perucas maravilhosas, difícil seria diferenciar os quatro meninos "donos das histórias". O mesmo acontece com os personagens secundários. A atriz que faz as personagens femininas, embora tenha feito boas construções, perdeu uma das personagens durante o momento em que transita pela plateia. Ainda assim, vale a pena conferir este trabalho de extremo bom gosto!





sexta-feira, 26 de junho de 2009

Impossível não falar sobre Michael

Algumas de minhas lembranças mais remotas estão completamente ligadas à musica deste gênio que se foi. Estávamos na primeira metade da década de 80 e eu era uma criança de 3 ou 4 aninhos. O sucesso do momento era Thriller, o disco mais vendido da história. Lembro-me que aos quatro anos, passava horas e mais horas dançando várias músicas, interpretanto o próprio Michael "virando monstro", tentando reproduzir aquela tão famosa coreografia. Pouco sabia sobre música, pouco entendia o que eu estava fazendo. Cheguei até a me apresentar em cima de um caminhão que vez por outra parava na minha rua para fazer uma espécie de show de talentos. Incrivelmente, minha primeira apresentação pública foi uma dublagem de Michael Jackson. Quem diria...

Mais tarde, durante a adolescência, já sabendo muito bem o que escolher, ouvia Michael sem parar. Estava na 6ª série quando ele veio fazer um show no Brasil. Meu sonho era ir assisti-lo. Infelizmente não tinha dinheiro para tal. Morri de inveja da minha professora de ciências, que foi ao show durante os dois dias. Resolvi compensar essa tristeza tentando conhecer como ninguém sua história. Gravei em uma fita de videocassete uma minissérie que a Globo transmitiu contando toda a história da família. Assisti centenas de vezes. Nessa época, nenhum jovem que eu conhecia, sabia de cor as músicas do Jackson 5. Eu era o único e me sentia superior por isso. No dia em que ele foi embora do Brasil, todos tivemos uma sensação de vazio. Mas tudo bem, ouvia mais e mais as músicas e assistia à fita. Com o tempo, sua figura começou a me decepcionar em virtude da quantidade de escândalos em que ele se envolvia. O ser humano Michael Joseph Jackson caiu muito no meu conceito. Ainda assim, procurei dissociar a imagem do homem da do artista. Isso me fez muito bem.

O tempo foi passando, eu fui crescendo, mas voltando no tempo, todas as suas músicas fizeram parte da trilha sonora da minha vida. Ouvi muito e tudo. Apenas um disco, o INVENCIBLE, não me agradou. Todos os outros, foram devorados por mim. Desde I WANT YOU BACK, ABC, THE LOVE YOU SAVE, dos Jackson 5 até SCREAM, EARTH SONG ou BLOOD ON THE DANCE FLOOR, sucessos do final da década de 90.

Ontem, durante uma aula na ENT, recebi a notícia. Ela me tirou o chão. Fiquei realmente chocado, triste e impressionado. Há tempos uma morte não me marcava tanto. Volto a dizer, não pelo ser humano medíocre, desequilibrado e digno de pena, mas pelo artista completo, genial, um dos maiores de todos os tempos. Ainda não consigo acreditar, minha ficha ainda não caiu. ele parecia imortal. De certa forma será. O homem, cheio de defeitos, de personalidade e conduta divudosa sai de cena. Felizmente sua obra permanece. E ela vale a epna conferir, estudar, absorver.

Deixo aqui um vídeo dele. Não os comuns, os mais batidos. Deixo I WANT YOU BACK, nome bastante sugestivo para o momento. Esta música, regravada nesta versão, foi a música que marcou a estréia do pequeno garoto de Gary, Indiana, e seus irmãos em rede nacional.


domingo, 21 de junho de 2009

A magia da primeira apresentação

É lindo ver a história ser recontada. Lindo.

De repente, a gente resolve fazer teatro. Acaba descobrindo que o negócio é muito mais sério do que se pensava. E começa a pesquisa, trabalho de corpo, cena, riso, choro e chega no final, vem desenvolvendo uma cena, um trabalho simples, mas digno. Aos poucos, o tempo vai se esgotando. Começa a dar um desespero danado. A data está quase chegando e falta tanta coisa. E chega. O dia parece curto e longo ao mesmo tempo. A tensão é grande. Os nervos estão a flor da pele. O ensaio é cansativo. Pausa para lanche, descanso. Volta que já está quase na hora. Alongamento, aquecimento, trabalha voz. O coração já está na boca. É hora da roda. Do grito, das últimas palavras. O choro é de emoção e de desespero. Abre-se a porta. O público entra, começa o espetáculo... Nossa! Já ababou? O público está aplaudindo. MEU DEUS! DEU CERTO! FOI ÓTIMO! AMANHÃ TEM MAIS. QUE HORAS É PARA CHEGAR?

É lindo demais ver um grupo novo iniciando uma jornada. É um momento único que jamais se repetirá. Valeu, TRUP´STRANHA!

HOJE TEM:



quarta-feira, 3 de junho de 2009

GAZETA TRUP´STRANHA Nº 1

A Trup´stranha, grupo de teatro do Ensino Fundamental 2 do Colégio Villa Lobos, está preparando seu primeiro exercício de interpretação. Sob a direção de Varlei Xavier, os jovens integrantes do grupo poderão mostrar todo o seu potencial artístico numa apresentação de curta duração.

Com o nome de Olhares e Inspirações, a trupe apresentará uma coletânea de cenas inspiradas em grandes canções da música brasileira. “O repertório de canções é bastante eclético. Trabalhamos com canções bem diferentes, desde Bossa Nova até músicas atuais da Banda Teatro Mágico”, afirma o diretor do grupo, que também informou que as canções serviram apenas como ponto de partida para a criação das cenas. “Foi interessantíssimo ver como o olhar dos integrantes captou a canção e retirou delas as informações que lhes interessavam. A criação acabou extrapolando o sentido inicial da música, o mostra um grande potencial criativo de todo o elenco.”

“O público não pode perder. Nossos amigos já estão intimados a ir. É uma oportunidade de conferir o que pode ser feito para o final do ano. Somos jovens e inexperientes ainda, mas as cenas estão ótimas, com conexões muito legais.”, conta Mariana Bianco, uma das atrizes do grupo.

Segundo Nicolas Scalambrini, também ator do grupo, a apresentação também servirá para obter recursos para a montagem final. “Quem for assistir, vai contribuir com nosso caixa para nossa montagem do final do ano. A bilheteria servirá para isso.”

Olhares e Inspirações estréia no dia 20 de Junho de 2009 e até lá, os nove membros da Trupe trabalharão com total dedicação para mostrar ao público um trabalho surpreendente e de ótima qualidade. Vale a pena esperar!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

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ZENIT
POLAR
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Zoni ptamoati vop ou osreu osctovonlde um rexro om polar zenit.

TEBOTRI, OU RO IME

segunda-feira, 25 de maio de 2009

IMPRESSÕES (NEKRÓPOLIS)

Inicio hoje uma nova série. Em "IMPRESSÕES" falarei sobre alguns espetáculos a que assisti. Não pretendo aqui adotar uma postura de crítico teatral. Em primeiro lugar porque acho esta tarefa um tanto chata, e em segundo porque não me sinto demasiadamente capaz para tal. Como o próprio nome diz, presendo expor minhas impressões acerca dos espetáculos que vejo. Nada mais. Todas as minhas impressões estão longe de ser verdades absolutas ou únicas. São apenas opiniões e visões de trabalhos de outros artistas, que merecem todo o respeito. O primeiro da série é o espetáculo Nekrópolis, da Escola Livre de Teatro.

Sinopse: Nekrópolis é uma peça que retoma o tema da ação política no contexto altamente complexo do Brasil contemporâneo. Em sua narrativa, um grupo de indivíduas se congrega numa organização autodenominada ESTIRPE; excluídos, vivendo á margem (como muitos brasileiros), dedicam-se a desenterrar cadáveres - e com isso, trazer á tona os crimes impunes cometidos por um Estado negligente e por uma sociedade permissiva. Na montagem, o texto dialoga com uma dramaturgia musical que confronta, enfatiza, nega, questiona, sonha, cantando como num contraponto que procura frestas entre os espaços da palavra.

Impressões: Um espetáculo de dar inveja. Uma dramaturgia que inicialmente nos incomoda e nos estranha, mas que depois nos surpreende, tanto pela justificativa dos dados oferecidos anteriormente quanto pelo desfecho impactante e inesperado. Interpretação dos atores bastante justa; o texto não pressupõe grandes dificuldades de interpretação, com uma ou outra exceção. Trabalho corporal simplesmente fantástico; preciso, sem grandes pirações cênicas e bastante funcional. Músicas impressionantemente bem compostas, bem arranjadas e bem interpretadas pelo elenco. Figurino bem pensado, bem construído e bem acabado. Ausência de cenário completamente coerente. Não bastasse tudo isso, o espetáculo promove reflexões profundas. Profundas mesmo! Tão profundas que num momento inicial parecem partidárias, mas que posteriormente se revelam bastante imparciais. Fatos, não julgamentos. Como julgar a ESTIRPE? Quem é o maior criminoso? Ela, que apenas expôs o problema, ou quem, por descaso, deixou que este acontecesse? Discussão de embrulhar o estômago. E eu adoro essas discussões. Abaixo, um vídeo com parte de uma música do espetáculo.




quarta-feira, 20 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

GRAN CIRCO PIMIENTA (Um espetáculo encantado)


Há algum tempo penso sobre este
espetáculo e analiso a magia que o envolve. É incrível ver que um espetáculo que quase não aconteceu por ter sido escrito para um elenco, que em sua maioria não o merecia, praticamente renasceu das cinzas, tomou uma outra proporção e atingiu os resultados não só mensuráveis como também imensuráveis.

Desde que ele estreiou tenho visto o efeito que ele provoca no público. As pessoas se divertem, pensam, entendem as piadas e as sacadas, visivelmente tem momentos de prazer Tenho visto também gente brotar do nada. Sala lotada ou quase lotada por muitas apresentações, embora nosso espaço seja pequeno, conseguir público nunca é tarefa fácil; principalmente depois de várias apresentações.

Depois de tudo isso, mais uma: Uma ligação do Rio de Janeiro informando que estamos selecionados para o Festival Cidade de São Paulo. Fomos uns dos poucos escolhidos entre 400 espetáculos. Para mim foi uma surpresa absurda. Tremia feito vara verde. Depois dessa, só mesmo admitindo que este espetáculo é encantado. Tanto do ponto de vista de quem assiste, como do ponto de vista de quem faz.

Que venham outras apresentações.


terça-feira, 21 de abril de 2009

Coisas de um fim de semana


"Será que a sorte virá num realejo? Trazendo o pão da manhã A faca e o queijo Ou talvez... um beijo teu Que me empreste a alegria... que me faça juntar Todo resto do dia... meu café, meu jantar Meu mundo inteiro... que é tão fácil de enxergar... E chegar"

Cheguei em casa não faz 24 horas, mas é incrível como já estouro de saudade. Não há na minha história momento mais intenso, mais terno, mais lindo! Vejo o mundo de outra forma agora. Sou um homem à espera de sua noiva. Espero o momento em que possa dividir uma vida, uma casa, uma história.

Vivo a vida, agora que sei o que quero, oscilando entre a alegria da certeza, os apertos da saudade, a tristeza da espera e a esperança do futuro. Hoje, vivo o hoje sabendo que o amanhã será belo, não sem dificuldades, mas será vivido e dividido com alguém especial e forte, alguém que dividirá comigo a tarefa de educar meus filhos.

"Nenhum medo que possa enfrentar Nem segredo que possa contar Enquanto é tão cedo Tão cedo"

Pena que é tão cedo. Cedo porque antes terei de resolver uma série de cosias e eu mesmo crescer. Além de tudo aguentar a saudade, que agora é mais forte. Mais do que nunca agora eu espero, aguardo ansiosamente a volta do meu amor.

"Enquanto for... um berço meu Enquanto for... um terço meu Serás vida... bem vinda Serás viva... bem viva Em mim"


Cada vez mais VIVA, VIDA MINHA!


domingo, 12 de abril de 2009

Um domingo qualquer sem chocolate

Domingo de páscoa. Momento para muitos de celebração, de comer chocolate, de almoçar com a família, de coisas boas e/ou ruins. Para mim, apenas mais um domingo. Domingo que tirei para descansar e não fazer absolutamente nada sem comer nenhum ovo de páscoa. Momentos como este são importantíssimos para mim já que na maioria do tempo eu faço muitas coisas e muitas delas ao mesmo tempo. 

Mas é natural num momento como este, fazer uma série de reflexões. Abri esta caixa de postagem sem saber exatamente o que escrever, mas acho que agora vem-me uma pequena idéia do que pode ser dito. Antes de qualquer coisa, sobre a pessoa que, supostamente é motivo das festividades do dia de hoje. Jesus, não vou chamá-lo de Cristo ou Senhor. Apenas Jesus, um simples filho de carpinteiro que deixou para a humanidade uma série de ensinamentos, cujo valor não se deve ser medido por este ou aquele credo. O legado de Jesus é muitíssimo maior do que os dogmas das igrejas cristãs, sejam elas de que corrente forem (católicas, protestantes, ortodoxas, etc). Muito se diz sobre ele, mas o que mais me fascina não é o "Jesus Cristo", é o Jesus homem, ser humano, um cara, pelo que me parece, muito mais legal do que diz a bíblia ou os filmes que contam sua história. Vejo este "cara" como alguém fascinante, encantador, simples, o maior de todos os professores.  Deste cara sim eu gosto, não daqueles que costumam me mostrar na igreja ou nos filmes. Acho que este cara diria para a grande maioria de crianças que ganharam ovos e ovos que durarão semanas para serem consumidos: "Menino (a), procure uma criança pobre de sua idade e lhe ofereça um dos ovos que você ganhou, ou pelo menos um pedacionho dele. Nem precisa dizer que foi em meu nome. Aliás, é mais bonito que seja por sua própria vontade e não porque eu lhe pedi." 

Espero um dia propor esta minha reflexão aos meus filhos. 

É engraçada a minha relação com a espiritualidade. Não sou de religiões ou rituais. Não costumo parar para rezar, não como outras pessoas fazem.  Mas não sei, de certa forma, me sinto um pouco espiritualizado. Nem sei explicar, mas alguns momentos me sinto muito próximo de Deus. Outras sinto falta da companhia dele, mas como até hoje não encontrei nenhum ritual que me aproxime dele de uma forma que me deixe á vontade ou que me faça sentir realmente próximo, me sinto sozinho. É minha busca também. Estou em busca de uma espiritualidade que não conheço, mas que sei, está ligada à arte. Aliás, todos os momentos que me senti próximo de Deus foram momentos em que a arte e o próximo estavam presentes, sem que eu estivesse dentro de um templo qualquer. Como explicar? Há apenas uma forma de espiritualidade? Todos os outros vão para o inferno? Acho muito cruel para ser divino. 

Não me considero muito "cristão" por não acreditar em muitas das coisas pregadas pela "cristandade", mas sou alguém que gosta muito de Jesus e acha ele um cara muito legal. Minha páscoa foi feliz. Descansei, refleti e recarreguei as baterias para carregar as cruzes do meu dia-dia, cruzes que eu escolhi e as levo de bom grado, mas que não deixam de ser pesadas. Não comi um ovo de páscoa e não me fez nenhuma falta. Mas não sei, estou feliz no dia de hoje sem saber de fato o motivo. Vai saber se não é algo que esse "cara lega" fez vibrar em meu coração. Para ele, vai o meu abraço! Muitíssimo carinhoso!



quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vamos fazer um filme?




Há algum tempo venho pensando seriamente que minha vida (quando digo MINHA VIDA, leiam minha história juntamente com a daqueles que me acompanham) daria um ótimo filme. Quanta coisa já aconteceu e quanta coisa ainda está por acontecer... Momentos de emoção, de humor, de ação, de suspense. Que roteirista fantástico é esse que escreveu minha história?

Ouvindo e lendo novamente a música VAMOS FAZER UM FILME da Legião Urbana, acabo interpretando muita informação presente na letra e me apropriando de seu significado. Vou tomar a liberdade de roubar alguns trechos da música e fazer algumas considerações relacionadas à minha história e ao meu filme:

"Achei um 3x4 teu e não quis acreditar
Que tinha sido há tanto tempo atrás
Um bom exemplo de bondade e respeito
Do que o verdadeiro amor é capaz."


Este ano completo 30 anos e olhando 10 anos para trás parece que foi ontem que tudo começou. Uma história linda de amor, amor verdadeiro. Só durou 10 anos por causa da verdade que há por trás de tudo isso. Olhando as fotos daquelas crianças e daquele quase-adolescente ainda posso sentir os aromas da biblioteca, as lágrimas dos rostos deles molhando os meus num abraço, posso ver aqueles olhinhos brilhosos sedentos por poesia. Tudo isso aconteceu há tanto tempo, mas parece que foi ontem...

"A minha escola não tem personagem.
A minha escola tem gente de verdade."

Muitas vezes, exceto quando falamos de grandes autores e grandes textos, personagens são figuras superficiais e unilaterais. Minha turma não é assim, todos nós somos mocinhos, vilões, virtuosos e falhos, complexos demais. Fazemos sofrer quem amamos e ao mesmo tempo fazemos um bem danado a elas, tiramo-nas de seu sono sossegado, causamos-lhes pesares e preocupações. Porque somos gente. Somos complexos. Somos falhos, é fato. Mas devemos estar sempre dispostos à correção de nossas falhas. Escondê-las e covardia e crueldade. Parecemos mocinhos apenas, quando o que na verdade ocorre o tempo todo é uma inversão de papéis entre protagonistas e antagonistas. O importante é que se esteja sempre disposto a começar de novo sempre "Um por todos, todos por um"

"O sistema é mau, mas minha turma é legal.
Viver é foda, morrer é difícil."

Realmente. As exigências da nossa sociedade e do sistema são cruéis. É duro suportar. Muita gente cai durante a batalha. Quantas vezes já não caí? Mas me levando porque aqueles que estão comigo fazem a vida valer a pena. E por eles tenho um motivo para levar essa vida, que é foda, mas mais difícil ainda seria deixá-la e, juntamente com ela, deixar minha turma, minhas paixões.

"Te ver é uma necessidade."

Estar distante de quem se ama, querer olhar nos olhos, ganhar um "sorriso sincero, um abraço" e não poder é duro. Estou com uma saudade tão absurda que minha vontade, e talvez necessidade, seria pegar um ônibus agora e ir para BH nem que seja para ganhar um beijo, um abraço e voltar para casa. Já teria valido a pena.

Mas...

"Sem essa de que estou sozinho
Somos muito mais que isso"

Tudo isso é para o nosso bem e nos vai fazer crescer. E a prova final do nosso amor. E não há prova sem recompensa, sem nota ou sem feedback. Para quem trabalha direito, o resultado vem.

É claro que eu
"preciso e quero ter carinho, liberdade e respeito."

Enquanto não divido isso com meu amor, que está longe, meus milhões de amigos, irmãos e irmãs estão comigo e me darão apoio. Aos outros, peço apenas

"Liberdade e respeito. Chega de opressão"

Vivam suas vidas e deixem a minha "em paz". Mas logicamente não deixarei em paz quem me atormentou. Quem deve, deverá pagar. E tenho dito!

"Deve ser cisma minha, mas a única maneira ainda
de imaginar a minha vida é vê-la"

... como um filme sendo rodado, cujo roteiro é maravilhoso e desconhecido. A cada dia, recebo uma folha com alguns direcionamentos, os quais por minha conta executo ou não. E isso vai mudando a cara dos acontecimentos e do roteiro.

Muita gente não me entende. Não entende o amor com que eu faço minhas coisas. Talvez essas pessoas não entendam o amor, o meu amor pelas minhas coisas.

"E hoje em dia como é que se diz eu te amo?"

Não sei a resposta, mas procuro dizer "eu te amo" todos os dias de minha vida com minhas ações e meus pensamentos. Talvez isso tenha tornado o roteiro tão belo, complexo e surpreendente.

Você, que conhece um pouco do roteiro da minha vida, responda-me:

"VAMOS FAZER UM FILME?"







terça-feira, 31 de março de 2009

Mais uma tirinha!


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIÁ-LA!

Sei que esta tirinha é bastante conceitual. Até um tanto surrealista. Ninguém vai entender. Mas tudo bem, às vezes é bom. 
Desculpa, gente! Seis e pouco da manhã. Vou tomar banho para não chegar atrasado ao trabalho. 
Beijos a todos!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Ao pessoal do Colégio Villa Lobos

Tarde de Janeiro, toca o telefone. Um convite para uma entrevista num colégio a fim de falar sobre meu projeto de teatro. Lá fui eu para o Colégio Villa Lobos. 

Entrei nervoso (estreia é sempre assim), ao adentrar à sala da coordenação, dois sorrisos simpáticos me receberam carinhosa e curiosamente. Senti-me completamente à vontade e a conversa se desenrolou de forma agradabilíssima. Projeto aprovado, novo trabalho a ser iniciado dentro dos próximos dias.  Saí eufórico. Tão eufórico que confundi as datas e quase perdi o primeiro dia de aula, não fosse um telefonema de um desses sorrisos simpáticos. Lá fui eu correndo, enfrentando o trânsito do Paço Municipal feito um louco para chegar o quanto antes e redimir-me da falha. 

Enfim cheguei (antes tarde do que nunca, neste caso) . Alguns pequenos me esperavam. Lindos, curiosos, agitadíssimos. Entrei, fechei a porta, sentamos em círculo e a magia se estabeleceu. Os olhos (meus e deles) brilharam. Encantamento se deu entre um ou outro olhar pedagogicamente bem dirigido. É preciso tempo até que as coisas se ajeitem e se acertem

Final de aula. Intervalinho e início de uma nova aula. Os adolescentes. Já ouviu falar em "bater o santo?" Pois foi de cara. Um olhar assustado, outro tímido, outro ávido por teatro, ensaio, arte. Um pouco mais de encantamento para o minha tarde, que se iniciou com correria. Saí de lá com a certeza de que realizar um trabalho de qualidade com aquela turma seria (e será) questão de tempo apenas. 

O que se sucedeu  nos encontros seguintes: Riso, choro, música, cena, abraço, estátua, respiração, jogo, roda, bola, flecha, parede, espiral, tato, olfato, paladar, visão e audição. Tudo isso preenchido com amor, carinho, felicidade, respeito ao próximo e uma pitada de poesia que permeia tudo o que faço. Como tenho sido feliz. 

Ensinar um gesto de carinho e respeito, como o beijo na testa, a uma criança de 7 anos e depois de alguns dias receber como resposta um pedido de "abaixa!" seguido do gesto ensinado emociona qualquer um. 

Ver o olhar de dois amigos se encontrar e o riso nervoso por medo de se exergar do outro lado desaparecer depois de ouvir a história e ver a lágrima do outro, terminando tudo num amistoso abraço entre dois meninos de não mais de 14 anos não é para qualquer um. É para privilegiados. Sou um privilegiado sim, neste caso não há dúvidas. 

Tudo o que eu posso fazer é agradecer a cada uma dessas pessoas que fazem e farão cada vez mais minhas segundas e quintas à tarde mais felizes. Amanda, Ana Paula, Bia, Laís, João Renato, Henrique, Luana, Ana Carolina, Mari, Breno, Pietro, João, Leo, Tety, Nicolas, Geovani, Silmara, Rose, Elaine, cada pessoa que me retribui um sorriso, um boa tarde carinhoso, um aceno pela janela, tudo o que posso fazer é agradecer. É uma delícia estar no Villa! 

Em face dos últimos acontecimentos...

Peço licença a Drummond para utilizar o título de um de seus poemas como título desta postagem. Desde que minhas aulas se iniciaram, quase não consegui mais vir aqui postar nada, mas agora encontrei um tempinho depois de elaborar duas provas e vou tecer algumas considerações sobre a sucessão de acontecimentos relacionados aos últimos 30 dias. 

1- Muitas vezes nosso corpo adoece para nos sinalizar que algo não vai bem. É como um alarme que soa, uma bateria que arreia ou um blockout providencial. É a única forma de pararmos. Um mal necessário. 

2- Gente incompetente, inescrupulosa, invejosa aparece por aí mais do que latinha pet em dia de enchente. É como uma praga que devasta a plantação. Vem não sei de onde e enche a paciência. Mas nada que bons tratamentos não resolvam. Longe de mim, todas essas pessoas. 

3- Quem fala besteira, quem acusa, quem levanta falso testemunho deve acertar contas com a justiça de Deus e dos homens. Impunidade não. As pessoas devem ser responsáveis pelas palavras que proferem. Então, que se pague pelo que é dito. 

4- Saudade é bom. Ruim é não ter saudade. É bom ver quem se ama, embora longe, aprendendo coisas, sendo feliz, realizando sonhos, enfrentando desafios. A saudade fortalece o amor. E o meu está mais forte a cada dia. 

5- Minha história daria um bom filme. 

6- É impressionante, mas mesmo depois de 10 anos, o Peixe Vivo me surpreende. E que bom que é assim. 




sábado, 21 de fevereiro de 2009

Festival de Cenas Curtas da E.N.T.

Participei no dia 07/02/2009 do 2º Festival de Cenas Curtas da E.N.T como jurado. Foi uma experiência interessante. Descobri que é muito difícil julgar. Participei, há uns 5 anos atrás, desse mesmo festival como ator, sendo minha primeira apresentação pública depois de ter começado a estudar teatro. Sei da importância de atividades como esta para quem está conversando. E é por isso que resovi postar aqui algumas considerações sobre as cenas realizadas pelos alunos. Como o Festival aconteceu no dia 07 e só agora tive tempo de escrever, pode ser que eu escreva pouco, mas tentarei lembrar o que foi discutido no dia com os outros jurados. Vamos lá: 

AS CRIADAS de Jean Genet (Débora Sartori, Carol Dias e Bruna Maleski) 

As atrizes estavam à vontade em cena. Por outro lado, ouviam-se pouco. Muitas vezes, passaram do ponto na intenção de fazer o público rir. O figurino das criadas deveria ser igual para as duas atrizes. A sonoplastia foi utilizada de forma incorreta. 

AS HIENAS de Braulio Pedroso (Francini Gamba, Fabiano Martins e Rafael Roldan)

Sonoplastia muito bem escolhida. Um dos atores carregou demais nas tintas, o que por muitas vezes deixou a cena muito "over". Destaque para a atriz, que conseguiu transmitir muito bem a tensão da cena. O trabalho corporal do final da cena foi impressionante. 

ESPERANDO GODOT de Samuel Becket (Roberto Fagundes e Tatiane Steffani) 

Cena muito bem resolvida. Espaço bem utilizado. Figurino coerente, interpretação justa. Não me lembro da sonoplastia. 

A MEGERA DOMADA de Shakespeare (Marta Martinho e Vinícius Albano) 

A dupla se mostrou disposta ao jogo. É bom ver dois atores com repertório se divertindo em cena. Além disso, os atores extrapolaram os domínios do texto fazendo uma metainterpretação, (interpretação sobre a interpretação). Por outro lado, ambos pecaram ao utilizar piadas que só os alunos da escola entendiam. A atriz conseguiu segurar muito bem a ação física de um homem. Mas sua voz continuava feminina, o que, creio eu, deixou a construção do personagem incoerente. 

NÓ CEGO de Carlos Vereza (Caco Oliveira e Du Fernandes) 

Um dos atores (Caco) apresentou certos problemas de articulação e projeção vocal. Isso acabou diminuindo meu interesse pela cena. Du Fernandes esteve muito bem. Sua interpretação estava na medida. Ambos tiveram dificuldades para visualizar o "enforcado". 

VISITANDO O SR. GREEN de Jeff Baron (Adriano Campos e Dante Maranini)

O espaço foi bem utilizado pelos atores. Por outro lado, ambos demonstraram nervosismo em cena. O ator que fez o Sr. Green cometeu algumas falhas na composição física do velho. Não havia problemas de articulação ou projeção, mas acreditei pouco na cena. 

VEJO UM VULTO NA JANELA de Leilah Assumpção (Priscila Alves, Suellen Beijos e Thais Soria)

Figurinos muito bem pensados. A utilização do espaço foi mal feita. Houve problemas de articulação e projeção. As atrizes triangulavam pouco com a platéia. 

A SERPENTE de Nelson Rodrigues (Carla Marco e Lívia Lunardi) 

Em termos de concepção e encenação, a cena mais interessante. Muito jogo entre as atrizes. Uma cena bastante difícil muito bem realizada. Sonoplastia muito boa. Apenas as saias que as atrizes usavam me incomodou um pouco. 

POR TELEFONE de Antônio Fagundes (Jill Mendes e Paulo Braghetto)

Foi a cena que mais causou risos no público. Mas creio que o riso tenha sido causado mais pela quantidade de palavrões do que pela execução dos atores. 

OTELO de Shakespeare (Fernanda Gazito e Renato Mendes) 

O figurino prejudicou muito o ator. Além de não ser de bom gosto, limitou os movimentos dele. A cena foi muito bem pensada e o espaço foi bem utilizado. Mas ficou uma cena muito técnica. Falto emoção. 

DOIS NA GANGORRA de William Gibson (Fábio Domingues e Flávia Dessoldi) 

Dois atores tecnicamente muito bons. Ambos tinham presença cênica, tinham repertório e jogavam entre si.  Faltou apenas um salto qualitativo no final da cena. 

  

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

domingo, 25 de janeiro de 2009

Aos meus alunos

Olá, queridos! Acompanhem primeiro o recadinho da minha apresentadora virtual e logo abaixo leiam a mensagem. Logo logo vocês decidirão o nome da apresentadora, ok!



Meus queridos,

mais um ano começa e com ele, uma série de oportunidades para todos nós. Espero sinceramente que este seja um ano inesquecível para vocês e para mim.
Para aqueles que eu já conheço e que já fazem parte da minha vida, desejo que nossa relação seja cada dia mais forte e mais bonita. Quanta coisa já vivemos, não é mesmo? E viveremos muito mais coisas neste ano.
Para os que eu ainda não conheço, fica aqui minha sincera esperança de que a primeira impressão seja ótima e que ela fique. Neste momento, a primeira aula já aconteceu e vocês já me conheceram. Fico pensando o que esta passando na cabeça de vocês neste momento sobre mim.

Novos alunos ou antigos, isso pouco importa. Todos vocês serão parte fundamental da minha existência neste novo ano e espero que possa fazer a diferença na vida de todos. Tenho certeza de que vocês farão a diferença na minha vida. Afinal, sem vocês eu realmente não sou nada.

UM FORTÍSSIMO ABRAÇO!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Apresentadora virtual

Em minhas navegadas pela rede, encontrei um site que te faz animações. Estou criando a partir de agora, uma apresentadora virtual e um programa para ela. Ela dirá o que não for escrito. heheheh

Vamos ver no que dá!

Mais uma tira. Estou gostando disso!

Aí vai uma tira que algumas pessoas podem não entender. Não tem problema. Entenderá quem precisa entender. hehehehehe


Minha primeira tira

Encontrei um programa que faz tirinhas. Aí vai a minha primeira. Vou fazer uma série também! Clque na tira para ampliá-la!


Mais uma parceria!

Estarei a partir de Fevereiro no Colégio Villa Lobos com três grupos diferentes. Ótimas impressões durante a reunião com a Coordenação. Espero que esta parceria renda ótimos frutos.

Aí vai o site do Colégio:

www.colegiovillalobos.com.br

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo msn (parte 4)



A entrevistada desta vez é Solange Macedo. Solange é mãe de Nathalia, uma das alunas/atrizes do grupo Brinquedo Torto. Na entrevista, Solange falou sobre a evolução da filha desde que entrou para o teatro e como a família reage em relação à atividade da filha.
E vamos ao papo!


Varlei Xavier diz:

Quando sua filha começou a demonstrar interesse em fazer teatro? Isso vinha desde pequena?

Solange Macedo diz:
Não....foi na escola. Ela chegou me contando alegre e eu como mãe fiquei mais feliz

Varlei Xavier diz: Então foi no começo do ano passado?

Solange Macedo diz:
Acredito que sim, foi quando o teatro começou a fazer parte do colegio

Varlei Xavier diz: Antes disso ela nunca demonstrou interesse?

Solange Macedo diz:
Para o teatro especificamente não. Mas sempre gostou muito do mundo das artes

Varlei Xavier diz: Certo. Quando vc começou a perceber a inclinação dela para atividades artísticas?

Solange Macedo diz:
Quando ela desenhava...e eu dizia que liiiiiiiiiiiiindo e ela se empolgava

Varlei Xavier diz: E o que vc, como mãe, esperava que aconteceria quando ela iniciou as aulas de teatro? Pensou que chegaria onde chegou?

Solange Macedo diz:
Bem ...Varlei na verdade eu pensei que fosse um passa tempo

Varlei Xavier diz: Então, de certa forma, você se surpreendeu?
Solange Macedo diz:
Muito. Conheci uma outra menina; mais competente, digamos.

Varlei Xavier diz: Ela mudou muito depois que começou a fazer teatro? Pode descrever as mudanças que ocorreram com ela?

Solange Macedo diz:
Sim ! Mudou em varios aspectos, se tornou mais responsavel, cumpre os horarios, tá mais seria, mais carinhosa, fala melhor, o portugues ....sabe ouvir mais...

Varlei Xavier diz: Mas deve ser um tanto incômodo para uma mãe perceber que ela está ficando muito tempo fora de casa com a desculpa de estar fazendo teatro. Como vc reage em relação a isso?

Solange Macedo diz:
Vou ser sincera, tá?

Varlei Xavier diz: O objetivo é esse. hehehehehe

Solange Macedo diz:
Eu to formando uma pessoa, que já tem personalidade. Uma pessoa que escuta quando eu digo ali é certo e errado; escolha!Tenho sim preocupação com o mundo, que é sujo, etc e tal... Mas tem meu blá blá blá de mãe. "Meu, chega junto se passou dos limites!". Aqui em casa somos muito francos, e nos respeitamos. Quando temos um problema, procuramos resolver ou pedir ajuda um do outro. E tem mais: aqui em casa o teatro não é desculpa não rsss. É compromisso... Se vai fazer , faz direito né?

Varlei Xavier diz: Até porque, creio que vale a pena quando se vê o resultado...

Solange Macedo diz:
Não sei te explicar, ou sei, é uma coisa apertando o coração sem dó.

Varlei Xavier diz: Uma pergunta difícil e que vale para todos os pais. Como vc reagiria se um dia sua filha te dissesse que queria fazer isso (teatro) pro resto da sua vida? Que queria isso como profissão? Prefiro que eles não me contem essas coisas, mas me pergunto como reagiria um pai ou uma mãe nesta situação.

Solange Macedo diz:
Eu estaria todas as vezes que eu pudesse na primeira fila.

Varlei Xavier diz: E como vc acha que os pais costumam reagir?

Solange Macedo diz:
Com preocupação, com o lado financeiro, com um futuro...

Varlei Xavier diz: Fale um pouco mais sobre isso. Quais seriam essas preocupações?

Solange Macedo diz:
A de que cheguem a idade adulta sem ter uma profissão bem remunerada, que passem dificuldade, que um dia os pais faltem e passem por dificuldades. Mas no fundo no fundo eu ainda penso: a gente tem mais é que ser feliz.

Varlei Xavier diz: Então vc não tem este tipo de preocupação?

Solange Macedo diz:
Tenho. No fundo tenho...

Varlei Xavier diz: E como reage em relação a isso?

Solange Macedo diz:
Conversando, sendo chata a maioria das vezes, tentando entender
Varlei Xavier diz: Uma última pergunta:Para você, qual o momento mais marcante de sua filha no palco? Aquela cena que você jamais vai esquecer.
Solange Macedo diz:
Faz tempo, viu. Quando ela tinha uns 4 anos que fez uma borboleta e falava uns trechinhos assim...as borboletas braaaaancas. E do Grupo.... foi sem duvida a Peça do Gran Circo quando eles cantam juntos.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo msn (parte 3)



Como o terceiro entrevistado desta série, trago a vocês com muito prazer o poeta e dramaturgo Paulo Scaldassy. Paulo é morador da Santos, é poeta, escritor, roteirista e dramaturgo além de ser colunista dos sites Talento Brasil e Oficina de Teatro. Na entrevista, o escritor falou sobre a vida de dramaturgo, de como é seu processo de criação, sobre a dificuldades da carreira e sobre o sistema de direitos autorais. Vale a pena conferir.



Varlei Xavier diz: Como começou sua história como dramaturgo?

Paulo diz:
Então, foi meio sem querer. Quando tinha uns 18 anos, entrei em um grupo de teatro amador aqui na minha cidade. Nunca tinha feito teatro, (mas já fazia poesias e letras de músicas com um parceiro meu) De cara fui mordido pelo bichindo do teatro, só o que me encantou mesmo, foi poder criar as histórias. E como o diretor do grupo também escrevia, ele acabou me dando a maior força. Então comecei a escrever, escrever, sem parar. Mas, durante muito tempo só o meu velho amigo diretor, minha esposa e minhas gavetas, conheciam o meu texto. Até que em 2002 resolvi virar o jogo. Descobri o concurso de dramaturgia da Funarte e a partir de então, resolvi que iria me dedicar à carreira de escritor, pois lá no fundo, esse sempre foi meu grande sonho. E estou correndo atrás do tempo perdido

Paulo diz:
Bem, foi mais ou menos assim...
Paulo diz:
Acho que me alonguei demais

Varlei Xavier diz: Não se preocupe. Escreva o quanto quiser.

Varlei Xavier diz: E vc tem conseguido se manter com o trabalho de escritor ou precisa realizar outras atividades para se manter financeiramente?

Paulo diz:
Que nada, Varlei! Pra te falar a verdade, ainda não ganho nenhum tostão com escritor/dramaturgo/roteirista. Pode acreditar. Ainda divido meu tempo entre as letras e os números (sou contador) Trabalho com contabilidade o mesmo tempo que escrevo, mas infelizmente não consigo viver apenas das letras. Brinco que os números me sustentam e as letras me alimentam... Ainda estou trilhando o caminho em busca do reconhecimento. É um trabalho duro, mas que faço com muito prazer.

Varlei Xavier diz: Então vc pretende largar a carreira de contador e se dedicar apenas ao trabalho de escritor um dia, caso isto seja possível?

Paulo diz:
É um objetivo a ser alcançado. Sempre sonhei em terminar meus dias escrevendo, e cá entre nós, já estou trabalhando com contabilidade a quase 20 anos, não sei se aguento mais 20 (rsrsrs) É claro que sei que é até possível conciliar as duas coisas, mas contabilidade é muito desgastante e penso firmemente em poder abdicar da profissão de Contador.

Varlei Xavier diz: Torço para que consiga. E desde que você começou a escrever e ver seus textos montados, qual delas mais te agradou, e qual menos te agradou. Por quê?

Paulo diz:
Bom, não tive a oportunidade de ver muitos dos meus textos que foram montados, pois a maioria deles foram e estão sendo montados em outras cidades e estados longe de onde eu moro e não dispõe nem de recursos e tempo para poder assistí-lo. Mas, fiquei muito feliz com a montagem de um texto meu "Galo, Galinho, Galão. Agora já tenho esporão!"Um texto Infantil que foi montado pela Cia.Teatro dos Quatro na cidade de São Paulo e ficou em cartaz cerca de quatro meses no Teatro Crowne Plaza. Uma produção muito bem cuidade, que infelizmente teve que sair de cartaz, pois a atriz ficou grávida. Outros textos meus tem me dado grande satisfação. Muitos deles tem participado de festivais e sido premiados. Graças a Deus as coisas vem se encaminhado e os meus textos tem sido cada vez mais montados, o que me dá a certeza que estou no caminho certo. Não gosto de falar que alguma montagem não me agradou. Todas vão me agradar, pois sei a dificuldade de se montar um texto. Uns tem mais recursos e podem fazer um trabalho melhor, outros tem muita vontade que acaba compensado qualquer deficiência. Memso porque, ter um texto montado, sem fazer parte de nenhum grupo de teatro é muito privilégio. Tenho que ficar feliz sempre.

Varlei Xavier diz: O que você espera de um diretor que montará um texto seu?

Paulo diz:
SInceramente, espero que consiga captar o que quis passar com aquele texto. Mas, não dou palpite e nem interfiro de nenhuma maneira na montagem. Muitos querem conversar comigo sobre o que eu acho disso, que eu acho daquilo. Aprendi com um professor e amigo (Nelson Albissu) que o texto depois do ponto final, não pertence mais ao autor, ele é do ator, do diretor. Cada um vai ter uma concepção de montagem, que espero sempre que bata com a minha. Felizmente não tive maiores problemas quanto a isso. Em linhas gerais, os diretores tem se mostrado bem de acordo com o que quis passar no texto. Desde que não modifique aquilo que eu escrevi, ou deturpe o sentido do texto, o diretor é livre e espero e torço para que cada um faça o seu melhor, pois assim meu texto também será melhor apreciado.

Varlei Xavier diz: Você falou sobre "aquilo que você quer passar". Fale um pouco sobre isso. Quais são as mensagens presentes na sua dramaturgia? Que mensagem, quais assuntos vc costuma abordar?

Paulo diz:
O que gosto de esvrever, de verdade, é texto infantil e procuro através deles passar coisas boas, como a amizade, a importância do meio ambiente, mas tb falo sobre trabalho infantil, sobre o medo. Mas, procuro fazer isso sem dar lição de moral, procuro fazer com que a criança mergulhe dentro da história, se envolvendo e a partir desse envolvimento, ela absorverá o que o texto quis passar. Já falando em texto adulto, gosto muito de escrever comédias e procuro colocar de forma bem humorada as críticas que faço sobre o comportamento, sobre a política, mas é claro que também falo dos dramas da vida, muito embora não tenha muito saco para ficar escrevendo sobre auto destruição e coisas do gênero, mas se o dinheiro compensar, a gente faz... rsrsrs. Mas, eu gosto mesmo é de escrever texto infantil. Mal começou o ano e já escrevi um texto infantil de curta duração, 08 pag, mais ou menos 20 min. Geralmente quando tenho uma idéia, primeiro vejo se posso contá-la através de um texto infantil, se puder, não tenho dúvido, escrevo um texto infantil.

Varlei Xavier diz: Certo. E vc é membro de alguma entidade protetora de direitos (Sbat ou similar)? E como você acha que está a questão do direito autoral no Brasil?

Paulo diz:
Olha só, até me associei a SBAT, só que fiquei muito desiludido. Fiquei sabendo que um texto meu foi montado no Japão, entrei em contato com eles, e estou até agora esperando, esperando sentado, pois os "caras" simplesmente não me deram audiência. Quanto a questão dos direitos autorais, sou totalmente a favor do pagamento dos direitos autorais aos autores. Tenho até um slogan: "DIREITO AUTORAL. TODO AUTOR TEM DIREITO" Só que infelizmente somos desprotegidos. O ano passado, andei trocando idéias com outros dramaturgos, sugeri até que fosse criada uma associação, ou algo do tipo, mas não vingou. Nenhum teatro, nenhuma prefeitura, ninguém cuida do direito do autor. O teatro devia exigir uma declaração do autor liberando o texto para aí então, deixar que a apresentação aconteça, mas ninguém quer saber. Mas, já não arranco mais meus cabelos por conta disso. Sei que dificilmente vou enriquecer com o teatro, então, faço dele minha porta para o reconhecimento, e estudo caso a caso a questão dos meus direitos, mas geralmente os libero para grupos amadores e estudantis, não tem sentido querer cobrar direitos autorais nesse caso. Um dia ainda espero que o direito autoral seja respeitado. Quem sabe, depois que eu morrer, os meus netos não recebam sobre eles?

Varlei Xavier diz: Esta história de um texto seu ter sido montado no japão e Sbat "nem aí" é uma piada. Eu, pelo menos, fico revoltado com isso. E o pior é que há autores que violam direitos de colegas autores. Vai entender, não é?

Paulo diz:
É verdade. Na questão no Japão, eles até chegaram a me enviar um e-mail de resposta dizendo que estavam tomando providencia, mas já se passou um ano e nada.

Varlei Xavier diz: Absurdo. Você é de Santos, minha família é daí. Como anda a cena cultural aí no litoral? Há apoio do poder público? Os grupos têm espaço para se apresentar? Quais são as dificuldades?

Paulo diz:
Aqui a cena cultural sempre foi forte. O governo até que dá bastante apoio nesse sentido. Mas, não sou muito chegado aos grupos daqui, tenho alguns amigos aqui e ali, mas não me envolvo. Participo de alguns eventos quanto sou convidado, cansei de ver a roda rodar sempre no mesmo lugar.

Varlei Xavier diz: O que vc acha do "Acordo ortográfico" que entrou em vigor no primeiro dia do ano? Como este acordo afetará sua produção?

Paulo diz:
Olha, para te falar a verdade, não tive tempo de estudar o novo acordo. Não via uma necessidade para que fosse implantado o tal mudança, mas já que ele está aí, temos que nos adequar. Acho que do começo, vou encontrar dificuldades, mas com o decorrer do tempo, as coisas devem se encaixar. Mesmo pq, segundo os acadêmicos, a mudança não afetará mais do que 5%, então...

Varlei Xavier diz: Certo. Uma última pergunta:

Paulo diz:
Vamos lá

Varlei Xavier diz: Qual é seu maior sonho/objetivo como autor? O que vc mais espera ou pretende alcançar, conquistar ou atingir com este ofício?
Paulo diz:
Olha, o meu objetivo e o que tenho corrido atrás e que espero poder alcançar esse ano, é poder levar o meu trabalho a um número maior de pessoas. E como fazer isso? Entrando para televisão. Escrever seriados infantis, minisseries, novelas. Llevar a minha dramaturgia para a televisão. É o meu objetivo nesse ano.Também pretendo produzir um curta metragem e montar dois espetáculos teatrais. E espero conquistar o reconhecimento e por fim ser remunerado por ele.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Entrevistas pelo msn (parte 2)


O ATOR NO CINEMA BRASILEIRO

Dando prosseguimento à série, tenho a alegria de entrevistar minha amiga Vanessa Campanari. Vanessinha, como é conhecida pelo amigos, formou-se recentemente na Fundação das Artes com o espetáculo Fora do Ar, um belíssimo trabalho da 39ª turma de Teatro da Fundação. Como trabalho de finalização de curso, Vanessa pesquisou O Ator no Cinema Brasileiro. O resultado do trabalho foi bastante interessante, o que me motivou a convidá-la a falar um pouco mais sobre ela aqui neste espaço. E vamos à entrevista!

Varlei Xavier diz:
O que te motivou a fazer sua pesquisa sobre cinema?

Vanessa Campanari diz:
O recente interesse de atuar na área, de buscar outros meios de atuação para o ator que não fosse o teatro. 

Varlei Xavier diz:
E você já fez algum trabalho dentro desta outra linguagem ou o interesse partiu exatamente do fato de vc não saber nada do assunto?

Vanessa Campanari diz:
Foi exatamente isso, o interesse surgiu por eu não saber nada dessa area por eu não saber como chegar la e se eu chegar como atuar para a câmera de cinema, pois é diferente a gente atuar em um palco com outro ator e atuar no set para uma câmera. E isso não era uma duvida só minha, mas de muitos atores.

Varlei Xavier diz:
Minha também. Então, aproveito a oportunidade para perguntar: O que há de diferente entre a interpretação para câmera e a interpretação no palco?

Vanessa Campanari diz:
Bom, quero deixar claro que eu não sou experiente nessa area ... rs ... mas a diferença entre o palcom e a câmera de cinema é que no palco é tudo maior, os gestos são maiores, a fala é mais forte, pois a pessoa que esta sentada la atras na plateia precisa te escutar, ja no cinema não pose ser assim, os gestos tem que ser mais contidos senão fica exagerado na camera, não fica natural e no cinema. Tem que ser natural, quanto mais natural voce conseguir melhor vai ficar sua interpretação, no cinema voce tem a chance de sussurar "eu te amo" por exemplo e deixar a interpretação muito mais natural e bonita. No teatro voce não consegue sussurrar com tanta naturalidade porque o ultimo cara la na plateia não escuta. Outra coisa é que no cinema voce intepreta para uma câmera, olhando para uma câmera, não é sempre direto com o outro ator.

Varlei Xavier diz:
Certo. E depois de descobrir todas estas diferenças, você continua interessada em trabalhar na área? Ou seja, estas descobertas fizeram seu interesse em atuar em cinema aumentar ou diminuir?


Vanessa Campanari diz:
Eu continuo interessada sim, na verdade é um sonho meu atuar no cinema. Todas as descobertas que eu tive com esse trabalho, fez com que meu interesse na area aumentasse, mas me deu algum medo também. É que quando eu entrevistava aqueles atores de quem eu sou fã eu pensava "nossa eles conseguem aqueles resultados maravilhosos porque eles são atores excelentes, mas e eu uma mera mortal, sera que eu consigo?" hehehe

Varlei Xavier diz:
E das pessoas que vc entrevistou, qual foi aquela que mais te impressionou? Por quê?

Vanessa Campanari diz:
Bem, eu entrevistei a Denise Weinberg, o Leonardo Medeiros e a Juliana Galdino todos eles falaram coisas maravilhosas e relataram experiencias maravilhosas, mas a Denise Weinberg me impressionou mais pela paixão dela, ela falava com uma vivacidade tão forte que eu ficava hipnotizada

Varlei Xavier diz:
E como está o mercado de trabalho para novos atores no cinema? Você acha aberto, ou como em outras áreas tudo depende de um bom Q.I. ?

Vanessa Campanari diz:
Olha, pelo que eu percebi é uma area bem complicada, eu cheguei a perguntar para o Leonardo Medeiros qual era a dica que ele dava para os novos atores que gostariam de entrar para o cinema e ele disse "desistam, pois é uma área muito complicada". Mas eu acho que nós não podemos desistir, muito pelo ao contrario. A gente tem que insistir no nosso sonho e batalhar. A Denise Weinberg por exemplo, hoje ela que ajuda no casting dos filmes do Sergio Resende, ou seja, a Denise é uma pessoa de teatro e as pessoas que ela conhece são pessoas de teatro.Logo, as pessoas que ela indica para os filmes são pessoas de teatro. Infelizmente aqui no Brasil nós não temos escolas para atores de cinema então a gente tem que aprender na raça e como a propria Denise diz "Graças a Deus cada vez mais são atores de teatro que estão indo fazer cinema, pois eles tem uma base"

Varlei Xavier diz:
Vc já pensou em fazer faculdade de cinema? Ou o seu negócio é realmente apenas atuar?

Vanessa Campanari diz:
Eu ja pensei sim em fazer faculdade de cinema, pois eu me interesso por muitas areas dentro do cinema, principalmente a area de fotografia, mas minha vontade maior no cinema é atuar

Varlei Xavier diz:
O que vc mais gostaria de fazer no cinema e o que vc realmente não faria?

Vanessa Campanari diz:
Como assim? Na parte de atuação?

Varlei Xavier diz:
sim

Vanessa Campanari diz:
Nossa! não sei .... rs

Vanessa Campanari diz:
Acho que eu gostaria muito de fazer filmes como o "Lavoura Arcaica" um filme muito bonito .... sei la .... gostaria de ter qualquer tipo de experiencia, que não seja muito forçada é claro

Varlei Xavier diz:
Entendi. Vc não pretende entrar para o cinema a qualquer custo, não é isso?

Vanessa Campanari diz:
O que seria a "qualquer custo"?

Varlei Xavier diz:
Fazendo filmes que, digamos, explorem apenas o corpo... Desses que passam aos sábados de madrugada. 

Vanessa Campanari diz:
hahahahahaha .... com certeza eu não faria esses filmes. Eu gostaria de começar com pouco sabe, para aprender, pois de nada adianta eu começar com um puta papel e não saber contracenar com uma câmera.

Varlei Xavier diz:
É verdade

Varlei Xavier diz:
Após realizar esta pesquisa, ter ouvido essas pessoas, ter pensado muito a respeito, a que conclusão vc chega a respeito do ATOR NO CINEMA BRASILEIRO?

Vanessa Campanari diz:
Eu chego à conclusão que o ator que ja chegou ao Cinema Brasileiro é um vencedor, pois o Cinema Brasileiro passa por muitas dificuldades e que não é facil. Hoje nós temos poucos atores no Brasil que a gente possa dizer que é ator de cinema e na minha opinião a grande culpa disso se deve por não existir escola de atores de cinema no Brasil, mas temos também o problema da verba que é pouca e por isso não se faz muito cinema no Brasil. E por isso que eu acho que aqueles que consiguiram chegar la, mas veja só, aqueles que consiguiram lutando, e não aqueles que só chegaram porque são atores de televisão é claro que tem muitos atores bons que estão no cinema por causa da televisão, mas não são todos, muitos estão la por causa da imagem para chamar publico. Enfim, o Ator no Cinema Brasileiro é um grande vencedor