quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

É hora da Retrospectiva!

Droga! Já tinha escrito uma parte da retrospectiva, mas houve uma queda de energia aqui em casa e perdi tudo. Bom, vamos lá do início.

Comecei o ano com uma agradabilíssima viagem a Peruíbe com a Robi. Passei momentos muito agrtadáveis lá. Fomos buscar a Rô para passar dois dias com a gente lá e foi muito legal. Pudemos, durante uma noite, acompanhar uma chuva de estrelas cadentes. Nunca tinha visto uma estrela cadente ao vivo em minha vida e, quando vi, foi direto uma chuva.

Quando voltei, iniciei minha peregrinação em busca de um novo rumo na minha vida profissional. Mas antes disso, passei por uma das mais engraçadas situações da minha vida. Eu, o Diego, a Bianca o o Nailson realizamos uma operação bate-volta para visitar a Rô na Praia Grande. A viagem quase deu errado por conta de uma frentista burra que não sabe colocar água num carro. O carro ferveu na Anchieta e tivemos que esperar o guincho para que ele avaliasse a situação, felizmente a burrice da frentista não destruiu o carro e seguimos viagem numa boa.

Na volta, continuei minha busca a uma nova perspectiva profissional. Saí por aí a entregar projetos de aulas de teatro em escolas particulares. Tive o retorno de algumas escolas, mas dois fatos vale a pena contar por aqui:

Fui ao Colégio Gradual entregar meu projeto, mas por uma ironia do destino, errei o caminho. Parei diante de um prédio que conhecia, mas que tinha se transformado numa escola. Entrei e, sem querer, apresentei minha proposta para um dos donos, que rapidamente se interessou por ela e me conduziu à diretora. Ela, vendo meu currículo, perguntou-me se eu não gostaria de ser professor de português, além de dar aulas de teatro. Relutei, mas aceitei a proposta e saí de lá praticamente empregado. O único problema era que o Colégio era pequeno e assumir o emprego nas condições propostas em relação à minha condição no Estado era praticamente uma loucura. Muitos diziam para que eu não aceitasse, mas assumi o risco da loucura e não me arrependo do que fiz.

Outra proposta de emprego veio do Colégio Artur de Queirós. A escola parecia mais rígida e lá eu me sentia como que pisando em ovos, mas resolvi aceitar a proposta, embora sentia que não era exatamente o que eu queria. Lá no fundo eu já sentia alguma coisa estranha. Mas com a proposta aceita e meu trabalho apresentado aos pais, senti interesse deles no trabalho e as coisas pareciam que iriam deslanchar. Senti-me muito bem, pela primeira vez a presentando o meu trabalho como exclusivamente meu.

Iniciado o ano, apaixonei-me rapidamente tanto pelos alunos do Casa Branca e do Artur. Há tempos não me sentia tão apaixonado e disposto a realizar um trabalho de qualidade. Isto realmente chamou a atenção de todos. Pais, direção, colegas e alunos, principalmente deles. Mais uma vez eu me senti completamente amado e respeitado por aquilo que fazia. Abraços, carinho, palavras de afeto e surpresas faziam dos meus dias uma sucessão de alegrias. Estava tão feliz e disposto que fui trabalhar no Estado apenas dois dias e assinei minha exoneração. A despedida na 7ª série E (antiga 6ª E, sala cujo carinho por mim era imenso) foi dolorosa e todos choramos muito. Foi um momento muito bonito. Assim que me exonerei, iniciei o trabalho com o que viria a ser o Grupo Brinquedo Torto, o grupo de teatro do Casa Branca. Ali, muitas vezes, encontrei refúgio para os meus problemas.

A vida estava uma beleza, mas como sempre, os problemas começaram a acontecer. Problemas de ordem financeira, falta de empenho dos alunos do Artur de Queiros e alguns problemas com o Grupo Peixe Vivo na temporada do Vermelho Esperança, começaram a abalar minhas sólidas estruturas. Percebi que estava mais abatido e as coisas começaram a se tornar um pouco mais difíceis. Meu namoro terminou, a turma da ENT, para quem eu estava escrevendo uma peça, não dava retorno e não me trazia material para que eu escrevesse, mais problemas financeiros, estruturas abaladas, brigas com a Rô, com a Róbi... o mundo virou de cabeça para baixo. Até problema com um pai de um aluno que achou que eu estava dando aula de religião (ninguém merece). Tudo estremeceu à minha volta.

Vieram as férias em boa hora. Momento de terminar de escrever O Companheiro, peça do grupo da ENT, pegar forte nos ensaios, pois a estreia estava próxima e escrever GRAN CIRCO PIMIENTA, espetáculo do grupo do Artur de Querós. Intensifiquei os ensaios à tarde e escrevia muito durante a madrugada. As pessoas que liam, se apaixonavam pelo texto. Nos ensaios da ENT tive que pegar muito pesado com uma das atrizes do grupo. O grupo todo merecia broncas, mas ela merecia mais, Ana Clara, menina de 15 anos e com grande problema da auto-estima. Quem quiser saber mais sobre este grupo leia alguns posts abaixo porque esta retrospectiva está grande e acabei de passar da metade.

Pela primeira vez, tirei férias do Peixe Vivo. Queria que todos tivessem tido férias, mas muitos deles me disseram que era melhor que todos eles continuassem trabalhando. Foi uma besteira que cometi neste ano. Não devia ter aceitado a sugestão deles. Tudo isso me trouxe uma série de problemas, os quais tive que tentar resolver num sábado, mas que se estenderam para o resto do ano.

O Companheiro estreou depois de muito ensaio e muita pegação de pé minha e o resultado foi ótimo. Fiquei muito feliz. No Artur de Queirós, porém as coisas não andavam nada bem. Irresponsabildade por parte dos alunos, falta de interesse e displicência com a arte. Isto eu não admito. Depois da estréia de um exercício para arrecadar fundos para a montagem que tinha quatro pessoas na platéia eu decidi que não poderia levar aquilo adiante. No dia seguinte, após outro fiasco de público e a falta de duas atrizes, resolvi abrir o jogo e me desligar do grupo.

Na segunda-feira, ao ir à escola conversar com a diretora, houve uma tentativa por parte deles de me fazer voltar atrás, mas eu sabia que não adiantaria. As coisas seriam sempre daquela forma. E a diretora, que inicialmente me apoiou em uma série de coisas, inclusive na inscrição para o Festival, começou a mudar seu discurso. Falou que queria apenas aulas de teatro e não um grupo de teatro dentro da escola. Não foi isso que ela havia me dito no início do ano. Pior ainda do que isso foi me colocar contra os alunos colocando diante deles minha honestidade como homem e minha capacidade como educador. Saí de lá convicto da minha decisão, mas abalado pelas palavras daquela bruxa.

No mesmo dia, fui acolhido pela Bernadette, que me disse que eu poderia montar um grupo lá dentro da escola para a montagem do Pimienta, que já estava escrito. E foi aí que recrutei os meus heróis. Todos eles deram o sangue e fizeram daquele trabalho em desafio. Tudo estava praticamente pronto, quando três dias antes da filmagem para enviar para o Festival, uma das atrizes sofre um acidente. Cheio de tristeza pelo ocorrido mas com a consciência de que eu tinha que resolver a situação, convidei a Rô, que aceitou o desafio e participou do ensaio na segunda e já fez a gravação na quarta. Durante este tempo, ou um pouco antes, não me lembro, conheci a doutora Sônia, que me cedeu o espaço do Instituto Viver para os ensaios do peixe vivo e para a temporada e me convidou para ser o diretor cultural do instituto. Mas estávamos correndo contra o tempo para deixar as coisas prontas com o Gran Circo Pimienta.

Mais ou menos neste momento, fui assistir à peça da Robi, Fora do ar. Lá ela cantava muito em cena e percebi que ela estava cantando para mim. Já andávamos ensaiando uma volta, mas naquele momento, fiquei muito emocionado e, após sairmos e eu chorar nos braços dela, reatamos nosso namoro da forma mais linda possível.

A partir da inscrição no festival foram dias de angústia até o telefonema que sondava nossas possibilidades de participação. Mas ainda assim, o resultado só saía na quarta, e mesmo assim demorou a sair. Quando abri o site, e vi o nome do grupo, soltei um grito de alegria e de raiva ao mesmo tempo. Estávamos selecionados. Agora eles, da outra escola, que se mordessem. A partir daí o ritmo de ensaio se intensificou e se tornou bastante cansativo. Grande Parte do elenco era também do grupo de terça e quinta, o que os fazia ensaiar e estudar texto, personagem e escrever para o outro grupo durante cinco dias por semana.

Mas valeu a pena. A peça estreiou no dia 25/10, dia da Feira Cultural da Escola. Naquele dia, senti que a peça estava abençoada. Na semana seguinte era a viagem para Belo Horizonte. Ainda não tínhamos conseguido o ônibus e conseguimos as 45 minutos do segundo tempo. O cara que nos cedeu o dinheiro para o transporte era muito poderoso e deu a quantia como se estivesse dando um caixo de bananas.

Enfim havia chegado a hora de ir para Bh. A viagem foi uma delícia, tanto o percurso, quanto a estadia. A apresentação poderia ter sido um pouco melhor, mas ainda assim fiquei muito contente. Tomei mate-couro à vontade, apresentei no Galpão Cine Horto, espaço do maior grupo de teatro do Brasil, todos eles se comportaram muito bem. Todos os mineiros elogiaram muito o espetáculo. Enfim, foi uma maravilha.

Voltando para cá, realizamos a temporada, que foi um sucesso. O núcleo 1 (terça e quinta) demosntrava sinais de desgaste bem como o Peixe Vivo. Alguns assuntos no Peixe Vivo me magoaram e em preocuparam, o que me fez antecipar as férias do grupo para que pensassem "na vida". O pessoal do núcleo um demonstrava certa falta de interesse e alguns alunos prejudicavam o andamento dos ensaios. Estava difícil trabalhar.

Fomos para a cerimônia de premiação e o resultado foi maravilhoso. Seis prêmios e onze indicações. O melhor: ganhamos melhor espetáculo e iríamos para Minas novamente para uma temporada num teatro de BH. Melhor impossível. Ao retornar para cá, fiz uma surpresa para os integrantes do grupo, que não sabiam qual tinha sido o resultado. Foi também um momento muito especial.

O ano estava acabando. Só faltava fechar as notas e estreiar o desktop, que estava muito atrasado. Trabalhamos muito e fizemos duas apresentações. Para mim, foi algo histórico. Pela primeira vez, integrantes do grupo assumiram a missão de escrever a peça, e o fizeram muito bem. A estética também está ótima. Aliás, acho que foi a encenação mais criativa dentra as poucas que já criei. O final de ano ainda me reservou uma nova possibilidade de trabalho e a apresentação dos alunos do Luiz Blanco, que embora simples, agradou muito a comunidades escolar.

Agora estou eu aqui, descansando e cuidando do Duque, cachorro da Robi. Estou também fazendo muitos planos. Mas isso é assunto para o post de amanhã chamado PERSPECTIVA 2009.

Duvido que você, que começou a ler tenha lido tudo, mas se leu, parabéns. Eu mesmo, confesso, chegou uma hora, não aguentava mais escrever. Para ver como eu tive um ano movimentado e muito melhor do que o anterior.

É isso aí. Faltam poucos minutos para a virada e minha ceia já está na mesa. FELIZ 2009!




domingo, 28 de dezembro de 2008

PERSONALIDADES - 2008 PARTE 3 - FINAL

Olá, pessoas! Neste post vou escrever sobre o ano, seus acontecimentos e suas personalidades não em âmbito restrito à minha vida, mas em caráter mais amplo, procurando falar aqui sobre o Brasil e o mundo. Esta análise é uma análise subjetiva. É apenas o meu olhar. Não tenho nenhuma intenção de produzir um post jornalisticamente relevante. Todos podem e devem discordar. Coloquem suas opiniões nos comentários. Caso haja algo interessante ou que mereça ser publicado, publicarei aqui. Vamos lá!


MELHOR MOMENTO NO ESPORTE:

Medalha de ouro de Maurren Maggi no Salto em distância nos jogos olímpicos.

PIOR MOMENTO NO ESPORTE:

Queda de Diego Hipólyto no último salto da prova de solo.

MELHOR PROGRAMA DE TV:

Cqc

PIOR PROGRAMA DE TV:

(Páreo duríssimo) Balanço Geral

MELHOR MÚSICA:

Cidadão de papelão (Teatro Mágico)

PIOR MÚSICA:

Dança do Crew

ACONTECIMENTO MARCANTE (POSITIVO):

Eleição de Barack Obama

ACONTECIMENTO MARCANTE (NEGATIVO):

Enchente em Santa Catarina

CRIATURA ESQUISITA:

Doutor Marcelo (ex BBB)

AMIGOS DO DEMO:

Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá
Lindenberg Alves
Policiais que feriram e mataram uma porção de inocentes

MELHOR ATLETA:

Michael Phelps

PIOR ATLETA:

Ronaldo (Fenômeno)

MELHOR FRASE:

"A mudança chegou à America" - Barack Obama

PIOR FRASE:

"Eu achei que eram prostitutas." - Ronaldo, após sair com três travestis.


NÃO POSSO DEIXAR DE CITAR DE FORMA ESPECIAL A SAPATADA QUE O SR. GEORGE W. BUSH QUASE RECEBEU DE UM JORNALISTA IRAQUIANO.

"AQUI ESTÁ O SEU BEIJO DE DESPEDIDA, SEU CÃO!"

FECHOU O ANO COM CHAVE DE OURO. SÓ SERIA MELHOR SE O SAPATO TIVESSE ACERTADO


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PERSONALIDADES - 2008 PARTE 2

Se você não leu a primeira parte, consulte o post abaixo.

Continuando...

Melhores personagens (Masculino e Feminino)
Obs: Refiro-me nesta categoria apenas aos personagens das peças que eu escrevi e dirigi. A escolha do personagem não está completamente ligada ao trabalho do ator, embora este influencie o mesmo. Ou seja: Esta categoria não está escolhendo o melhor ator/atriz. Este tipo de escolha é de certa forma muito complicada e não tratarei deste assunto aqui.
MARQUINHO SATÃ (O companheiro) , D. OVÍDIA (Gran Circo Pimienta) e BIA (Uma árvore - ainda em processo)

Marmita de ouro
(Para a pessoa que levou as maiores "comidas"; as broncas mais dolorosas e/ou merecidas)
ANA CLARA (Grupo Faz-me rir)

Cena Bizarra
(Acontecimento/cena mais engraçado e absurdo em aulas, ensaios ou no dia-dia)
LUIS EDUARDO e RONAM TOGUCHI
(Pela trombada no ensaio do Gran Circo e pelas movimentações da música Formidável Mundo Cão)


Cena Surreal
(Cena/momento mais inacreditável do ano. Coisas que se eu contar na rua, ninguém acredita)
PEIXE VIVO (CASO DE POLÍCIA)
(O Grupo Peixe Vivo movimentou o sábado da Rua do Centenário, na Vila Bastos, Sede do Instituto Viver, quando durante um exercício, os vizinhos pensaram que estava havendo um sequestro. Conclusão: 5 viaturas e 30 policiais fecharam a rua para nada. Nem os policiais acreditaram)

Momento eterno
(Ou que eu gostaria que fosse)
CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO DO FETO2008

Anjo sem asas
(Pessoa que não existe. Não é possível tanta bondade numa pessoa só)
DRA. SÔNIA ALVAREZ
(Cedeu o espaço do Instituto Viver para o Grupo Peixe Vivo ensaiar e fazer a temporada do ano que vem)

Lágrimas nos olhos
(Momento que me fez chorar)
QUANDO A ROBI CANTOU PRA MIM NA PEÇA E DEPOIS CANTOU NO MEU OUVIDO

Melhor Presente
ESPAÇO DO INSTITUTO VIVER CEDIDO PARA O GRUPO PEIXE VIVO

Ponta firme
(Pessoa que menos faltou aos ensaios)
Luis Eduardo

Cantinho maravilhoso
(Lugar que eu conheci que nunca será esquecido)
GALPÃO CINE HORTO
(Espaço do Grupo Galpão, um dos melhores ou quem sabe o melhor grupo de teatro do Brasil)

Maior Conquista
11 INDICAÇÕES E 6 PRÊMIOS NO FETO

Ursinho de pelúcia
(Pessoa muito fofa)
CAROLYNE NONATO - Teatroteca - Luiz Blanco

"Sacode a poeira e dá a volta por cima"
GRUPO PEIXE VIVO

PÉROLA DAS PÉROLAS
(A maior besteira dita ao meu redor)
ESSA É MINHA: Eu, comendo um lanche lá na pista. Peguei um catchup e coloquei no lanche. Quando eu mordi, soltei esta preciosidade "HUMMM, CATCHUP PICANTE!" ERA PIMENTA


AMANHÃ TERMINAREI O "PERSONALIDADES" COM UMA REFLEXÃO SOBRE O QUE ACONTECEU NO BRASIL E NO MUNDO.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

PERSONALIDADES 2008 (Parte 1)

Neste post, vou trazer de volta uma coisa que fazia quando dava aulas no Estado. O prêmio PERSONALIDADES 2008. Uma forma de deixar registrado o que aconteceu de melhor e de pior tanto no meu ano quanto no mundo. Vou dividí-lo em duas ou três partes. Vamos lá!

TURMINHA LEGAL 
(a sala mais legal do ano)
7º ano do Colégio Central Casa Branca

ÁGUA DE SALSICHA
(Sala mais sem graça) 
9º ano do Colégio Central Casa Branca
(Muito apática. Com a entrada da Rô houve uma pequena melhora, mas ainda assim, não deu)

MALA SEM ALÇA 
(O mais chato) 
Douglas (Dodô)

BORDÃO DE OURO 
(Frase repetida muitas vezes que ficará para a história)
"Nath, um pouco mais de volume!"

APLAUSO DE PÉ
(Melhor espetáculo)
Fora do ar - Crônicas de uma caixa de sonhos

MEIA PALMA E UM INCENTIVO
(Espetáculo mais chatinho)
Tudo por culpa da maçã

P.P.T.O.
(Pau pra toda obra) 
Diego Souza

PÉ NA BUNDA
(Pra quem mereceu)
COLÉGIO ARTUR DE QUEIRÓS 
(Eles sabem quem e por quê)

CONJUNTO DA OBRA
(Pessoa que pela soma de atributos e atitudes teve uma conduta impecável)
HELOÍSA BUENO

CACO DE OURO: 
(Caco mais inteligente utilizado em cena)
Renato Mendes como MARQUINHO SATÃ: 
"A pior coisa de estar preso é que todo mundo sai de cena e você tem que ficar."

COCÔ FEDORENTO
(A maior cagada do ano)
BELISCÃO NO PEITO - TOGUCHI

ME EMPRESTA UMA BORRACHA?
(Acontecimento que eu gostaria de apagar)
ATROPELAMENTO DA DANI

SAPATADA 
(Pessoa que, como o Bush, merecia ter recebido uma)
Íris (A.Q.)

MONTANHA RUSSA
(Pessoa que me levou para altos e baixos. Muito alto e muito baixo)
Rô (minha filha)

ÔM
(Pesssoa com quem eu tive que ter muita paciência)
LUCAS PROENÇA

FILHO PRÓDIGO
(Quem foi, mas felizmente voltou)
KELLY FRASNELI

PEITO NO ASFALTO
(Pessoa que ralou demais durante o ano.)
RONAM TOGUCHI
(Muito texto pra estudar)


POR ENQUANTO É SÓ. AINDA HOJE, OU TALVEZ AMANHÃ, PUBLICAREI OUTRAS PERSONALIDADES E PRÊMIOS. AINDA POR VIR:

 "PÉROLA DAS PÉROLAS"

"MELHOR PERSONAGEM" (DIFERENTE DE MELHOR ATOR)

"MELHOR CENA"

"PIOR CENA" 

"ACONTECIMENTO MARCANTE"

'MOMENTO LÁGRIMA NOS OLHOS"

E MUITO MAIS. 

VOCÊ NÃO PERDE POR ESPERAR! 

DEIXE SEU COMENTÁRIO!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O COMPANHEIRO



Um espetáculo que tratava da relação do indivíduo com o telefone celular. Um advogado corrupto, uma patricinha falida, uma operadora de telemarketing e um presidiário, todos eles com algo em comum, sua relação com o celular. A peça relatava situações engraçadíssimas, que beiravam o non-sense, mas se aproximavam muito do real. Por exemplo: A patricinha que tenta por um milhão de vezes cancelar a conta do celular ou um presidiário realizando golpes do sequestro pelo telefone. Era identificação na certa. Quem nunca recebeu um golpe, ou uma tentativa de golpe pelo celular ou ficou um tempão sendo enrolado por uma operadora de telemarketing?

Sem sombra de dúvida, o meu maior desafio como diretor este ano. Um grupo completamente diferente de todos aqueles com os quais tinha trabalhado. Eram poucos, tinham algumas dificuldades, não agiam como grupo e uma série de outras coisas. Uma turma bastante difícil de se trabalhar. 

Qual seria o caminho mais fácil? Escolher um texto, fazer o estudo e montá-lo. Escolhi justamente o caminho mais difícil. Iria escrever com base no material trazido pelo elenco. Muitas vezes me perguntei: que material? O material aparecia de forma bastante escassa, mas com o tempo passou a aparecer. O tema era interesante,  mas muitas vezes pensei ter errado na escolha, pois estava difícil "parir o texto toto". Mas finalmente o parto aconteceu e, aos poucos, com muita bronca (quando digo muito é muita mesmo) o espetáculo nasceu, com um resultado bastante satisfatório. Durante a temporada, me divertia muito assitindo. 

Além de tudo isso, este espetáculo me trouxe um presente. A loirinha baixinha à esquerda na foto. Quando digo que foi um presente, muitos de vocês não entenderão, mas no primeiro dia de aula esta menina queria desistir do teatro. Com muito custo, bota muito custo aí, consegui ajudá-la a acreditar em si mesmo e mostrar que era capaz de realizar um bom trabalho, desde que através de muito estudo e muita dedicação. Foi uma tarefa árdua e tive muitas vezes que ser mais duro que o comum, mas valeu muito, muito a pena. No último dia, recebi dela uma carta, que um dia transcreverei aqui. Só mesmo lendo para entender a emoção. 

Valeu muito a pena. E que venham outros!


terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Desktop, uma prosopopéia virtual.



Última peça do ano. Deu um trabalho danado. Se em interpretação, alguns dos meus jovens atores pudessem ter realizado um trabalho um pouco melhor, que será realizado com o tempo e a experiência, este espetáculo foi uma vitória e uma grande satisfação por alguns motivos.

1) Acho que até agora foi a encenação mais interessante que criei. A estética mais difícil e as soluções mais bonitas em termos de visagismo. A execução e os méritos dela são do meu amor. O conceito foi meu. Ficou lindo demais.

2) As dificuldades para levantar esta peça foram muitas. Dois alunos entraram no grupo e praticamente só trouxeram problemas para ensaiar. Ficamos com o tempo muito apertado para as tarefas de produção e para os ensaios. Mas tudo deu certo. Neste caso, grande parte dos louros vão para a minha baixinha Thaynara, que não mediu esforços, e dedicou-se exclusivamente só para este trabalho durante quase uma semana. Outros também merecem agradecimentos, mas ela, mais do que qualquer um foi responsável pelo resultado e pelas máscaras. OBRIGADO, BAIXOLA!

3) Um fato histórico: Pela primeira vez, um grupo de alunos assume a tarefa de assinar a dramaturgia do espetáculo. Uma surpresa muito gratificante para mim. Os três responsáveis pela façanha: Ronam Toguchi, Caique Maciel e Nathalia Macedo. Esses três realizaram um trabalho bastante consistente e interessante, cujo resultado, me faz sentir muito orgulho. Parabéns e obrigado, meus fiéis escureiros.

ESPERO PODER VOLTAR COM ESTA PEÇA ANO QUE VEM.

Premiação do Festival




Uma noite emocionante e surpreendente. Um momento único na minha vida. Nunca imaginei um resultado deste tamanho. Indicações para todas as categorias do Festival e 6 prêmios. Inclusive o de MELHOR ESPETÁCULO. Cabe aqui uma informação sobre este momento. Depois dos 5 prêmios já ganhos até aquele momento, resolvi não esperar mais nada. Eliminei as expectativas da minha cabeça, ou tentei. No momento em que percebemos que fomos indicados, uma esperança dominou meu ser, mas procurei controlá-la, ou mostrar controle para os outros. No momento da abertura do envelope e quando ouvi a primeira sílaba, "Gran", em vez de gritar como fiz das outras vezes, fiz completamente o contrário. Abaixei minha cabeça sobre o banco da frente e fiquei lá durante uns 3 ou 4 segundos, até chamar todos para receber o prêmio comigo. Naquele momento eu realmente e definitivamente tive a certeza de que tudo, absolutamente tudo valeu a pena. Não só isso, eu tive a certeza de que tomei a decisão certa, largando um grupo que não merecia realizar este trabalho e que não daria o devido valor e ele. E mais uma vez agradeci ao meu elenco pela acholhida.

Ainda que eu conte tudo aqui, ninguém nunca imaginará o que eu senti.

Grupo Brinquedo Torto (Núcleo 2)



Toda esta turma foi realmente muito especial este ano. Se não fosse o apoio deles, a disposição deles e a confiança deles, meu ano não teria sido tão bom e não teria chegado ao final dele de alma lavada. Vocês são meus heróis.



MUITO OBRIGADO!

domingo, 21 de setembro de 2008

Descansar um pouco e refletir

Tirei a tarde e a noite do sábado e todo o domingo para descansar da maratona que estou vivendo e para relfetir sobre mim, minhas coisas e a morte da bezerra. 

ALGUMAS CONCLUSÕES: 

1.
A sorte é que eu gosto do que eu faço. Se eu não gostasse provavelmente já teria morrido. Para fazer as coisas que eu faço, com o envolvimento que eu faço, só tendo alguns pinos totalmente frouxos.

2. 
Cada vez mais acredito que tomei a decisão mais acertada no episódio Pimienta. Estou muito feliz e aconteça o que acontecer no futuro, tenho orgulho da galera que me apoiou e que acredita em mim, no meu trabalho e na minha postura. 

3.
Nem sempre o rótulo é o que importa. Às vezes vale muito mais uma marca desconhecida, imprevista, uma roupa comprada em brechó num momento de impulso do que algo certo, rotineiro, diário e burocrático. Muitas vezes, fazer o convencional com caráter de inusitado é muito melhor e o rótulo tira a beleza do desconhecido. Um brinde ao surpreendente, ao não-planejado, à noite fria de terça!

4. 
O momento de transição pelo qual passa o Grupo Peixe Vivo para a sede do Instituto Viver é um desafio pelo qual o grupo precisava passar nesta nova empreitada. Uma nova semente plantada num outro solo, mais fértil e promissor do que o primeira. E que assim seja!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Papo longo e bom como deve ser e outras cositas...

1.
Muito tempo, que foi pouco, pois passou rápido pela qualidade da conversa. Há tempos não batia um papo tão legal. Não pelos assuntos em si, ambos um tanto desagradáveis, mas sim pela troca de informações e conselhos e pela disposição em ouvir.
É muito bom ouvir histórias, porque percebemos que muitas vezes estamos reclamando de barriga cheia. É exatamente assim que eu estou me sentindo. Reclamando por nada, ou quase... Tendo em vista o que eu ouvi...
Estamos aí para o que der e vier e o que precisar ser feito. Nem que seja ouvir, viu! Conte comigo sempre. Sei que também posso contar!
Força, Ju! Boa sorte!
2.
Para a Anininha! (Que só vai ler depois da estréia)
Querida, estou muito orgulhoso de vc. Muito mesmo. Você não sabe o quanto cresceu nestes últimos dias. Você ainda pode muito mais. É só acreditar em você! Quando você acredita as coisas acontecem. Espero vc no BRINQUEDO TORTO para tomar mais bordoadas. Eu sei que você gosta! Te faz bem!
3. O CEGO
"Os operários trabalham. Não sei onde está o chão. A casa está mais bagunçada do que nunca. Encontrei um celular em baixo do travesseiro. Que número discar?Talvez por socorr. Alô, Emergência! Eu sou cego. Estou na minha cama, que deve estar muito alta, pois não encontro o chão. Tem uns operários trabalhando por aqui e eu estou preocupado porque eles andam fazendo muito barulho. O que? Você também? Não sabe que altura está a cama? Quantos operários? Demoliram a casa? Muito barulho? Não sabe o que fazer? Nem eu... Poxa vida, eu te pedindo ajuda e você precisando mais do que eu..."

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Sem inspiração

Quase quatro da manhã e não escrevi nada. Ou quase nada. Não posso dizer que a noite foi de toda perdida porque conversar com amigos pelo msn nos ajuda quanto estamos sem inspiração. Valeu, Ju! Valeu mesmo!

Tem uma cena que eu não consigo fazer sair e está travando todo o processo de dramaturgia! Droga!
Já que estou sem inspiração, vamos ao cego!


"Esta noite os operários passaram da conta. Não me deixaram dormir e passaram a madrugada inteira trabalhando. Pensei em ligar para a polícia para fazê-los parar de trabalhar. Mas estou na cama, que está muito distante do chão; tenho medo de descer. Mudaram a posição dos móveis, não sei onde está o telefone. Não adianta, não tenho celular. Sou um cego avesso a tecnologias. Não consigo nem pensar por causa do barulho. Os passarinhos não cantam, mas ao longe ouço música. Parece que há uma festa. Gostaria de participar. Mas estou na cama... Parece que ouço palmas lá fora. Ou será o trabalho dos operários? Não. Parece que me chamam. Talvez seja ajuda. Como descer da cama?"
Quem não tem cão, caça com gato, né? Não saiu o Pimienta, sai um pouco mais do cego...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Escrever...

Faz pouco mais de um ano que optei por assumir minha tendência à escrita. Uma hora é preciso voltar às origens, não é mesmo?


Desde que comecei a escrever as primeiras letrinhas do alfabeto, venho produzindo poemas, contos e crônicas e romances. É óbvio que olhando para trás e analisando a qualidade literária destes escritos fico rubro de vergonha. Felizmente não é qualidade que estou discutindo aqui hoje. Mas o fato é que entrei para faculdade de Letras porque gostava de escrever; comecei a fazer teatro por causa da poesia e pelo trabalho dos Trovadores Mirins. Acho que era inevitável. Uma hora isso ia acontecer...

Desde o ano passado resolvi me aventurar nas terras desconhecidas e selvagens da dramaturgia, ou literatura dramática. O pior é que gostei. Se bem que gostar não é a palavra mais apropriada. Digamos que eu gostei do resultado. O retorno do pessoal no dia da primeira leitura do Vermelho Esperança e depois o prêmio fizeram-me assumir este desejo e este compromisso de escrever peças para os meus grupos.

Como acabei de dizer, não sei se gostar é a palavra mais apropriada para o que sinto quando escrevo. Porque escrevo com uma certa angústia. Um certo medo, um certo desespero em cumprir os prazos que estipulo para mim mesmo e para os grupos. Isso às vezes dói um pouco quando olho para a tela do computador e vejo uma folha vazia esperando para ser preenchida e sinto minha cabeça tão vazia quanto a folha. Não é fácil este sentimento. Mas foi uma opção minha da qual não me arrependo. Muito pelo contrário, tenho orgulho disso. Mas na hora dá uma dor. Ver o tempo passando e sentir que falta pouco para o término do prazo também dói bastante, mas também motivam.

Todos são processos dolorosos e gratificantes: atuar, dirigir e escrever. Cada um com sua dor característica. Impossível precisar qual a dor maior. Mas creio que escrever é a dor para a qual eu estou menos preparado, embora seja entre todas a arte com a qual convivo a mais tempo. Curioso, não?
Mas simbora que o tempo está passando e mais uma madrugada de trabalho criativo vem aí. Antes, mais um episódio de O CEGO! Aproveitando a verdade a partir de agora para fazer ficção. Vamos ver no que dá:

"Acordei esta manhã com os cantar dos passarinhos. Mas ainda parecia escuro. Digo isso porque não senti luminosidade sobre meus perdidos olhos. Os passarinhos pareciam me chamar para fora, mas meus pés tinham medo de tocar o chão desconhecido da casa desarrumada. Minha vontade era a de sair correndo até lá sem medo do que pudesse acontecer, mas meus pés não encontravam o chão embaixo da cama. Tive medo de pular, pois não sabia a altura onde eu estava. Quando decidi descer, o cantar dos pássaros cessou. Não adiantaria mais sair da cama. Ainda não sei a altura. Tenho medo de pular. Será que amanhã voltarão? Terei coragem de pular? Droga! Acabaram de voltar os operários..."

terça-feira, 22 de julho de 2008

Resposta...

Caiu em minha caixa de e-mail um comentário, que foi excluído, mas que merece resposta.

Estou falando de pseudo-artistas, ou artístas muito ruins. Nunca diria isso de você e de seus textos. Mesmo se fossem ruins e tivessem graves erros, o que não acontece. São bons, são dúbios, são metafóricos e às vezes incomodam como as obras de arte o fazem. Nunca faria isto, não publicamente, não dessa forma. Isso não tem a ver com seus textos. Você está no caminho e adoro ler os seus escritos, embora me instiguem, incomodem, até preocupem ás vezes. E quero continuar vendo, me instigando...

Percebe como às vezes é difícil entender completamente um texto metafórico? É como se jogássemos batalha naval. Muitas vezes os tiros são na água. Quantos tiros a água já não dei...

Mais uma dose de metáfora:

O cego está sozinho. Não há para quem dar a mão. O cachorro fugiu, a arrumação sumiu, aparentemente. Não há sequer outro cego por perto. Os operários seguem trabalhando, mas são surdos. Não há como estabelecer contato. Ao longe ouve-se música, mas ao longe, talvez uma festa. Os operários seguem trabalhando. Talvez estejam cantando, mas são surdos. Parece que também mudaram o caminho até a casa. Acho foram os operários. Pedir informação para eles? Os operários são surdos. Sabem porque trabalham, mas nunca respondem. Nonguém sabe, só o dono, não eu... Ouve-se música ao longe. Onde está meu tato? Sei que há música ao longe, e os operários trabalham, mas não adianta perguntar. Eles nunca respondem. Creio que não é à toa que mandaram operários surdos para a obra, dono sacana. O cego sente o desabrochar da flor. Talvez seja a primavera, mas ainda é frio. Mas onde está meu tato? Há música tocando ao longe, os operários trabalham sem responder. Quando vai terminar a obra? Informações em braile. Mas onde está meu tato?Os operários são surdos e não vejo a cor da flor. A música lá fora continua..."

Quem passou por aqui? Passou alguém? Não vi. Estou cego...

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Raciocínio abstrato, quem sabe...



Começo neste instante a fazer uma descarga de emoções, pensamentos e raciocínios abstratos sem qualquer intenção de torná-los, ou não, literários. Quanta gente por aí se acha capaz de produzir obras primas se coloca como o tal e produz textos fracos, pobres, com rimas horríveis, quando há e imagens pobres, quando existem? Pior, cometem graves erros de ortografia. E olha que de purista eu não tenho nada, mas certas coisas dão dó. Realmente dão dó.



Nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Não sou nem Machado de Assis nem Paulo Coelho (perdão aos fãs), não tenho a intenção, pelo menos aqui, de produzir bons textos. Na verdade ninguém vem aqui, desta forma, estaria dando pérolas aos porcos. Por isso, quero usar este espaço para meus raciocínios abstratos. Quem sabe isso não me faça bem. Afinal, preciso soltar a criatividade porque daqui a pouco eu inicio mais uma maratona de dramaturgia do GRAN CIRCO PIMIENTA. Ali sim tenho de arrebentar. Mas por enquanto o negócio é aqui.



Um cego se guia dentro de casa pela posição dos móveis. Decorar a posição deles é caminhar tranquilamente pelo espaço, seja ele qual for. Sou cego e estão mudando a decoração da minha casa. A decoração pode ficar mais bonita, mais funcional, mas aconchegante. Mas como é que vou dar alguns passos dentro do recinto? Principalmente os primeiros... Justo eu, que sou cego. Sempre tive medo de dar o primeiro passo em ambientes desconhecidos. Quando saio à rua, é acompanhado de meu cachorro. Onde está o cachorro? Ah, sim! Está debaixo da cama... Mas mudaram e posição dos móveis. Onde é que está a cama? O quarto está mais longe. Me guiar pelo som? Pelo latido? Há muitos operários trabalhando no recinto. O barulho está grande... Falar com eles? Não posso... São todos surdos... Quando virá a primeira topada?




domingo, 20 de julho de 2008

Frases que de alguma forma fazem algum sentido

"Ah troço de louco,
corações trocando rosas
e socos"

Paulo Leminski

"E se eles querem meu sangue, terão o meu sangue só no fim
e se eles querem meu corpo,
só se eu estiver morto,
SÓ ASSIM"
Letra do Cidade Negra

"There´s a hero if you look inside your heart
You don´t have to be affraid of what you are"

"Lord knows, dreams are hard to follow,
but don´t let anyone tear them away"
"Hero" Mariah Carey

"It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
(...)
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen"
Your song - Elton John


Num momento em que as pessoas estão buscando caminhos e alternativas para a solidão, a dança é a grande resposta. Quem dança é mais feliz, disso não tenho dúvidas!”
Jaime Arôxa

"?Grande Resposta... ?"
Estou percebendo que é verdade.

"Na mudança de postura a gente fica mais seguro,
na mudança do presente, a gente molda o futuro!"
Até quando? - Gabriel o Pensador

quarta-feira, 16 de julho de 2008

De férias, até a página 2

Mais uma vez eu aqui, de férias, até a página dois, descansando escrevendo e dirigindo. Pode parecer estranho, mas estas são as minhas férias. Dormindo super tarde porque é de madrugada que gradativamente o GRAN CIRCO PIMIENTA vai nascendo, acordando quase às 13:00 ou mais, e em ensaios frenéticos do espetáculo O COMPANHEIRO, que estréia dia 02/08.

Assim sou eu, um cara que desncansa trabalhando e que não desliga nem quando está desligado. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, mas isso é Varlei Xavier. Não há muito o que fazer em razão disto.

Recentemente conheci um pessoal gente finíssima. O pessoal da Escola de Dança Jaime Arôxa Unidade Liberdade. Estou dando aulas de teatro para este pessoal que dança muito e que dá inveja quando vejo eles dançando. Daqui até Março, todos os domingos, pego um trem e um metrô ouvindo mp3 pelo celular até chegar ao bairro nipopaulistano onde está a escola. Mais um trabalho desafiador. E lá vamos nós!

Gran Circo Pimienta armando a lona. Estou entrando num período de crise. Estou com dificuldade para subir alguns mastros e colocar a lona em ordem, mas vai ficar bonito. Quem tem visto a armação da lona tem gostado. E é assim que vamos...

O coração anda confuso. Mais confuso do que nunca... A vontade de jogar tudo pro alto, esquecer, sumir pra marte sem data de volta se confunde com carência, saudade, vontade de estar perto, de ouvir e falar demais... Algumas irritações, muito, carinho, palpitação no coração, vontade de me desprender, ou me prender de fazer qualquer coisa que não seja ficar como estou. Queria mesmo era tocar um "never mind" e partir pra outra. Mas quem diz que é fácil.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Com a mão na massa, com a faca e o queijo na mão

Férias merecidas. Descanso necessário. Saudades do Brinquedo Torto, Cia Flicts, do Grupo do Luiz Blanco e do processo com o Peixe Vivo, que está em atividade sem mim, sob os cuidados de minha pupila Pâmela. É importante saber a hora de parar, descansar e dar uma respirada. Afinal, parar depois que o estresse chegou não vale a pena.

E aí, vem a pergunta aparentemente óbvia: Descansando muito? De papo pro ar?

Ledo engano. Em plena atividade. Férias com a mão na massa, com a faca e o queijo na mão.

O trabalho com o Faz-me rir (Grupo da ENT) está a todo vapor, já que a estréia é dia 02/08. Os ensaios se intensificarão a partir dos próximos dias. Além disso, acabei de terminar a dramaturgia de O COMPANHEIRO, peça do Faz-me rir e já estou mandando brasa no Gran Circo Pimienta, da Cia Flicts. É um texto difícil de escrever, mas está muito prazeroso. Até agora é meu maior desafio dramatúrgico, mas acredito estar me saindo bem. Tenho ainda alguns dias para trabalhar. Até o final do mês e das férias, mais especificamente falando.
Isso talvez fosse o suficiente, mas não me contento com pouco. Neste domingo, acabei de começar um novo trabalho deveras desafiador: Assumi um novo grupo, formado por dançarinos da escola de dança de salão do Marco Kina, filiada à escola de Dança Jaime Arouxa, na Liberdade, em São Paulo. Vou montar um espetáculo com um grupo de dançarinos que desejam melhorar a expressividade ao dançar. Um grupo só de adultos. Baita desafio para mim, que estou acostumado e completamente à vontade no meio de um monte de pestinhas, pelos quais sou loucamente apaixonado. Basta? Não. Hoje acabei de receber mais uma proposta de trabalho. Um outro grupo, também formado por adultos, cujos detalhes revelarei logo logo, caso dê certo.
Agora sim está bom. Ou seja: Férias até a página dois. Trabalhando muito, mas com a devida dose de descanso e preguiça, saudáveis no mês de julho (com este frio). Tenho tudo para me dar bem nas coisas que estou fazendo. É só cortar o queijo direitinho e trabalhar a massa direito deixando-a no ponto. E que assim seja!














Foto de Gran Circo Pimienta - Espetáculo da Cia. Flicts - Aguardem!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Depois de um longo período muita coisa para dizer


Quando uma pedra rola do alto da montanha, normalmente ela não vem sozinha. Traz consigo outras pedras menores, pode bater numa outra pedra até maior e, com a força da queda, derrubar outras pedras ainda mais pesadas. Não sou conhecedor de geologia, de física nem de porcaria nenhuma. Mas acho que é assim que ocorrem as avalanches!


Uma pedra rolou da minha vida e com ela muitas coisas desceram morro abaixo. O que ficou em cima eu ainda não sei. Também não sei o que ficou no meio do caminho. Sei que quando pedras rolam, muita coisa acontece, muita poeira sobe.


Pois bem... Neste grande rolar de pedras dos últimos dias, muita poeira subiu e trouxe com ela um sentimento que há tempo eu não sentia: RAIVA! Quando fiz o DESENVOLVIMENTO E LIDERANÇA no Rio, descobri que a raiva é um sentimento destrutivo, que pode ser bom ou ruim dependendo da situação.


Um ser humano movido por raiva pode fazer muitas coisas dentre elas coisas boas e ruins. Estou com raiva de muita coisa, de algumas pessoas e muitas situações. Espero usar esta raiva para destruir o que há de ruim, assim como fiz no DL.


Ninguém vai me fazer deixar de sonhar e realizar! Meus sonhos são tudo o que eu tenho e lutar por eles me torna uma pessoa melhor. Sempre foi assim. Sonho alto sim. Que sonha baixo ou não sonha é porque não tem perspectiva.


Não sou o dono da verdade. Pelo contrário. Mas verdade nas coisas que digo e falo sempre existe.


Ninguém vai me fazer acreditar que eu não sou "a pessoa correta." Sou o cara dos sonhos de muita gente e isso não sou eu quem diz. Muita gente ao meu redor acha isso!


Não me arrependo da minha honestidade. Não me arrependo de ser trouxa e contar coisas que talvez ninguém contasse. Minha consciência e meu nome continuam limpos. Ninguém pode dizer nada de mim.


Não sou moleque, não sou mal informado, não sou burro. Sei muito bem o que estou fazendo.





terça-feira, 6 de maio de 2008

1º Ano (Sociedade dos Poetas Mortos)


Sociedade dos Poetas Mortos é um filme maravilhoso em que um professor de literatura interpretado pelo incrível Robin Wiliams procura mostrar a um grupo de alunos uma nova forma de encarar a literatura:
"Palavras e idéias podem mudar o mundo. Não lemos ou escrevemos poesia porque é bonitinho, mas sim porque pertencemos à raça humana, que está repleta de paixão. Medicina, direito, engenharia, são profissões importantes para a vida; mas amor, poesia´, romance, é para isso que estamos vivos. Eu quero sugar a essência da vida, para que quando a morte chegar, eu não perceba que eu não vivi."
Novamente a relação do professor com seus alunos é muito intensa e apaixonada. Os alunos o chamam de "Oh, Capitão, meu Capitão!" em referência a um poema de Walt Whitman. O grupo de estudantes acaba aprendendo que nem sempre se consegue o progresso através da ordem, passa a aprender a sugar a essência da vida e a partir daí passa a viver a vida de forma mais intensa. Mesmo que seus pais e seus professores não entendam isso. Obviamente não vou contar o final do filme. Assistam, pois é muito emocionante.
Por que compará-los com este filme?
O instinto transgressor dos jovens daquele grupo está presente nesta turma, bem como toda a sensibilidade para a literatura e a ânsia de viver intensamente cada momento da vida e usufruir em sua plenitude de todas as emoções sejam elas boas o ruins. A valorização dos sonhos pessoais em detrimento à vontade dos pais em relação ao futuro também é fator presente dentro de algumas mentes e seus respectivos corações.
A relação professor-aluno também é bastante parecida. Normalmente nos divertimos muito em aula, assim como acontece na foto acima. Nos momentos de leitura de poesia, a sala observa e ouve atenta, sensível e interessada, inclusive se emocionando algumas vezes.
Creio que ganhei um grupo de alunos para a literatura. Aliás, por eles nem haveria aula de língua portuguesa, apenas liteteratura. Isso é ótimo para mim. Fico muito, mas muito feliz. Acabo me sentindo um pouco "Oh, Capitão, meu Capitão!" assim como o Mr. Keating.
Quem quiser conhecer um pouco melhor a sensibilidade da turma é só acessar o blog deles;
AMANHÃ, NOVA SALA! NOVA COMPARAÇÃO!
COMENTEM!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Carrossel (7º ano)

INICIO HOJE UMA SESSÃO DE HOMENAGENS ÀS MINHAS SALAS DO COLÉGIO CENTRAL CASA BRANCA. NESTAS HOMENAGENS, FAREI ALGUMAS COMPARAÇÕES DAS SALAS COM SERIADOS, FILMES E NOVELAS CONHECIDAS DOS TEMPOS DE HOJE OU DO PASSADO.
COMEÇANDO PELO 7º ANO, O QUAL COMPARO À NOVELA CARROSSEL, DE 1989.



Tinha de nove para dez anos quando esta novela estava no ar e confesso que não perdia nenhum capítulo. A novela contava a história da segunda série da Escola Mundial e da Professora Helena. A turma, apelidada de Santos Diabinhos pelo porteiro da escola, era encantadora embora bastante agitada e bagunceira. A professora tratava os alunos com tal carinho e dedicação que todos eram completamente apaixonados por ela. Havia momentos de grande emoção, de humor e fazia com que nós, crianças da época, refletíssemos sobre nossa postura em sala de aula e com nossos amigos. O sonho de todo aluno era ter uma professora como aquela, que não media esforços e fazia das tripas coração para ajudar seus alunos no que quer que fosse.
POR QUE COMPARAR CARROSSEL AO 7º ANO?
Os alunos desta sala são tão ou mais agitados que os alunos da Professora Helena. E são encantadores como eles. Difícil não se apaixonar por aqueles olhinhos lindos, brilhantes, loucos de vontade de aprender, de ouvir, de perguntar. Muitas vezes também, estes mesmos olhinhos derramam lágrimas como aqueles também o faziam. A professora buscava ser o mais carinhosa possível sem deixar de ser rígida quando necessário. A relação da professora com seus alunos é muito parecida com a que eu tenho com a sala. Antes de escrever este post, revi uns vídeos da novela no youtube e me emocionei. Reparei também que a figura da Professora ficou gravada de alguma forma no meu inconsciente e sem querer, acabo reproduzindo coisas boas aprendi assistindo a novela. Enfim, o 7º ano é lindo como eram lindos os alunos da segunda série da escola mundial.
NOVA SALA AMANHÃ. NÃO DEIXEM DE ACOMPANHAR!
COMENTEM!

domingo, 6 de abril de 2008

Como explicar o inexplicável?

Demorei muito para postar novamente não por não saber o que escrever, mas sim por não saber como escrever. É tanta alegria e felicidade e é tudo tão inexplicável que, pleonasticamente falando, fica difícil de explicar. Meus sonhos a cada dia mais reais. Tanta coisa boa acontecendo. Quanta gente importante ao mesmo tempo, quanto aprendizado, quantos desafios... Tanta coisa...


Sinto novamente o que é ser um professor de verdade. A cada dia que acordo fico feliz por saber que há pessoas esperando ansiosamente pela minha aula. E sei que não é demagogia. É sinceridade. Sou recebido todos os dias com abraços e beijos carinhosos. Uma recepção calorosa, digna das pessoas mais importantes da terra. É assim que tenho sido tratado ultimamente. E é assim que procuro também tratar cada um desses alunos. Acho que isso tem feito a diferença.


Novamente me sinto útil, importante, realizado, vejo resultados naquilo que faço e isso me deixa mais e mais motivado. Isso sem contar o inexplicável o o indescritível. Certas coisas são incrivelmente inexplicáveis. Por exemplo: Bater o sinal e dez alunos correrem para te segurar dizendo: "não, você não vai sair..". É absurdamente indescritível a sensação...


Como explicar o que acontece no BRINQUEDO TORTO, Na CIA FLICTS ou no PEIXE VIVO? Como explicar o que sinto eu, o que sentem eles? Como descrever um arcabouço de emoções que não encontram nomenclatura nos dicionários? Como descrever coisas que existem só dentro da gente e que nem a gente mesmo entende, só sente que é bom e que quer isso para a vida toda? Acho que não dá, nem é saudável encontrar palavras para essas coisas. Ficaria humano em demasia. Tudo isso é divino demais para ser descrito em palavras. A palavra é muito limitada. A nós, pobres mortais, só nos cabe sentir, o que, diga-se de passagem, já é divinamente bom.


O que posso fazer é agradecer. OBRIGADO, ALUNOS, AMIGOS, CASA BRANCA, BRINQUEDO TORTO, ARTHUR DE QUEIROZ, CIA FLICTS, PEIXE VIVO, POESIA (EM BREVE DE VOLTA) .

Minha felicidade é ter vocês comigo!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sobre fofas, msn, literatura, poesia e muito mais....

Tem pessoas e coisas que realmente fazem a vida valer a pena:

Quer coisa melhor do que ensinar pra pessoas que querem aprender? Poucas coisas no mundo se comparam a falar pra quem quer ouvir, a alimentar quem tem fome, a dizer poesia pra quem tem coração, ouvido e alma sensível. Quando isso acontece, a gente se sente útil na vida. E não como um imbecil que está tentando falar pra um monte de gente que não quer ouvir. É como dar comida na boca de criança quando não está com fome. Quantas vezes tive que imitar aviãozinho e nada, nada de quererem abrir a boca. Até que chega a hora em que a gente encontra gente com fome, que abre a boca, o ouvido e o coração. Isso faz a gente assumir qualquer risco, acordar cedo sem preguiça, ou com menos do que o normal. A gente fica com um gás danado. A adrenalina vai lá no alto. Isso é bom demais. Pra qualquer professor isso já bastaria...
O problema é que não me contento com pouco. O que é o máximo para alguns, para mim é só o começo. Professor também é gente, adora falar besteira, jogar conversa fora, dar risada de merda nenhuma e ficar horas no msn. Eu pelo menos sou assim, adoro bater papo. Principalmente quando as companhias de net são as mesmas companhias agradáveis de sala de aula. Aí fica melhor ainda. Quer mais? Evito tocar no assunto das matérias para não parecer chato, mas a fome de saber é tão grande que as perguntas, os comentários aparecem e como gosto pouco de literatura, o que era aula vira a melhor coisa do mundo: bate papo sobre arte. Quase que um sarau. É pra qualquer um rir uma semana sem parar...
Felicidade pouca é bobagem. Mais que isso: o papo ganha em conteúdo, vira mesa de boteco, bate-papo de artista que mistura coisas úteis, fúteis (altamente necessárias, pois sem elas ficamos uns chatos), conversa pessoal, contação de histórias e causos mostra de vídeos bestas do youtube pra rir, jogar conversa fora, matar o tempo e aproveitar a vida. Quer coisa melhor?
Não bastasse isso. Todos esses presentes, essas pessoas que são presentes em forma de pessoas, recebo um presente daqueles que eu mais amo: UM POEMA! Pô, fala sério: O que dizer? Agradecer? Pouco. Gritar? Desnecessário. Chorar? Insuficiente.... Pois é, como professor de português, cientista da língua, sem a função dos palavrões. Se eles existem, é pra momentos como esse. Só não vou colocar aqui porque este é um blog de um "professor sério", que não conhece uma sequer palavra de baixo calão. O problema é aguenta, segurar pra não dizer. Está bem, assumo, não aguento. Vou dizer.
PUTA QUE PARIU! AMO VOCÊS PRA CARALHO, PORRA!
Pais, alunos, direção, desculpe-me pelo descontrole. Tudo isso é carinho demais. E tem hora que só o palavrão salva. E quem fala é um professor de português....

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sobre os fofos do Arhur de Queiroz


Dedico este post a meus lindos alunos do Grupo de Teatro do Colégio Arthur de Queiroz.

Quando digo que vocês são lindos não é à toa. Também não é somente aquela beleza externa, que acaba com o passar dos anos. Vocês são mais que rostinhos bonitos; são corações que brilham numa luz intensa, um brilho forte e cativante. Cada um de vocês é uma pequena estrela. Brilhando juntos, vocês formam uma lindíssima constelação.

Se digo que são bons, não estou mentindo. Todos têm potencial e como grupo podem chegar muito longe. É gostoso vê-los evoluir rápido e bem. É lindo ver o que fazem; e como fazem com paixão. Cada um de vocês demonstram paixão pelo teatro desde o início. É lindo ver tudo isso. É certo que têm muito a aprender, mas vocês aprendem rápido. Logo vão surpreender...

É maravilhoso vê-los sorrir, chorar, andar, improvisar, jogar energia, trocar olhar, utilizar o espaço e falar sobre trabalho em grupo. É apaixonante estar com vocês a cada dia e sentir saudade neste caso é muito bom. É uma delícia não ver a hora de chegar no próximo dia. Melhor ainda é imaginar que isso é só o começo e que muita coisa vai vir pela frente. Muita mesmo. Vocês nem imaginam. Talvez nem eu...

Não posso dizer outra coisa a não ser que estou completamente apaixonado por vocês.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Aos novos alunos que virão...



Escrevo pensando em vocês, meus novos alunos.


Cada um com seus sonhos, seus medos, suas qualidades e defeitos. Cada um, um universo a ser desvendado. É por vocês que darei o meu melhor durante todo este ano. É por vocês que eu perderei meu sono, gastarei horas a fio no computador e sobre os livros, pensando na melhor forma de ensinar isto e aquilo. É por vocês que ficarei triste quando não forem bem nas provas e ficarei feliz por cada demonstração de carinho e aprendizagem. É por vocês também que muitas vezes farei papel de bobo, de palhaço, planterei bananeira e farei gracinhas. Por outro lado, também terei de ser duro, enérgico e exigente, não porque queira, mas porque ás vezes isso é necessário. Farei tudo isso, mas farei com o coração, com todo o carinho e dedicação possível. Porque quero ser para vocês, inesquecível como alguns professores foram para mim. Não quero ser mais um. Também não quero ser melhor do que ninguém; só quero fazer a diferença na tua vida. E quero que nunca esqueçam de mim.


Desejo profundamente que vocês gostem de mim assim como já gosto de vocês mesmo antes de conhecê-los. Neste domingo à noite, pensando e escrevendo sobre vocês, nem tenho idéia do que acontecerá na segunda-feira, mas esta indecisão, esta dúvida, faz com que eu possa dar o melhor de mim para que gostem e respeitem seu novo professor. Mais que isso, torço para que a relação seja a melhor possível. Que eu aprenda com vocês e vocês comigo numa troca justa.


Se chegaram até aqui, é porque tiveram curiosidade de saber o que eu tinha escrito. Guarde isso que eu vou dizer: Esta mesma curiosidade, se for levada para as aulas, os fará muito bem; pois um estudante curioso, tem sede de saber, de conhecer, de perguntar; e essa vontade os fará melhores alunos e melhores pessoas na vida. A curiosidade é fundamental para processo de aprendizagem.


Para terminar, espero que queiram ser pessoas melhores. Isso passa por uma educação de qualidade. De minha parte, farei o melhor possível. Espero o melhor de vocês também pois "mais ou menos" para mim não serve.


Gostou da mensagem? Esperava por isso? Deixe seu comentário e volte sempre, pois eu ficarei muito feliz.


"a Anatomia ficou louca em mim. Porque eu sou inteiro coração..."

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sobre dúvidas e certezas e unhas roídas


Tenho certeza de uma coisa: Nada é certo, ou quase isso. Sei que não há dúvidas de que eu não tenho certeza de nada. Quer dizer, de quase nada, eu acho.


Que a certeza quase nunca é certa é praticamente verdade, mas ao mesmo tempo pode não ser totalmente, caso as coisas não sejam tão certas assim. Nada é previsível, ou praticamente tudo, fora o imprevisível, o que é até provável...


Provavelmente eu esteja bem próximo da certeza ou até um pouco perto da dúvida, mas não tenho dúvida de que não tenho certeza de nada, ou quase nada, o que já é alguma coisa, talvez.


Quem sabe nos próximos dias eu já não esteja mais certo de algumas coisa, ou com dúvidas menores talvez, não sei...


Enquanto isso, sofram, unhas minhas...


quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sobre dúvidas, incertezas e pontos de interrogação


Pouca gente vem aqui e isso é bom. Quando alguém, quem quer que seja, estiver lendo este post espero sinceramente que tudo tenha passado. Ultimamente tenho sido claro, por aqui. Hoje serei extremamente metafórico, até porque é uma droga relatar suas dúvidas existenciais e profissionais sem qualquer lirismo.



Ás vezes o medo bate à porta e faz o otimismo se esconder debaixo da cama enquanto eu fico no quarto com as calças na mão sem saber se eu abro a porta, visto as calças ou vou pra debaixo da cama. Se eu for pra debaixo da cama eu vou com medo e não com otimismo. Se vou à porta deixo o otimismo debaixo da cama e aí, de calças curtas não há muito o que fazer se às coisas derem errado. E tudo o que eu quero e não ficar parado, de calças curtas na mão, vendo o medo bater à porta com o otimismo escondido.
Queria mesmo era sair com o otimismo do meu lado, abrir a porta e dizer " o que é que há? cai pra dentro.", mas estarei pelado se rolar escada abaixo na luta e chego à rua nu e tendo que pagar caro por isso, além de ouvir dos outros "eu não disse?"
Ás vezes não é fácil escolher entre um caminho e outro porque muitos outros caminhos se interligam ao escolhido e ao deixado. Outras pessoas seguem meu rumo e devo satisfações porque eu mesmo pedi que me seguissem. Nâo quero fazer como Forest Gump que no meio de uma maratona interminável parou e simplesmente disse "estou cansado. quero ir pra casa."; mesmo porque não quero ir pra casa. Quero o longe, o horizonte, a miragem...
Quando a incerteza não é algo "quase certo", ela é dúvida. A dúvida propõe riscos que se já são difíceis de se assumir sozinho, mais ainda quando se depende de outras pessoas e outras pessoas depende de você.
Queria poder largar tudo e jogar tudo pro alto sem medo, correr em direção a porta e cair de porrada no medo, se o otimismo viesse comigo, mas antes ligasse no celular da certeza e da segurança pedindo que elas viessem rapidinho entrar de voadora na pancadaria.
Enfilizmente não é assim. O que fazer então?
"Quando tudo está perdido,
sempre existe um caminho,
quando tudo está perdido,
sempre existe uma luz
mas não me diga isso"
Tudo não está perdido, mas está incerto. E a incerteza dá medo, que tira o otimismo, que me deixa de calças curtas em frente à porta, no escuro com medo do bicho papão...